domingo, 17 de agosto de 2008

Dias e dias

Fiquei sem treinar, completamente parada, de 25 de julho a 10 de agosto. Aproveitei as férias da filha e da empregada. Precisava terminar um trabalho, precisava aumentar o horário do expediente. E as atividades com minha mãe estão exigindo mais de mim. E eu andava sentindo várias dores, e algumas delas estavam ficando fortes. Então parei. Para garantir a pausa tão necessária por tantos motivos, arranjei mais um outro que realmente impediu os treinos nesse período.
Voltei a treinar na segunda-feira passada, 11 de julho. Saí pra um trote no Parcão. O Polar chegou a marcar FC de 192, achei que estivesse doido, porque minha cinta está meio detonada, e eu não estava bufando. Enfim, fiz 35min em vez 45min, porque não quis forçar. Na terça choveu, fiz só musculação. Quarta rodei 10km com o Garmin, e a FC média foi de 180!!! Affff. Não chego a isso na pista, nem em provas. Na quinta, mais 10km, FC média de 174. Na sexta outros 10km, com FC média de 172. Ontem fiz 15km, e a média foi de 170. Era pra fazer 18km, mas não deu. Fiquei cansada, pesada e lenta.
Como estou em recuperação, estou atenta e cuidadosa. E respeitando o ritmo que meu corpo está apresentando. Eu e meu treinador concluímos que o baque no rendimento tem a ver não tanto com o tempo da pausa, mas com o desgaste provocado pelo procedimento a que me submeti.
Além disso, estou me adaptando a uma nova rotina que inclui os cuidados com minha mãe. Estou me tornando o HD externo dela, sua placa de memória.
Minha vida parece ter mudado muito nessas três semanas. Minhas prioridades estão mudando. Meus dias, minha rotina... O processo iniciou-se em 22 de abril, na primeira consulta de minha mãe com o neurologista. Mas eu notei mesmo as alterações durante as semanas sem treinar e nessa primeira semana de retomada. E tenho pensado muito na frase "Some days are better than others".
A velocidade do avanço da doença de minha mãe me pegou de surpresa. Achei que seria mais lento. Eu estava preparada para o que pode acontecer, mas não estava preparada para o ritmo.
Tempo. Ritmo. Velocidade. As grandes questões do momento. Em tudo.

2 comentários:

  1. Oi, queri, passei prá deixar beijinhos.

    Sabe que eu acredito que tudo o que acontece na nossa vida não é obra do destino, nem de resgate de karmas, etc.. sempre tive como certo de que, na nossa vida, só acontece o que a gente quer que aconteça. E isso depende da energia que movimentamos (pro bem ou pro mal). Quando vi um documentário (Quem Somos Nós?) parecia que ali estava explicado tudo o que eu vinha acreditando desde pequena e que eu tentava explicar para os outros e nunca conseguia. Mas, às vezes, (e lendo as tuas palavras neste post) eu fico confusa porque parece que, quando a pessoa engrena numa fase nova, cheia de vitalidade e tal, vem a "vida" e puxa o freio de mão. Quem faz isso? É a "vida" mesmo ou nós que, inconscientemente, mudamos o curso das coisas? E a que ponto a energia que outra pessoa movimenta para si próprio tem o poder de nos envolver e mudar os nossos planos? Aiai, muito a aprender ainda... graças a deus!

    Beijocas, mimosa, e uma linda semana prá ti.

    ResponderExcluir
  2. Querida Nádia!
    Eu como budista acredito no karma. Tenho a mais firme convicção de que nada acontece por acaso, que tudo está interligado desde tempos sem princípio.
    E o karma, como todos os fenômenos do samsara, está sempre mudando. Como budista, minha meta é ser a senhora do meu karma, e um dia cessá-lo. Para isso, tenho que ser a senhora de minha mente.
    Essas freadas na vida para mim são apenas o karma que amadureceu. O que eu tento é amadurecer mais sementes positivas que negativas, e diminuir o vigor das negativas, amenizar seus frutos...
    Beijo.

    ResponderExcluir