terça-feira, 30 de abril de 2013

Conselho do dia

A IMPORTÂNCIA DE REFLETIR
O 6 de Copas surge como seu arcano conselheiro neste momento, Lúcia, convocando sua alma a se voltar para o passado, a fim de meditar e refletir a respeito de questões que ficaram mal resolvidas ou mesmo apegos que você ainda não superou direito. O momento não é de agitação e sim de pausa, reflexão, para que você possa descobrir as reais necessidades emocionais de sua alma neste momento. Boa fase para conversar com um amigo muito íntimo, um analista ou para ter uma conversa séria – e tranquila – com alguém que já lhe foi importante no passado amoroso. Retornar ao passado é, muitas vezes, uma forma de tornarmos melhor o nosso futuro. E mais: lembrar o passado é uma forma de evitar repetições infelizes...
Conselho: Investigar as raízes fortalece a árvore.
Uma amiga me recomendou o site Personare, e estou curtindo demais o aconselhamento diário com o tarô (e também os trânsitos astrológicos). Vou lá e escolho uma carta. Tenho recebido mensagens preciosas, como a de hoje. :)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A cara da riqueza

Começando a semana envolta pelo astral de alegria, felicidade, garra e superação.
Eu nunca me emociono muito com meus resultados nas corridas. Eles sempre me parecem normais, a simples consequência dos treinos. Ontem foi diferente. Eu fiquei radiante, exultante. Plenamente realizada. Essa foto do Felipe Garcez traduz tudo.
À noite mandei um sms pro meu neurocirurgião:
"Oi. Sou Lúcia Brito, vc me operou em 2/05/2012. Hérnia em L5-S1. Hoje corri uma meia maratona em minha melhor marca pessoal, fiz em 1:33:46. Sem dor. Muito obrigada."
E ele:
"Os malucos às vezes nos dão algumas alegrias. Um abraço e parabéns!"
E eu:
"Hahaha! Pois é. Eu amo correr. Eu amo a minha vida como ela é. E voltei a tê-la graças à cirurgia que vc fez. Serei sempre grata. Bj e obrigada."
Toda a felicidade que sinto desde ontem é indissociável de um sentimento de gratidão enorme por estar viva, saudável, em evolução. Por me sentir luminosa. It's been a long, long winter, cold and gray years. Finally it's over. No início do outono da minha vida cronológica e no outono do tempo convencional, eu, eternamente jovem, começo a desabrochar para mais uma primavera em meu continuum mental.

domingo, 28 de abril de 2013

Os números

Quarto lugar geral.

0260 - LUCIA BRITO
1º Tempo Parcial -> 00:39:46
2º Tempo Parcial -> 00:54:00
Total => 01:33:46
O melhor de tudo foi que corri solta, leve. Fiz força, claro, mas nada intolerável. A corrida foi basicamente boa, agradável, confortável. Média de 4:28/km.
Uma das coisas mais bacanas de hoje foi ver o quanto sou querida. :) Tanta, mas tanta gente gritou pra mim, me empurrou, vibrou quando fui premiada e me cumprimentou antes e depois da premiação. Meus companheiros de equipe, meus amigos de todas as outras equipes e avulsos, treinadores, organizadores da prova, minhas adversárias diretas. Gente que me conhece muito e sabe o que foi 2012, gente que me conhece pouco, gente que nem me conhece.
Esse ano a corrida voltou a ser um grande prazer. Alegria, curtição.

A day to remember

Minha melhor meia maratona. Hoje.
Há um ano eu estava com cirurgia marcada e já nem conseguia caminhar direito.





