terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O fecho de merda

2016 foi a treva.
Começou com David Bowie.
Depois Prince.
Pete Burns e Leonard Cohen.
Pra acabar, George Michael.
Ontem à noite, lamentando essas perdas, lembrei que Bowie, Prince e George Michael pra mim foram mais que referências artísticas e musicais. Foram e são referências sexuais. Assim como o primeiro de todos, Robert Plant. Pete Burns, o mais incomum deles, idem.
(De Leonard Cohen eu gostava do lado sombrio, da violência associada às faixas dele que outro dos meus favoritos, Trent Reznor, selecionou pra trilha impecável de Natural Born Killers, preferência da família Brito-Bueno, que eu e Eduardo transferimos pra Lízia. Quem sai aos seus não se regenera, graças a deus. E Cohen ainda praticava budismo. E Trent Reznor anunciou novidades para 2017, oba!)
Conheci Bowie, Prince e George Michael na ordem em que morreram. Década de 1980.
Sempre falava que George Michael era o meu ideal de marido. Quando ouvia o comentário óbvio: "Mas ele é gay", eu retrucava: "Ótimo, mais um motivo pra ser o marido perfeito. Ele gosta de homens, eu gosto de homens. Ruim seria se ele gostasse de mulheres". And I mean it.
Corri muitas centenas de quilômetros ouvindo Prince e George Michael. Muitas mesmo. Parei de correr com eles apenas porque meu iPod estragou e eu passei a recitar mantras em vez de ouvir música. Mas agora tem surgido uma certa vontade de ter um iPod de novo. Veremos.
Na música, assim como na vida, Bowie, Prince e George Michael (e Robert Plant também) cruzaram gêneros e fronteiras. E na música, assim como na vida, é disso que eu gosto. Transgressão. Fusão. Hibridismo. Diversidade.


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