terça-feira, 22 de setembro de 2015

Felicidade compartilhada

Final de semana com minha irmã e cunhado.
Festa para celebrar a união e se despedir dos amigos por dois anos.
Pensei em não ir dada a situação crítica do Lelo. Mas deu tudo certo e fui para viver um dos melhores momentos da vida.
Tão fácil comprovar o ensinamento budista sobre a felicidade que a felicidade dos outros nos proporciona.











quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Presente recusado


Muito simples.

Há pouco tempo, ouvi da mãe de uma amiga uma expressão que não conhecia: "Melhor ouvir isso do que ser surda". Rachei. E lembro seguidamente quando ouço coisas absurdas.
A parábola budista evidentemente leva a questão pra outro nível, mas acho bom conseguir manter a leveza e o sorriso. Sem deboche, sem agressividade disfarçada. Apenas rir de algo que não deve ser levado a sério.
Além de recusar o presente, manter o bom humor num nível menos sutil.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Não deu

Lelo teve que ficar na clínica de novo.
A uretra estava obstruída outra vez, com muitos coágulos.
Tristeza imensa por não poder fazer mais por meu amado gatinho. Torcendo para que se recupere e possa voltar para casa amanhã.
No final da tarde, enquanto aguardava notícias, vi por acaso um texto que fala sobre as atividades dos gatos como guardiães espirituais. Meu leãozinho de jardim com certeza sempre me guardou. E eu a ele. Estamos juntos. E juntos vamos ficar.


A doença do Lelo afetou Ludovico. Meu gatinho mais independente ficou transtornado com a ausência de Lelo por nove dias. Miava e estava invulgarmente agitado. E, quando Lelo voltou, Ludox teve a reação de praxe: estranhou muito. E ficou arredio. Não chega perto de Lelo, está esquivo comigo e com Lízia também.
Agora, enquanto escrevo, ele está dormindo numa cadeira em frente à minha. Está se reaproximando.

Ciclos.
Turbulências.
Impermanência.
Que meu lar possa entrar em novo ciclo de harmonia.

Na luta e na lida





Lelo voltou pra casa nesta segunda-feira, depois de ficar internado por nove dias. Mas ainda não está bom. Ontem à noitinha comecei a forçar a alimentação com ração pastosa hipercalórica. Criatura amada, não reage mal à seringa, nem à colherinha. Até meus dedos coloco entre os dentes dele.
Fazendo tudo ao alcance para evitar nova internação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O tempo das coisas


Perda de tempo é coisa séria.
Perco tempo me dispersando e distraindo.
Perco tempo procrastinando.
Perco tempo teimando.
Perco tempo esperando.
O combate à dispersão, distração e procrastinação vai bem, obrigada.
Agora chegou a hora (na verdade, já mais do que passou da hora, mas antes tarde do que nunca, antes tarde do que mais tarde, antes muito tarde do que tarde demais) de encarar a teimosia e a espera.
Tenho confundido determinação com teimosia, paciência com espera.
Ao me manter perdendo tempo com a teimosia e a espera, também perco tempo me dispersando e distraindo com pensamentos e ações em torno das fixações. Perco tempo procrastinando a tomada de decisão e a ação de mudar, de tomar novo rumo, de fazer diferente, de ser diferente, de ir adiante.
Insisto em coisas inviáveis, espero coisas que não vão acontecer. Isso limita minha visão e encerra as infinitas possibilidades que se abrem quando me abro para coisas diferentes daquelas em que estou fixada.
Perder tempo com dispersão, distração, procrastinação, teimosia e espera leva à perda de tempo com frustração por ter perdido tempo.
Foi a frustração que provocou esse insight matinal. Percebi que estava me sentindo frustrada por estar desperdiçando um tempo precioso (e uma energia talvez mais preciosa ainda) sendo teimosa. Por estar insistindo em uma visão limitada. E por estar esperando coisas que nem mesmo dependem de mim.
Nos últimos dias, o universo tem me mostrado vários caminhos, muitas possibilidades. Pequenos movimentos já estão trazendo novidades.
Então, é soltar as fixações, dissipar a frustração pelas contrariedades e voltar o olhar para cenários mais amplos. Abrir a mente e o coração.