domingo, 8 de março de 2009

Ela que guia

Você me diz algumas das coisas mais interessantes que alguém já me disse nessa vida. E você ou desperta a dakini em mim, ou então a mais absoluta irresponsabilidade. Porque me sinto totalmente confortável com o fato de você me admirar - embora eu nem veja o que haveria de admirável em mim em termos budistas. Quer dizer, além do fato de todos os seres terem a natureza de buda etc. Mas me vejo em um estágio muito elementar, ou seja, não creio que eu pudesse ser sua dakini. Mas isso é o que eu penso. O que eu sinto é: "Oh, sim, sim, ótimo, perfeito. Tudo muito bem."
Hahaha, também pensei que eu possa estar indo para o precipício e, se você me seguir, despencar comigo. Mas apenas pensei. Não sinto isso. Sinto uma total confiança em mim mesma e nos meus caminhos, no sentido de que não há nada para me preocupar. Nem que caia no precipício. Estará tudo muito bem.
Está sempre tudo muito bem. E fica melhor com você por perto. Ainda mais num dia como hoje, em que estou na praia com minha mãe, me sentindo muito entediada e tolhida na minha liberdade de fazer o que quiser.
Um dia espero que me escreva o que exatamente ligou você a mim. Em detalhes. O que você viu.

11 comentários:

  1. Por fallos en mi servidor de correo contesto aquí a tu correo privado de antes.

    Al final no sé si te podré seguir porque a veces tengo la sensación de que vas muy por delante de mí. Me veo a mí como un niño pequeño estudiando el Dharma, señalando los textos con el dedo, haciendo: 'a, b, c', 'a, b, c...', mientras que tú con tu intuición, o no sé como se llamaría, vas como volando por delante. Es justo como en la imagen, en la que 'La Que Guía' parece elevarse sin esfuerzo, mientras que 'el que sigue' tiene que ir avanzando a gatas cogido de su falda.

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  2. Vou acabar me tornando uma mulher muito presunçosa por sua causa. Hahaha, não sei se é intuição. Pode ser puramente um destrambelhamento, não? Sigo voando em frente feito doida, levando tudo de roldão. Não sei.
    Será que entendo mesmo? Bem, no geral acho que entendo sim. Que minha mente entende da maneira que lhe é possível.
    Arrá!!! Não se preocupe quanto a poder me seguir. É só manter-se agarrado nas minhas vestes (mas que vestes seriam essas? Dakinis andam nuas. Enfim, certamente sempre haverá algo em que se agarrar...) que eu arrasto você comigo. Não sou do tipo que larga alguém no meio do caminho. Só largo se o outro quiser. E olhe lá, hehehe.

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  3. Nossa conversa está se desdobrando pelo espaço virtual. No meu blog, no seu, em e-mails eventuais...
    :)

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  4. Quedamos en esto, entonces. En que yo no me suelto y tú no me dejas.

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  5. Sim, sim. Que bom!
    Adooooro ter vc por perto.
    :)

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  6. Me pregunto, ¿no es esto casi como estar casados, o más?

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  7. Creio que seja melhor, não acha?
    Eu gostaria de ter uma experiência de casamento que me causasse esse tipo de felicidade.
    Aliás, pretendo me casar de novo um dia para ter basicamente experiências de felicidade. O problema é achar um consorte cuja configuração mental combine com a minha. :)

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  8. Estou ficando bem doida nas conversas com você. É engraçado, porque você tem me despertado um bom humor e uma agilidade de pensamento que não consigo exercitar com frequência. Espero que:
    - você entenda o que eu digo
    - não se incomode

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  9. Me refería al compromiso de antes, de no soltarse y no dejarse. Se entiende, ¿no? --- No te preocupes, no me enfado. Y si algún día me enfado ya se me pasará. Después de todo, enfadarse y hacerse amigos otra vez es una parte principal de la comedia, o drama, de la relación entre humanos. ¡No vamos a prescindir nosotros de esto! Nos quedaríamos casi sin nada.

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  10. Ah!!!
    Nisso acho que seja beeeeeem mais que um casamento. Quer dizer, bem mais que os casamentos que se vê por aí.
    Nos casamentos me parece que há dificuldade em seguir pelo mesmo caminho. E mais difícil ainda é um deixar se guiar pelo outro... Mas como poderia, se trata-se em geral de uma disputa de poder, não de um esforço conjunto para evoluir?

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