 

 

sábado, 27 de abril de 2013

Faxina e reorganização

Dakini Empreendedora já está positiva e operante.
O contador mandou entregar ontem a papelada de minha nova empresa, um marco em minha vida profissional (e muito mais que isso, um marco em minha vida, ponto), o Imposto de Renda e a pesquisa do tempo que tenho a contribuir com o INSS. Para guardar os documentos, acabei fazendo uma faxina nas minhas gavetas do escritório.
O processo de faxina interna e de reorganização manifestou-se no plano físico. Joguei fora um monte de papel desnecessário e guardei em ordem as coisas importantes. E efetuei mais uma etapa da faxina e arrumação interna, ao ler pela primeira vez as anotações de uma agenda sobre um período específico de minha vida. Foi uma experiência impactante. Muito. As anotações tinham tudo a ver com o momento atual, referiam-se à época em que as coisas que estão acontecendo agora tiveram início. Foi liberador. Li, me emocionei, me espantei e depois queimei as notas. Saiu a agenda velha, entrou a papelada da empresa.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Que coincidência

Só que não, porque eu não acredito em coincidências. Eu acredito unicamente no karma.
Estava ouvindo a Groove Salad e tocou essa música, que eu não conhecia. Surgiu uma conexão instantânea. Fui catar no Youtube. E aí vi a dedicatória para a mãe que morreu de câncer.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fatos e fotos

Foram tantas emoções no sábado!
Treino de 16km em race pace, preparatório para a meia maratona do domingo que vem. Fiz em 1:13:20, média de 4:35. Bem bom.
A mãe está bem, dei uma volta na quadra com ela, curtindo o sol da tarde.
E de noite me fui pro show de Roberto Carlos na Arena maravilhosa. Como é bom ser chique e fina, os ingressos eram na primeiríssima fila. Nunca tinha visto RC ao vivo, curti totalmente, ainda com esse posicionamento impecável. Só não curti a hora da distribuição das rosas, um bando de mulheres alvoraçadas empurrando, que porre...


Tudo a ver comigo esse painel

Eu e Neuza. E as rosas do rei lá no palco

Conferindo de perto e recordando os hits do Rei

E o domingo? Afff, quanta preguiça... Folga na corrida, que maravilha, hahaha! Aí a criatura tira o dia pra beber cerveja e comer doces. Só não rolou a polenta frita, que tentei comprar em duas galeterias e não tinha!!! Que raiva! De noite cheguei a pensar em sair pra buscar numa outra, mas aí já era descaramento demais. E a má vontade pra me mexer atrás de comida é formidável. Eu não tenho saco. A vontade de comer desaparece quando significa alguma mão de obra. Ao meio-dia eu fui atrás da polenta só porque saí pra buscar cerveja no supermercado, hohoho.
Enfim, final de semana com o Rei e com Prince, pois sigo firme ouvindo a discografia completa.
Pop life.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Day by day

Till the bitterest end.
When I'm there, I do my best to look cheerful and happy. In fact, it doesn't matter anymore. But I pretend to myself it does.
I wish it could be different. I wish so many things could have been different. I wish we could have been different. Most of all, I wish I can have what it takes to endure.
Today I'm feeling acutely my sadness, my sorrow, my helplessness. So many things unsaid, undone.
I look at her and my heart bleeds. My soul bleeds. My eyes look into her blank eyes, searching for some lucidity, for the one she was. But she's not there anymore. What does she feel now? How does it feel to be so fucking out of one's mind?
She's more and more fragile everyday. She has changed so much since last spring. (And I fear there will be no other spring.) Now I have to help her to stand up, and hold her firmly when we walk. She's curved. The drugs keep her calm, and also limit her movements.
Right now, I just feel like crying, yelling, moaning, wailing till this pain get the fuck out of me. Well, it wouldn't work, and I know it. So, I breathe in, breathe out. And write.



