sábado, 28 de dezembro de 2013

Dieta, calor, planos

Treinar nesses dias está difícil. Ontem senti muito o calor na corrida. Muito mesmo. Mas falta um mês pra TTT, estou lenta e tenho que correr - em sentido literal e figurado - pra chegar bem na prova.
Nesta semana combinei um aperto na dieta com a nutricionista. E tomei uma decisão drástica quanto aos treinos.
De julho a outubro, corri pouco, voltei a fazer reforço com treinamento funcional e comi muito doce. Aumentei de peso. Fiquei mais musculosa, mas também engordei.
Com a dieta, já eliminei o excesso, o volume que faz com que eu me sinta pesadona e grandona. Estou no meu tamanho normal. Agora vou baixar pra ficar bem leve. Magra.
Vamos ver se dessa vez aprendo a me manter longe do açúcar, que me estraga por fora e por dentro. Também penso cada vez mais em voltar ao ovo-lacto-vegetarianismo. Na real, tirando o sashimi, comer carne não me atrai mais. Como porque os outros comem, porque facilita nos restaurantes, mas raramente como por estar com vontade. Então chega, né, Lúcia Brito?
A questão dos treinos é complexa. Para janeiro já está tudo acertado. Depois da TTT vou pensar no resto de 2014.




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Gulmohar

Gulmohar é um dos nomes dela na Índia, "gul" é flor, "mohar" é pavão. Certíssimo. O flamboyant é o pavão do reino vegetal com sua copa em flor.
No domingo 22 de dezembro saí de casa pra dar uma corridinha. Cheguei no portão do prédio e percebi que havia esquecido o relógio. Corridinha nada, não estava na pilha. Fui caminhando calmamente para o Parcão, pra vê-lo. E ele estava especialmente lindo. Presente de 50 anos para mim. :) Fiquei lá apreciando, fotografando. Gostaria de ter sentado para meditar.
Enquanto observava essa árvore tão linda - e atraía o olhar de outros passantes para ela -, observava também a mim mesma. E me senti satisfeita com o que percebi. Paz, estabilidade, uma felicidade profunda e tranquila, livre da qualidade de excitação que perturba a mente. Por um instante veio uma dúvida: estou deprimida, apática? Claro que não. Estou serena. Mas estava acostumada com uma mente muito mais agitada, com picos de euforia.
Que os 50 anos tragam mais amadurecimento mental. Mais lucidez. Que eu possa seguir aprofundando e estabilizando a experiência de manter a mente em conforto e sossego.





sábado, 21 de dezembro de 2013

Felicidade genuína


Fazia tempo. Hoje tive a felicidade de ver e ouvir Lama Jigme Lhawang. Quando participei de retiro com ele, em 2008, o Lama ainda não havia recebido a ordenação.
Neste ano mantivemos bastante contato, trabalhando juntos na edição e tradução de A lua no espelho, de Gyalwa Dokhampa, no início do segundo semestre. Foi maravilhoso trabalhar com Lama Jigme. Assim como ouvi-lo hoje. O tema da palestra foi Felicidade Genuína, e o Lama abordou o assunto com total informalidade. Integrante da nova geração de professores ocidentais, Lama Jigme Lhawang revela o budismo em uma de suas facetas mais encantadoras, que é a capacidade de se mesclar à cultura e à vida das pessoas, chegando a elas onde quer que estejam.
2014 trará novas oportunidades de me manter conectada a Lama Jigme. De 10 a 12 de janeiro, um retiro aberto. E mais um livro: vou traduzir Cave in the Snow, da notável Jetsunma Tenzin Palmo, que virá ao Brasil em maio.
É muito mérito. É uma chuva de bênçãos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Li, Lilico, Licobel, Lilibins


Texto do Eduardo celebrando a formatura de nossa filha:

Lízia: debaixo dos caracóis de teus cabelos, já tantas histórias pra contar.
Lízia, amiga do verde, vira amiga de Monteiro, sapeca como Emília, casca dura como Sabugosa.
Lízia toda prosa – poesia com conteúdo e livre forma: uma loba no Lobato.
Lízia, enfrentando a tabela dos elementos, a química orgânica, a aritmética, as frações e outras mutretas - armada só com um exército de belas letras.
Lizia Capitu, sem jamais capitular!
Lizia, menina-madame, sempre Bovary.
Lízia Lolita lendo, e vendo, e crendo e crescendo, em meio aos livros, querendo ser livre, querendo ser lida.
Lízia na sala de aula, no banco da escola, no pátio do colégio, desfilando na passarela, deslizando pela aldeia.
Lízia, irmã da Maria, grudada na Laura num triângulo retângulo além das hipóteses: formado só por hiper-musas e hipotenusas...
Lízia, ao som do violão do Dezinho e do sacrossanto violino do Borba.
Lízia pinta e borda e acha a cura para o tédio e a tuberculose escrevendo certo para endireitar as linhas tortas.
Lízia chegando ao fim da linha para abrir as novas portas.
Lízia: as portas da percepção se escancaram para ti – seja na dança das vogais ou na alquimia da moda, nos novos modos dos recortes e das costuras.
Lízia, sem olhar para trás, assobiando: “It´s all over now, baby blue”.
O resto todo já faz parte da história.
Lízia, reluz em toda tua glória!

