quinta-feira, 13 de julho de 2017

Dia do Rock

Nem gosto muito. Sério.
Mas Iggy Pop... ah, esse sim.
Exemplo de genética superior, como Keith Richards. Senão isso, a comprovação de que drogas pesadas não são tão pesadas para alguns abençoados (?). Whatever.
Misericórdia, o que era de espetacular esse homem. Raw power.
Wild child. A real wild one. Botando fogo na música, na caretice - e na mulherada.
Já gostava, mas me apaixonei voraz, incendiária e furiosamente por Iggy Pop em minha primeira tradução, Please Kill Me, Mate-me por favor (L&PM). Alguns dos pontos altos do livro são as peripécias de Iggy Pop. Protopunk. Força da natureza.
Recentemente, numa das sessões de tatuagem com Jean Etienne, estávamos falando de música. E aí ele disse: "Você já leu Mate-me por favor? Eu li quando era guri e fez a minha cabeça." Eu achei que ele soubesse que eu era tradutora. Ele não sabia! Puro acaso. Foi um daqueles momentos de orgulho profissional. Porque meu tatuador pirou com o livro que ele leu em português, traduzido por mim. Quantos milhares de pessoas já se divertiram, instruíram, emocionaram lendo as palavras que eu escolhi e organizei?
Sobre palavras, essas linhas são algumas das minhas favoritas do rock, da música, da vida. Sobre sexo e desejo:

(I'm) So messed up I want you here
In my room I want you here
Now we're gonna be face-to-face
And I'll lay right down in my favorite place


Que eu traduzo assim:

(Tô) Tão doidão, eu quero você aqui
No meu quarto, eu quero você aqui
Agora vamos ficar cara a cara
E eu vou deitar no meu lugar favorito

A versão original, de 1969:


Dez anos depois, em 1979:


Em 2016:


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