domingo, 14 de abril de 2013

Mais prazer

Não sabia se vc veria a planilha, mas hoje acabei fazendo 19km soltos, média de 5:14.
Sei que treino perdido é treino esquecido. E que não é bom fisicamente. Mas mentalmente foi. Estava um dia lindo, eu não tinha que fazer velocidade, corri no maior conforto e prazer. E a questão essencial pra mim atualmente é essa: prazer.
Minha vida está muito complicada.
Visito minha mãe todos os dias, e isso me causa dor e sofrimento. Um dia talvez eu me acostume, sei lá.
Meu trabalho me dá muito prazer, mas está tudo atrasado, então estou na maior pressão. A corrida e a dança, meus maiores prazeres, também têm me causado pressão por causa dos horários, do cansaço, da minha exigência comigo mesma. Trabalho, corrida e dança estão com um ar de obrigação muitas vezes, e aí o prazer some. 
Hoje eu simplesmente me dei de presente correr bastante sem fazer força, curtindo o sol, a rua. Curtindo meu corpo, que voltou ao normal, que não dói mais. Foi muito bom. Só não me senti melhor porque fiquei um tempão me sentindo culpada por estar fazendo algo que não deveria. Eu sou muito disciplinada, e acho desrespeitoso com o seu trabalho não seguir a planilha. Mas tem horas em que eu simplesmente quero fazer o que quero fazer, não o que é pra fazer.
Foi isso.
Beijo e boa semana.

Mandei esse e-mail pro meu treinador, explicando por que "descansei" do longo de ontem correndo 19km hoje. Não corri mais porque acabaria me cansando. E porque seria por demais desrespeitoso com o trabalho de Átila. Eu sou uma pessoa de comportamento antiquado nesses tempos em que todo mundo está com o foda-se ligado no volume máximo e ninguém tem a menor consideração pelos outros. Átila pensa meu treino de acordo com meus objetivos e minhas capacidades, faz uma planilha para que eu tenha resultados. É uma falta de consideração pelo trabalho dele eu fazer o que me dá na cachola - pra não falar da possibilidade de simplesmente não atingir meus objetivos e ainda arrumar uma lesão.
Mas hoje eu quis correr só pelo prazer de correr. Corri 19km porque estava solta, sobrando, foi uma brincadeira, tipo o aquecimento de 2km antes dos tiros na pista. Eu não consegui correr na quarta e sexta passadas, então tinha quilômetros a menos na cota da semana. Ontem Átila havia liberado 14km pra hoje, mas eu estava tão bem, e o dia estava tão bom...
O que foi tão bom na corrida de hoje? A leveza do meu corpo e acima de tudo a leveza de minha mente. Era pra correr solto, pra trotar, não tinha que fazer força. E minha mente estava relaxada. Não fiquei pensando nos outros compromissos, que deveria fazer isso e aquilo, não me cobrei, não me pressionei. Simplesmente fui correr por correr.
E foi uma grande percepção desse domingo: preciso mudar minha paisagem mental. Relaxar. Não é à toa que Átila vive me dizendo: "Relaaaaaxa, Lúcia".
Ficar no presente.
Correr por correr.
Dançar por dançar.
Trabalhar por trabalhar.
Simples. Em vez de estar fazendo as coisas pensando nos motivos pra estar fazendo, nas expectativas. E principalmente não fazer uma coisa pensando nas outras que me esperam.
Reduzir a pressão interna.
Tá na hora de remover essa qualidade de obrigação das minhas atividades.
Como disse Átila na resposta, o saldo dos meus 19km "foi muito positivo".
Lelonid Gatiliev curtindo um colo enquanto trabalho
Momento da visita de hoje. Ontem fez um mês da internação...

