sábado, 17 de fevereiro de 2018

Corrida e comida

Treino à noite, pra aproveitar a tarde na tradução e com a filha. E pra dar uma caroninha pra ela.
Por um momento veio aquela vontade cretina de dar meia volta pra casa e abortar o treino. Deixar pra amanhã, pra domingo. Mas o momento é outro. É outro, mas pontilhado por momentinhos de má vontade.
Comecei o aquecimento. "Uh, vou fazer só 2km." Mas fiz os 3km de sempre porque fechei os 2km e vi que estava ok. Fiz 3x 800m x 200m e já estava pensando em deixar por isso, "achando" que não ia dar. Mas fiz as seis séries sem morrer. No meio das séries, pensei em soltar só 1km. Comecei a soltar pensando em fazer 2km. Mas fiz os 3km de sempre numa boa.
Não é o corpo. Claro. Nunca foi.
De volta em casa às 21h30. "Uh, está tarde pra fazer os cookies. Bom, vou pelo menos fazer as carapinhas, deixar cozinhando enquanto tomo banho rápido." Não fui tomar banho. Fui é tratar de fazer os cookies. Aprontei as carapinhas, fiz uma fornada de cookies. Enquanto assava cookies, meditei os 20 minutos de praxe, porque de manhã não tinha dado. (Troquei a meditação matinal por um pano no chão da cozinha.) Torrei amendoins. E acabei fazendo mais uma fornada final de cookies pra aproveitar o chocolate e a manteiga que restavam.
Não era cansaço, nem estava tão tarde. Claro.
Lavei toda a louça, todas as formas, tudo lindo e em ordem. Na cozinha e dentro de mim. Mente/coração fazendo as escolhas mais benéficas. Para mim e para o meu círculo próximo.
Fazendo de boa vontade não é trabalhoso, nem demorado. Muito menos cansativo ou chato. É bom. É prazeroso. É estimulante. É acima de tudo uma fonte de satisfação e de alegria.

Essa história de que eu sou exagerada é falácia
Eu gosto de comer. Muitas vezes sou muito voraz. Mas é uma bênção eu não gostar tanto de comer quanto eu gosto de cozinhar quando estou com genuína vontade de cozinhar.
Tenho uma tendência para exageros e excessos. Em tudo. Para o bem e para o mal. Traço borderline provavelmente. Personalidade. Provavelmente não vai mudar. Mas é manejável. A grande arte é esse manejo. Observar. E fazer escolhas conscientes. Superar as reações automáticas.
Hoje o manejo foi excelente. :)

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