domingo, 12 de novembro de 2017

Singeleza dominical

Fui comer amendoim torrado e lembrei da minha mãe.
Tenho lembrado dela de vez em quando. Não apenas lembrado, mas sentido saudade. Só agora... dois anos e meio depois do fim do suplício (mais dela, muito mais dela do que meu, mas que pra mim foi ainda assim excruciante - e cada vez mais percebo o quanto).
Lembro do nada, por coisas como amendoins torrados.
Nos churrascos na casa do meu tio, mesmo quando ela já estava na clínica, mas ainda dava pra sair pra esses passeios em ambiente controlado e compassivo, sempre tinha amendoim torrado, meu tio adora. Aí a mãe ficava lá sentadinha, quietinha, comendo amendoins sem parar. Ela nem lembrava que já tinha comido, nem lembrava que estava comendo, então tínhamos que dar uma controlada.
No amendoim e nas sobremesas principalmente.
Hoje lembro da carinha dela naqueles churrascos... e toda a dor, toda a tristeza se derrama em lágrimas. E toda a saudade.


Praticar, praticar, praticar

Quando comecei minha jornada no reiki, os conhecimentos ainda eram "ocultos", aquele papo de manter em segredo, só para os iniciados, blablablá. Com o mundo do jeito que está, com as pessoas precisando de toda e qualquer ajuda do jeito que precisam, felizmente é cada vez maior o número de praticantes de todos os tipos de técnicas que não aceita essa premissa e libera todo o conhecimento de que dispõe para quem quiser.
Acredito que as energias superiores e sutis ligadas à luz (ligadas ao que nós aspiramos como luz, como positivo etc) sabem muito bem cuidar de si, vão atuar onde e como for necessário. Não precisam ser protegidas, nem direcionadas minuciosamente. Basta invocar com a motivação correta e a certeza de que vai acontecer, e o universo cuida dos detalhes. Acho impossível pegar energias "boas" e usar "errado".
Não existe energia boa e energia ruim. Existe energia. E o que cada um faz com a energia que canaliza. Visão quântica da realidade.

Agora treinando de novo a escrita dos símbolos. O começo foi trágico, uns garranchinhos. Mas hoje já melhorou bastante. E a internet tem dezenas de fontes de consulta.





sábado, 11 de novembro de 2017

Mãos de cura da Dakini Espertinha


Inacreditavelmente precioso. E agora me fazendo perceber
uma conexão entre Reiki e budismo nesta minha vida.
O universo me surpreende, me ampara e me orienta das mais incríveis maneiras.
O Reiki voltou à minha vida ontem à noite, numa conversa com uma amiga que tem o nível I e o utiliza em atendimentos.
Eu tenho o nível III, sou mestra de Reiki. Isso desde final dos anos 1990, início dos 2000. Mas parei de praticar há muitos, muitos anos.
Na conversa de ontem, fui mostrar um livro pra ela. Este aí de cima, um tesouro, de uma mulher incrível, que disponibilizou todos os "segredos", inclusive os símbolos.