sábado, 13 de abril de 2013

Agora só faltam 14km

Quem corre 28km obviamente corre mais 14km. Moleza.
Maratona se corre com a cabeça. E a minha cabeça hoje ficou tão leve quanto o meu maravilhoso corpo de luxo. Fiz os 28km em 2:16:13, média de 4:53. Um passeio. Ah, se todos os treinos fossem assim...
Saí de casa sozinha, fui e voltei ouvindo música. Adoro fazer assim. Meu treinador queria que eu corresse com meus colegas de equipe, mas eu curto muito a liberdade de sair a hora que quero, de onde quero, correndo no ritmo que quero.
Claro que às vezes é bom ter companhia - mais que isso, é fundamental. No sábado passado, sem o Aranha comigo, o treino teria sido difícil, eu estava com medo, a cabeça não estava boa, e eu ficaria me atormentando ao longo dos 26km.
A maratona, como todas as outras provas, vou correr sozinha. Sou uma pessoa de hábitos, por isso é muito importante eu treinar sozinha, pra não estranhar depois. Mas o principal motivo para eu correr sozinha é porque gosto. A corrida é um exercício de liberdade individual para mim. E, em dias como hoje, é uma meditação. Entrei no fluxo e não vi o tempo passar.
Foi o melhor longo até agora.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Resounding continuum

My mind is so full of music. The notes flow in my mental continuum, within my mental continuum, they are my mental continuum.
What am I listening to? Rachmaninoff's Piano Concerto nº 3. So many recordings... Right now, listening to Martha Argerich's performance with the Berlin Radio Symphony Orchestra conducted by Riccardo Chailly. It's beautiful, but not exactly my kind. I guess it's a little bit slower. Well, I'm far from being an expert in classical music, or simply music, period. Sometimes I read the commentaries posted by serious listeners, and I just can't understand anything.
Music is very much like dancing to me: I love them, but I can't do them. I don't care, I enjoy both deeply and passionately. That's the way I love everything I love: deeply and passionately. And I do love Rachmaninoff's Piano Concerto nº 3. I have six recordings by Vladimir Horowitz, two by Vladimir Ashkenazy, and one by Rachmaninoff himself.
Today I got Argerich's recording. Plus another one by Horowitz, the renowned 1930 performance. And also two performances of the great Emil Gilels. To close the day, Van Cliburn's outstanding interpretation in Moscow, in 1958 - that's the one I started listening right now.
I guess Horowitz will always be my favorite, unsurpassable. Because it's my first love. I fell in love with this concerto through him. It's a first and everlasting love. A very passionate and deep love.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Fica fria, Lúcia Brito

São a minha cara. Ou a minha mente.


Por que Dakini

The dakini principle must not be oversimplified, as it carries many levels of meaning. On an outer level, accomplished female practitioners were called dakinis. (...) But ultimately, though she appears in female form, a dakini defies gender definitions. “To really meet the dakini, you have to go beyond duality,” Khandro Rinpoche teaches, referring to an essential understanding in Vajrayana that the absolute reality cannot be grasped intellectually. The Tibetan word for dakini, khandro, means “sky-goer” or “space-dancer,” which indicates that these ethereal awakened ones have left the confinements of solid earth and have the vastness of open space to play in.

O princípio da dakini não deve ser simplificado, pois abrange muitos níveis de significado. Em um nível externo, praticantes femininas realizadas foram chamadas de dakinis. (...) Mas, afinal, embora apareça na forma feminina, a dakini desafia definições de gênero. "Para realmente encontrar a dakini, você tem que ir além da dualidade", ensina Khandro Rinpoche, referindo-se a um entendimento essencial Vajrayana, de que a realidade absoluta não pode ser apreendida intelectualmente. A palavra tibetana para dakini, khandro, significa "frequentadora do céu" ou "dançarina espacial", o que indica que essas etéreas despertas deixaram as prisões da terra sólida e agem na vastidão do espaço aberto. 

Excerto de Dakini Power - Twelve Extraordinary Women Shaping the Transmission of Tibetan Buddhism in the West, de Michaela Haas.
Tradução de Pema Rinchen.

