quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Megatombo

Havia corrido pela última vez em meados de janeiro. Não tive mais vontade, nem tempo.
Hoje saí pra trotar com meu treinador por uma hora, era pra ser um estímulo pra retomada. E realmente me animei, estou sentindo falta da atividade física, sempre tão presente em minha rotina.
Cinco minutos depois de sair de casa, caí. Curiosamente, foi o tombo menos dolorido de todos. Achei que nem tivesse me esfolado muito. Mas rasguei o joelho esquerdo numa pedra solta numa calçada da Nilo Peçanha. Caí exatamente em cima da aresta da pedra, um corte largo e fundo, que expôs todos os tecidos moles. Eu nunca tinha visto um corte assim - nem quero ver de novo.
Recolhida e rebocada pelo namorido direto pro hospital, pra levar oito pontos. Nessa situação, tive a felicidade de ser atendida por um cirurgião corredor, com 16 maratonas no currículo - e que há um mês completou o Desafio do Pateta na Disney, correndo a meia-maratona no sábado e a maratona no domingo. Enquanto ele me suturava, ficamos conversando sobre corridas. E eu fiquei numa boa, entretida, sem me enervar com o que estava acontecendo.
Continuo assim: calma, zero aflição. Isso, como tudo, vai passar.
A prática budista realmente funciona. :) Mesmo uma prática tão pobre quanto a minha. Meu núcleo de felicidade e tranquilidade mantém-se inabalado em meio à onda de infortúnios recentes.
Bem, além do budismo, é possível que essa estabilidade seja alimentada pelo convívio com uma pessoa que me faz basicamente feliz. E que eu amo e admiro, entre muitas coisas, pela estabilidade e dignidade com que encara situações muito difíceis.

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