terça-feira, 21 de abril de 2015

Nostalgia

Prática budista mais ou menos tem (muitas) armadilhas.
Vou pro Cebb e desintoxico. E aí o olhar muda.
E aquelas coisas que parecem tão sérias (e horríveis) no cotidiano perdem a solidez (que na verdade não têm). E aí a aversão se desfaz, e brota um perigoso abrandamento. Perigoso porque me deixa vulnerável a subestimar experiências negativas - e repeti-las com a motivação de fazer melhor, de corrigir o que não deu certo. Embora a motivação em princípio seja boa, a aversão dá lugar ao apego. E isso é muito parecido com trocar o seis pela meia dúzia. Antes achava ruim pela aversão, agora acho que pode ser bom pelo apego. Sofrimento certo.
Que dificuldade soltar as fixações, cultivar bodhicitta, achar o Caminho do Meio.
Todas as aparências são vazias. As qualidades positivas ou negativas são imputadas. Ok, ok. No nível absoluto, a talidade, um só sabor, a mente livre e desobstruída criando aparências e jogando com elas. Mas no nível condicionado certas ações causam sofrimento grosseiro. Para mim e para outros.
De volta à minha casa, com a missão de reduzir as fixações. Desenvolver um olhar amoroso e compassivo genuíno, desapegado.

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