sábado, 6 de abril de 2013

Barreira transposta

26km. 1:07:04. Média de 4:55.
Corrida boa. Senti sinais de cansaço a partir dos 16km, mas nada muito intenso. Terminei muito bem.
Contudo, antes de largar estava com muito medo. Em casa cheguei a sentir dor de barriga do nervosismo. Que coisa ridícula...
Comentei sobre isso com o treinador quando cheguei pro treino. Átila sorriu: "Relaxa, você está muito bem". Não relaxei nada, hahaha!
Mas fui auxiliada pela companhia do meu colega de equipe Felipe Garcez, o Aranha, por 21km. Isso foi uma maravilha. Saímos juntos, conversando direto, e eu não fiquei nas elucubrações. Aranha está treinando para sua primeira maratona, e creio que esse foi o primeiro e último longão que fizemos juntos, porque ele é muito mais rápido que eu. Hoje ele estava sobrando - nos últimos 5km abriu, e fez na média de 4:20. Uau, que beleza! Eu acho que ele fará uma estreia magnífica, estou torcendo. Ele e a namorada, a Paula Stein, são meus companheiros de treino no Cete às terças e quintas, e são pessoas de quem eu gosto, com quem sempre bato um papo (isso quando não fico de língua de fora, hehehe).
Bem, quanto à minha maratona: nessa média de hoje, não farei um tempo que me agrade. Falei pro Átila que não acho que consiga correr mais rápido que isso; ele rebateu: "Mas claro que vai conseguir. Está treinando como nunca treinou, e está fazendo um treino forte depois do outro e se recuperando bem". É verdade. Eu nunca havia treinado com essa consistência.
Para mim, chegou a hora de condicionar a cabeça além do corpo. O treino de hoje foi um passo importante no condicionamento mental. Outra coisa fundamental é trotar nos dias de trote. Como amanhã. 10km a 5:30, de preferência mais para 6:00 e na grama. Afff, acho um saco. Mas tenho que me controlar pra melhorar a recuperação muscular e evitar o cansaço extremo da semana retrasada, quando cometi todo tipo de loucuras. Porque, quando fico cansada demais por causa das minhas mancadas (além da vida extratreino) e o rendimento cai, o medo aumenta.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Datas pra lembrar, ou pra esquecer

No dia 1º de abril fez um ano que eu soube que estava com a coluna fodida. Domingo de manhã em 2012, fui levantar da cama e não consegui. Eu já vinha sentindo muita dor, muita dor mesmo, mas dali em diante a coisa foi para outro patamar - aquele em que nem 300mg de tramadol e 1,8g de gabapentina me livravam do suplício.
Só lembrei da infausta data ontem. Na segunda-feira estava em surto com o surto da minha mãe, angustiada, aguardando que o haldol em gotas e intramuscular, o rivotril e a injeção de fenergan fizessem efeito.
Foi também em abril, em 2008, que soube que a mãe tinha Alzheimer. Naquele abril, como neste, eu estava treinando para a maratona. Mas não estava conseguindo focar - e depois do diagnóstico degringolei geral. Fiz a maratona, minha segunda, fiz num tempo espantosamente bom para as minhas condições (3h36min - com duas pequenas caminhadas), mas foi tudo meio ruim. Eu estava nervosa demais, assustada demais nos dias anteriores à prova. O que me salva nesses apertos é que, na hora do vamos ver, eu vou e fim.
Claro que em abril do ano passado eu não estava treinando pra maratona. Tinha parado de correr em fevereiro.
Agora vou pra minha quinta maratona, e estou começando a ficar com medo. Tive medo especialmente na terça e na quinta, nos treinos de pista. Muito esforço. E eu ando tão cansada... O que me dá medo é basicamente o cansaço, quando não consigo fazer os treinos. Isso não aconteceu nenhuma vez até agora, mas, quando começa a apertar, vem a ideia nefasta. Tenho dois meses e meio para preparar o corpo e a cachola.
Vamos ver amanhã, nos 26km, uma distância decisiva para mim.
Dormi melhor na noite passada, e hoje não passei o dia caindo de sono e cansaço. A mãe acalmou-se, e isso reduziu minha ansiedade.
Estou aqui traduzindo, vou até mais tarde hoje. E tomando um chimarrão.
Como amanhã a coisa vai ser forte, estou preparando um bolo de laranja na minha magnífica panificadora. Que aquisição sensacional! Toda semana tem pão e/ou bolo por aqui.

