segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Hoje faz um ano...

...que corri minha primeira meia-maratona.
Será que vou começar todos meus textos com título com reticências, seguindo pra primeira frase? Não creio... Reticências são abominadas em textos jornalísticos, e eu continuo jornalista, em termos. Mas gosto de reticências. Nas frases, ao escrever, porque na minha vida não costumo deixar espaço pra reticências. É tudo com ponto. Period. Tudo às claras. Nada por dizer.
Enfim, em 15 de outubro de 2006, domingo, eu e uma galera do União 100% Corrida participamos da 4a Meia-Maratona de Porto Alegre. Fiquei em primeiro lugar na minha categoria, a R, feminino 40-44 anos. Eu nunca tinha corrido uma distância tão grande antes. E tinha participado apenas de três outras competições do circuito do Corpa, a primeira delas em 10 de setembro, quando estava recém me recuperando do rotavírus que me pegou no dia 30 de agosto e me deixou uma semana de cama, de onde me levantei esquálida e fraca. Essa doença na verdade foi uma faxina, meu corpo passou por uma desintoxicação geral, eliminei uma quantidade massiva de energia inadequada. Passei muito mal, mas fiquei muito bem.

Eu corro desde os 18 anos, mas sempre foi uma coisa puramente recreativa, totalmente descompromissada, tinha épocas em que corria todos os dias, depois ficava meses sem correr, ia e vinha.
Em junho do ano passado, quando meu casamento entrava na reta final, aderi ao grupo de corrida, conheci mais gente que gostava de correr, passei a ter companhia, e aí fui me entusiasmando.
Em julho o casamento finalmente foi encerrado, e eu saí por aí, livre e solta – correndo.
Tive a felicidade de conhecer duas pessoas que me puseram a pilha certa: Filó e Márcio. Eles participavam das corridas do Corpa, que eu nem sabia que existiam. Aí me disseram pra ir lá, eu fui, achei um barato, e pela primeira vez percebi que poderia treinar para correr melhor. Até ali, a única coisa que eu treinava com objetivos era a musculação.
No meio de outubro, Filó me disse que ia treinar no Cete com o Paulo Silva, me convidou pra ir lá ver qual era, e começamos a treinar com ele. E eu fui me tornando uma adepta da corrida e uma agregada do casal Filó e Márcio, que hoje são amigos essenciais, parte da minha vida. As conexões kármicas são curiosas: eu praticamente só conhecia a Filó de vista quando contei que estava me separando – foi a primeira pessoa do grupo pra quem eu falei, e uma das primeiras no geral...
Minha meia-maratona de estréia foi bacana. Eu corri solta, despreocupada e curiosa pra ver como me sairia. Estava um dia nublado, quente, úmido e abafado – eu gosto assim. Terminei a corrida inteira e faceira. Descobri que podia correr essa distância numa boa. Hoje, 20km é um longão moderado; há um ano meu longão era de no máximo 17km.
Um tempo depois, ficaria sabendo que na meia-maratona eu atraí a atenção de uma pessoa que se tornaria muito importante nessa minha vida, outra das minhas conexões kármicas reativadas.

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