Os preciosos símbolos. Sem este livro, teria passado trabalho.
O (nem tão) pequeno acervo. Literatura. Cultura.
Conhecimento, a base da sabedoria.
Aí (re)descobri vários outros livros sobre Reiki na minha biblioteca.
Optei por reativar a prática amparada pelo manual de Diane Stein. Agora há pouco comecei a lê-lo, e vieram o insight e a elucidação de um ciclo importantíssimo em minha vida.
Quando comprei este livro e li pela primeira vez, não era budista. Ao reler agora, fiquei pasma ao ver que ela abre o livro falando extensamente sobre a conexão entre Reiki e budismo. E cita muita coisa sobre budismo tibetano! Budismo tibetano, que se tornou minha prática espiritual principal e minha diretriz filosófica e ética nesta vida.
O mais mágico de tudo foi que as sementes do Dharma floresceram em minha mente nesta vida sentada numa poltrona na sala de minha mestra de Reiki I e II! Num final de tarde fui lá para um atendimento. Ela se atrasou muito, aí falou: "Olha este livro, tenho certeza de que você vai gostar". Era O livro tibetano do viver e do morrer, de Sogyal Rinpoche, obra-prima.
(Aqui um amplo parêntese: fiquei fascinada por Sogyal Rinpoche, tinha o sonho de estudar com ele. Mas, quando ele esteve em Porto Alegre, não pude fazer o retiro, na verdade não fiquei muito interessada. Fui na palestra aberta, e na época tive uma sensação então inconfessável: desconforto, uma certa decepção. Ele não me pareceu tão grandioso, tinha alguma coisa que não me atraía, pelo contrário. Neste ano, Rinpoche foi acusado de abusos, inclusive abuso sexual, por vários alunos. Aí entendi tudo. Mas mantenho minha gratidão e reverência a Rinpoche como autor de um livro excepcional. E a mente iluminada dele com certeza foi a que estimulou meu despertar nesta vida. Samsara, samsara.)
Minha vida mudou fundamentalmente naquele entardecer/noite. E hoje percebo que foi graças ao Reiki, um sistema de tratamento e cura física/mental/espiritual milenar, que (re)comecei minha jornada pelo Caminho do Meio. Reiki como cura no mais amplo sentido possível.
Dakini Espertinha. Cada vez mais.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Só perrengue, e eu tô como?

Em uma semana:
- queimei um dedo (bem de leve);
- quebrei um dente (dentista e gasto);
- a luminária da cozinha queimou (eletricista e gasto);
- caí correndo (pouco machucado);
- uma garrafa de vidro com um fermentado explodiu na minha cozinha (caco e líquido pra todo lado, maior mão de obra limpar);
- Lelonid teve uma crise renal (veterinário, medicação e gasto, além de xixis pela casa).
E eu estou como?
Numa boa. Tudo resolvido rapidamente. E o trabalho seguindo sem interrupções. Foco e tranquilidade para administrar os percalços sem me estressar.
Palmas para mim. E vivas para a resperidona, que atua magnificamente na contenção dos meus arroubos borderline.
Essa sequência de reveses é o tipo de coisa que me deixaria totalmente desestabilizada há pouco tempo. Dessa vez tirei de letra.
Para quem não é como eu, para os "normais" (!), pode parecer insignificante. Para mim foi uma vitória grandiosa. Não só resolvi tudo com rapidez, como não fiquei remoendo, muito menos paralisada. A vida seguiu normalmente - a tradução manteve o ritmo.
Graças à resperidona, mantenho a estabilidade do humor e o foco no trabalho.
Sempre fui extremamente refratária ao uso de medicação. Não mais. Porque ficou claro que a lamotrigina e a resperidona melhoram em muito minha qualidade de vida. Sonho em poder suspender o uso de ambas. Mas sem pressa. Primeiro o bem-estar e a funcionalidade.
E não, eu não teria (ainda) essa estabilidade sem estar medicada.

Guerreirinho




O amor desse gato me comove às lágrimas. Bem como a vontade dele de viver, provavelmente (também) por mim e para mim.
Nova crise de cristais na bexiga ontem, xixi com sangue, ele sente dor. Voamos pro veterinário de manhã cedo, antes de eu ir pra editora. Medicado. Antibiótico e buscopam.
Volto pra casa, Lelonid Gatiliev estava melhor. E aí grudou em mim totalmente, como se grato pelo cuidado, feliz por estarmos juntos, nem sei. Só sei que amo cada segundo de nossa vida compartilhada.
As fotos são de ontem, mas neste momento Lelonid está aqui no meu colo de novo, cochilando feliz, depois de me recepcionar efusivamente. É o gato cantante, diz Libra. É mesmo.
Meus gatos contribuem para eu ser uma pessoa melhor. Prática de amor, sabedoria, compaixão, paciência, generosidade, equanimidade, alegria. Tudo de bom e do melhor.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Tudo tão azul






Fazia um tempinho que eu não ia na Arena.
Final de tarde espetacular, Lua delicada, noite de classificação pra final.
Perder é ruim, mas não me incomodo de perder quando dá pra perder. Ontem era o dia.