Sexta-feira


Véspera de 26km. Hoje foram apenas 8km de trote. Na Redenção, cedinho. Era pra rodar a 5:30, fiz a 5:02 - e me pareceu que estivesse bem leve. Pesada estava eu, hohoho. Senti o treino de ontem.
Na hora do almoço fui visitar a mãe. A dose cavalar de medicação começou a bater, mas mesmo assim dá para perceber que a agitação prossegue. É uma fase complicada (e qual não foi e qual não será?), mas em breve deve haver uma estabilização. Meu sonho, meu desejo. Minha esperança.
Nessa semana estive na Odete, esteticista e massoterapeuta, minha amiga e amiga de minha mãe. Conversei muito com ela sobre a internação, sobre o impacto de tudo que tem acontecido. Odete comentou que, no fim, minha mãe está sendo cuidada por quem não esperava. Pois é.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Seca e torrada

Ainda mais hoje, depois de um treino daqueles na pista. Foram 3x 2.400m + 1.200m, cada volta a 1'42-1'45", pausa de 1' e macro de 3' entre as séries. Nunca havia feito treinos tão puxados. E estava muito quente, e o sol me deu uma lambida forte. Suei de encharcar a roupa inteira.
Foi o treino mais pegado da planilha atual. Na semana que vem será mais leve, ó glória!

No comecinho da tarde fui visitar a mãe. Conversei bastante com a psicóloga da clínica, muito bom. Falei sobre a situação toda e ouvi coisas tranquilizadoras. Minha mãe estava dopadíssima. Grogue no último. Mesmo assim não dormiu a noite inteira e na hora do banho ficou uma fera, tentou xingar e atacar Viviane, a atendente que estava com ela hoje.
O que me conforta é que a mãe está numa clínica muito boa, as atendentes são queridas, cuidam mesmo. E todas me dizem a mesma coisa: vai passar, a mãe vai se acalmar e ficar melhor.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Vira e mexe

Sabe deus de onde eu tiro forças. Mas ela aparece. E treino dado é treino feito.
Deixei a filha na escola, peguei um engarrafamento insuportável e enfim cheguei à Redenção, onde rodei os 12km de hoje na média de 4:46. Estava cansada e pesada, mas fiz numa média ótima.
E agora estou aqui me puxando no trabalho, na Embody maravilhosa, que deu fim à dor nas costas que eu estava sentindo ao ficar muito tempo sentada. Mas desde ontem estou com dor na nádega direita, afff. Na verdade já estou com uma dorzinha faz tempo, ontem virou dor depois da pista. Hoje comecei o treino sentindo bastante, mas depois que aqueci passou. Fiz massagem ontem, pareceu ser apenas uma contratura leve. Vamos ver.
Anda, vira e mexe e cá estou ouvindo o Concerto nº 3 para Piano de Rachmaninoff. Gravado ao vivo em Ann Harbor em 1978, com Vladimir Horowitz numa performance espetacular, e Eugene Ormandy regendo a Filarmônica de Nova York. A gravação é ruim, mas a música é tão, tão, tão boa que abstraio.
Encerrei a audição de tudo que tenho do Claudio Arrau. E agora talvez me dedique a Artur Rubinstein. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Cansada da porra toda

Tô cansado do meu cabelo 
Tô cansado da minha cara 
Tô cansado de coisa vulgar 
Tô cansado de coisa rara 
Tô cansado 
Tô cansado 
Tô cansado de me dar mal 
Tô cansado de ser igual 
Tô cansado de moralismo 
Tô cansado de bacanal 
Tô cansado 
Tô cansado 
Tô cansado de trabalhar 
Tô cansado de me ferrar 
Tô cansado de me cansar 
Tô cansado de descansar 
Tô cansado 
Tô cansado

Essa é a lista dos Titãs. A minha eu resumi no título. E tenho dito.