quarta-feira, 26 de maio de 2010

Voltando


Não me senti bem na corrida de domingo, mas sinto-me cada vez melhor ao perceber que estou enfim me recuperando. A dor e o cansaço extremos desapareceram. Ainda faço muito esforço, ainda é pesado, mas logo que acaba as sensações de desgaste dissipam-se.
Desde março, quando voltei a treinar, uma das sensações que mais me perturba é a percepção de "take it for granted" que eu tinha em relação ao desempenho na corrida. Eu rodava a 4'50'' ou 5' e achava muito natural. Hoje em dia esse é meu tempo run em 10km... Na meia de domingo, comecei em 4'50'' e fechei em 5'30'', acabada. Fiz os 21km em 1h47min. Antes fazia em 1h37min.
Agora, mais do que voltar aos ritmos e tempos que me parecem "naturais", quero voltar à naturalidade com que eu corria.
No começo desta quarta-feira tive um vislumbre desse estado natural. Participei da corrida de 5km do Dia do Desafio, à 0h01min. Foi a primeira corrida em que me senti realmente tranquila e à vontade. Fechei em 22'57'', consegui fazer tudo abaixo de 5'. Muito melhor que o tempo foi a sensação de segurança de que dava para forçar um pouco mais. Correr sem ficar angustiada com a fraqueza e o medo de sofrer.

domingo, 23 de maio de 2010

Fim de semana perfeito

No sábado, dois eventos lindos. O filho do meu primo nasceu, e fomos ao hospital ver o novo membro de nossa minúscula família. Um amigo casou-se, e fomos à igreja assistir a cerimônia. Dois acontecimentos ligados à família e ao amor. :)
Hoje, a Maratona de Porto Alegre. Revezei com Lisiane, nenhuma das duas poderia fazer a prova completa.
A corrida foi um grande sofrimento pra mim, porque fiz exatamente o contrário do que o treinador disse: fiquei me atormentando e me cobrando por não correr como corria antes da sucessão de doenças e infortúnios que se manifestaram desde o início de 2009. Mas, passado o sufoco da corrida, as coisas que ele disse começaram a ser assimiladas: eu não fui pra competir, fui só pra fazer, eu nem treinei pra fazer a prova. E o resultado foi bem bom dada minha atual condição. Ok. Mas continuo não gostando de ralar tanto pra correr tão pouco.
Entretanto, gostei de várias coisas. Do lindo dia de sol, apesar do vento e da umidade. Adorei rever dezenas de rostos queridos, de desejar força e sucesso pra montes de maratonistas em meu trajeto até o posto de revezamento. De ver os amigos completando a maratona!!!
E amei, amei ficar sentada na grama com minhas amigas, aguardando a premiação. Voltei pro meu mundo, do qual estive afastada por muito tempo.
Para encerrar, almoço comemorativo com o pessoal do União, mais pessoas que me são muito queridas e que fazem parte do meu pequeno mundo social.

Faz-me rir, Juvenal

Se você acha que uma pessoa não tem o perfil que você procura, se você conclui que ela não é o que você achava que fosse, não é mais fácil simplesmente fazer a fila andar do que ficar pontificando: "Sabe qual é o seu problema? Blá-blá-blá...", e dizendo que os problemas que VOCÊ vê são dela?
Essa mania de cobrar do outro, de querer que o outro mude para satisfazer expectativas pessoais é um porre. Especialmente porque costuma vir acompanhada de autoindulgência e intransigência. Afinal, os meus defeitos não são assim tãããão graves (isso quando eu tenho algum defeito, é claro...) e, como eu os reconheço, tá ótimo, não preciso mudar, quem tem que mudar é o outro. O outro tem que mudar. O outro tem que entender meu ponto de vista e concordar com ele e reconhecer que ele é que faz tudo errado. O outro tem que ser outra... pessoa.
Quando se sabe tão bem o que se quer, quando se tem exigências muito específicas de perfil, me parece bem mais lógico ir atrás de alguém que preencha os requisitos do que tentar socar à força um ser defeituoso dentro desse perfil.
Se bem que é claro que pode ser um pouco difícil encontrar a pessoa perfeita, hahaha!