sábado, 24 de julho de 2010

Girando, girando...

Hohoho, que curioso. Estou há dias pensando em meu blog abandonado, hoje vim aqui. Aí olhei os dois últimos posts e... - ai caramba! - dois meses depois, a situação voltou exatamente ao mesmo ponto. Ou seja, fiquei andando em círculos. Ou nem andei.
Acho que não andei mesmo. Estive empacada. Em tudo. A começar pela corrida, que estava melhorando e logo piorou de novo. Aí ontem fez-se a luz. De novo! :)
Vamos ver se agora vai.
Há uns anos, aprendi que não se pode querer mudar o outro.
Agora, estou aprendendo que não posso permitir que os outros queiram me mudar, que venham pontificar o que é melhor pra mim. Uma coisa é ouvir sugestões - e isso sempre me agrada. Outra coisa é ser intimada, cobrada, coagida. Isso era o que eu fazia antes na vida, afff. Com resultados francamente desastrosos.
Se eu posso aceitar as pessoas como elas são, naturalmente elas podem me aceitar como eu sou.
Credito esse giro da roda do dharma ao meu professor perfeito, meu lama. Assisti uma palestra dele na terça passada, no Cebb, com Regina, minha melhor amiga espiritual. Fui pra lá às 18h, eu e ela jantamos e conversamos até a hora do ensinamento do lama - sobre relacionamentos dentro da visão budista.
Opa! Comecei dizendo que estava empacada, aí engatei um giro da roda da vida. Mas tudo se explica: há dois meses eu estava nessa linha de raciocínio, já tinha a lucidez, mas não evoluí. Agora, no efeito pós-lama, a lucidez aumentou muito e está se transformando em ações mais hábeis.
É o efeito do ensinamento do lama, que coloquei em prática recitando diariamente o que ele sugeriu:

Que eu seja feliz.
Que eu obtenha as causas da felicidade.
Que eu não sofra.
Que eu evite as causas do sofrimento.
Que eu realize a lucidez instantânea.
Que eu desenvolva os meios hábeis para beneficiar todos os seres e que essa prática me sustente.


O lama inicialmente disse para se pedir isso para uma outra pessoa, depois disse que se podia começar por si mesmo. Como a coisa aqui estava embaçadíssima, concluí que ainda não seria muito benéfico pedir por outros. Mas costumo acrescentar:
"Que todos os seres possam obter as mesmas coisas."