quinta-feira, 28 de maio de 2020

Comida feliz


Será que meus bolinhos de arroz cabeludos, zoiudos e felizes são efeito da quarentena? Se for, é positivo. Me diverti montando esse almoço. A comida é minha. Brinco o quanto quiser.
A quarentena tem sido muito positiva para mim em vários aspectos. Talvez principalmente na alimentação. Parei de comer fora, pedir comida jamais foi um hábito, cozinhar tranqueira tampouco. Assim, minha dieta está maravilhosamente saudável. O prazer de cozinhar só aumenta, bem como a criatividade.
Hoje estou engraçadinha, aí empratei esses bolinhos. Os cabelos são dente-de-leão, uma panc amarga que eu aprecio muito, Essa está excepcional, só lavei e comi, Não sou de temperar salada. A cesta do Sandino Argolo para a CSA Porto Alegre (Comunidade que Sustenta a Agricultura) nessa semana está toda excepcional. A chuva alegrou a lavoura castigada desde o verão pela seca. Os verdes estão radiantes. Além do dente-de-leão, peguei espinafre e couve. E beterrabas com uma rama estupenda.
Vieram uns tomatinhos beeeeem verdes. Eu nunca havia experimentado, achei que fosse ruim. Esses aqui são deliciosos. Para minha surpresa, adocicados.
Bolinho de arroz é mais uma estreia da cozinha de Lúcia Brito. Fiz esses pioneiros com arroz integral (que eu cozinho apenas com água) e rama de cenoura refogada com cebola. Inicialmente comi a rama de cenoura pura, não gostei da consistência, muito fibrosa. Mas para bolinhos... uau! (Já estou sonhando com coxinhas dessa rama e casca de banana.) Não tem medida porque misturei a sobra do arroz com a sobra da rama. Ajustei o tempero com pimenta apenas. E para dar liga? Chia. Fui colocando e misturando. Deixei descansar um tempo, e a mucilagem deu conta do recado.
Depois foi só fritar na frigideira de cerâmica. Fiz duas versões - com e sem empanar. Preferi empanado. Com a minha farofa, porque não vou usar panko.
Os dois bolinhos sorridentes dão um salve pra você!

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