quinta-feira, 24 de julho de 2008

What is and what should never be

Difícil amar uma pessoa e não poder conviver com ela.
Minha motivação é cultivar o amor fraterno e incondicional – a camaradagem, o vínculo, a intimidade de irmãos espirituais, uma sintonia que se manifestou desde o início e que foi a base de um breve envolvimento amoroso. O amor fraterno é a essência e me permite a expressão do amor incondicional, a aceitação do outro como ele é, sem expectativas.
Mas o amor fraterno emaranhou-se com paixão e desejo, e por isso o afastamento que gera ventos de tristeza e solidão. Como pode uma coisa menor e de curta duração causar tanta turbulência? Simples indisciplina mental. Sassarico samsárico.
Olhando com clareza é tudo tão simples... O complicado é manter a clareza. Afffff.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Abra seus olhos


Taí uma tradução rápida, Lucas. :)
Foi bom começar o dia fazendo isso como aquecimento para o trabalho, ainda mais que acordei pensando nessa música, que agora estou ouvindo no You Tube, porque não sei onde ela está nos meus podcasts.
Lembrei do Livro Egípcio dos Mortos, conhecido por esse nome quando na verdade chama-se Livro para Sair à Luz. Abrir os olhos e ver a luminosidade de onde brotam e onde cessam todos os fenômenos. No fim tudo sempre me leva à vacuidade. Do olho de Hórus aos olhos do Buda.

Tudo isso parece estranho e falso
E eu não vou perder um minuto sem você
Meus ossos doem, minha pele parece gelada
E estou ficando muito velha e muito cansada

A raiva sobe pela minhas entranhas
E não vou sentir essas estocadas e cortes
Quero tanto abrir os seus olhos
Porque preciso que você olhe dentro dos meus

Me diga que você vai abrir seus olhos
Me diga que você vai abrir seus olhos

Levante, saia, afaste-se desses mentirosos
Porque eles não sacam sua alma nem seu fogo
Pegue minha mão, enlace seus dedos entre os meus
E vamos sair dessa sala escura pela última vez

A cada minuto a partir desse minuto
Podemos fazer o quisermos em qualquer lugar
Quero tanto abrir os seus olhos
Porque preciso que você olhe dentro dos meus

Me diga que você vai abrir seus olhos
Me diga que você vai abrir seus olhos

Tudo isso parece estranho e falso
E eu não vou perder um minuto sem você

terça-feira, 22 de julho de 2008

Eyes wide open

Continuo na minha trip Led Zeppelin, mas há pouco fui curtir um podcast de Gareth Emery. E eis que rolou o remix de "Open Your Eyes", do Snow Patrol. Adoro essa música por causa da guitarra. A sonoridade da guitarra nessa música me lembra a guitarra de The Edge, guitarras plangentes, fluidas, que me projetam no espaço solta a voar.
Quando ouvi "Open Your Eyes" pela primeira vez, acabei abrindo também os ouvidos para a letra, que achei linda. Aí agora fui catá-la no google para colocar aqui, porque... porque... porque coisas nela têm a ver com coisas em mim. Não estou na freqüência de abrir os olhos de ninguém, mas fico observando o olhar dos outros em mim, o que vêem. E o meu olhar.
Desde maio meu olhar está focado em minha vida familiar basicamente, e isso está ótimo. Em junho andei olhando para o passado e tentando mostrar o que eu vejo para outros. Apenas vi o que já tinha visto antes, para o bem e para o mal.
Ao longo desses meses consegui ajustar a visão no trabalho, no treino, na vida espiritual e, bem recentemente, em mim mesma de novo. Como ajeitei a família, o trabalho, o treino e a vida espiritual, agora vou dar uma ajeitada em mim mesma, em vários âmbitos. Tipo uma preparação para a primavera e o verão, o período de expansão.


All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old

The anger swells in my guts
And I won't feel these slices and cuts
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes
Tell me that you'll open your eyes

Get up, get out, get away from these liars
'Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time

Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes
Tell me that you'll open your eyes

All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you

domingo, 6 de julho de 2008

The Song Remains The Same

Minha vida mudou na tarde de sábado em que fui ao cine Astor assistir The Song Remains the Same. Foi em 1977 ou 78, eu tinha 13 ou 14 anos, tinha começado a ir ao cinema assiduamente, e fui ver esse filme sem ter a menor idéia do que era Led Zeppelin. Foi a legítima primeira vez inesquecível - uma experiência penetrante, abrangente e complexa. O antes e o depois.
Acordei do marasmo. Descobri uma outra realidade totalmente diferente de tudo que eu conhecia - e tive certeza de que queria ir por aqueles lados. O impacto do Led Zeppelin me abriu para o alternativo. Na música, na alimentação, na religião, no comportamento. Uma coisa levou a outra. E continua levando. The song remains the same, but me myself and I...
Além do som, o que arregaçou meus horizontes foi a presença de Robert Plant. O Leão e seu rugido. Nunca tinha visto um homem como ele cantar como ele. Robert Plant que fará 60 anos no dia 20 de agosto, que vi ao vivo com Jimmy Page, o único guitarrista que eu amo ouvir além de Jimi Hendrix. No primeiro show, tive um dos melhores momentos de minha vida com Ramble On. No  segundo, Kashmir com o acompanhamento de um combo egípcio e orquestra de câmara.
Adoro o som do Led Zeppelin até hoje. É minha paixão mais antiga, meu amor mais constante. Não há coisa de que eu goste tanto há tanto tempo.