terça-feira, 20 de outubro de 2015

#11

Dia cansativo.
Lelo foi ao veterinário para uma reavaliação e acabou passando por nova cirurgia. O canal da uretra sofreu estenose (estreitamento), a cirurgiã abriu de novo.
Nesse momento em que mais uma vez a identidade de cuidadora é tão presente, fui validada de uma forma inesperada e extremamente importante, enfática e distanciada pelo modo como conduzi toda a situação da minha mãe. O que eu sempre percebi como algo totalmente "normal" (na falta de um termo melhor) foi pontuado como bastante incomum - e que com certeza exigiu muito de mim. Ao recordar como agi e como foi, tive dois vislumbres a aprofundar:
- realmente sou uma cuidadora nata, e essa não é uma característica comum a todos;
- provavelmente preciso olhar melhor o que aconteceu comigo ao cuidar da mãe.


Troquei o treino da musculação.
E, juntando os pedaços do dia, lembrei de um comentário feito há muitos anos, por uma pessoa muito sagaz, sobre o que o meu corpo. Para ela, minha disposição em ter um corpo musculoso era a tradução física da vontade de ser mais forte, de criar um invólucro resistente. Fez sentido naquela ocasião, fez mais sentido ainda hoje.

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