Ciclo encerrado




No carro ontem, a caminho da formatura. Encerrado o ensino médio. Já matriculada na faculdade.
Neste momento, está voando pra Curitiba, pra viver uma nova história. 17 anos. Primavera-verão.
Minha menina-moça. Experiência única e singular de amor incondicional.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Herança


Estamos numa fase boa. Que perdure o quanto for possível. Quem sabe até a virada do ano. Até o meu aniversário pelo menos.
Minha mãe ainda lembra de mim. Ontem ela não sabia quem era a Lízia, não estava lembrando nem que tinha uma neta. Mas sabia quem eu era, sabia meu nome. Hoje também.
Bendito Facebook, que tornou-se útil pra mim nas visitas. Abro meu perfil e fico mostrando as fotos da minha linha do tempo. Meu perfil é densamente povoado de gatos e cães, a mãe curte.
E faço fotos nossas com o telefone sempre que ela está melhor. (Essa foto de hoje ficou linda.) Mostro pra ela, que não sabe que a foto foi feita naquele momento. Às vezes ela não nos reconhece. Hoje primeiro ela reconheceu a si mesma, mas disse que eu era "uma amiga" dela. Não teve jeito de ver que era eu. Depois, olhando no FB, viu a nossa foto de novo e nos reconheceu no ato, sozinha. Eu vivo para esses flashes de consciência. São as memórias que armazeno agora.
Na visita de hoje, falei que Peter O'Toole morreu, pois ele estava na linha do tempo do FB. Ela lembrava dele, e de Lawrence of Arabia, mas eu esqueci de comentar o que ela me contou há tempos: que viu esse filme quando estava grávida. Deduzo que me apaixonei por Peter O'Toole, pelo filme e pelo score no ventre. O tema de abertura me emociona quando quer que ouça. Me faz sentir a vastidão do deserto, meu ambiente natural predileto. o que mais me fascina.
E de Peter O'Toole uma das imagens que quero guardar é essa. O imortal Lawrence of Arabia.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Royal Poinciana

Hoje ele está assim:






E esse aqui, pertinho dele, mais alto, mais vermelho, mais florido. Tenho uma paixão ardente por essas árvores.




Delonix regia

Ele é lindo. Majestoso. Adoro passar por ele em todas as estações. Ele estava assim em 28 de novembro, começando a florir. Meu amado flamboyant do Parcão.






















segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Tudo azul de novo

Minha primeira corrida depois da cirurgia da coluna em 2012 foi no final do ano. A Corrida Monumental, parte das despedidas do Estádio Olímpico, do Grêmio Foot Ball Porto-Alegrense. Fui participar sem a menor expectativa. E corri muito melhor do que esperava. E vi que poderia voltar a correr forte para os meus padrões.
Ontem, uma nova corrida festiva ligada ao meu time de futebol. A Corrida do Grêmio, comemorando os 30 anos do Mundial Interclubes. Me inscrevi na última hora, sexta-feira à tardinha. Como ando exausta, optei por 5km, só pra participar da festa oficialmente. Me inscrevi porque uma amiga que participa da organização meteu a maior pilha, e porque fiquei sabendo que a corrida terminaria dentro do estádio. Aí não resisti. Ainda bem.
Para minha total surpresa, fiquei em terceiro lugar. Estava assistindo a premiação com amigos, fazendo festa na Arena, quando fui chamada ao pódio. Que grande barato! Além da medalha de participação, voltei pra casa com um troféu. Feliz, feliz, feliz.
Ontem, 8 de dezembro, era dia de Oxum, senhora minha mãe. E fez um ano que a Arena do Grêmio foi oficialmente inaugurada.

Dá-lhe!

Poses pra torcida, hehehe

Celebração em dobro

Nessa semana, mais um evento gremista para nós:
o lançamento de "Arena do Grêmio - um estádio de espírito",
livro maravilhoso sobre a nova casa do Imortal Tricolor