sexta-feira, 13 de maio de 2016

Tchau, querido


O tempo fechou. O mar cresceu, cresceu, cresceu. Veio a tempestade. E a onda.
Uma tremenda liberação de energia. Uma manifestação da força essencial.
Vi de onde a energia tempestuosa brotava e por que estava se avolumando, escapando apenas pela roedura dos dedos. Flavia, minha melhor amiga (que conheci pela internet, como tantas pessoas tão queridas e/ou importantes na minha vida) fez a analogia perfeita: rebentei o cercadinho. Já era.
Foi-se o medo de perder o (falso) ambiente seguro, de sair da zona de (falso) conforto. Na verdade o medo estava presente, mas a coragem e o amor-próprio falaram MUITO mais alto dessa vez. Acabaram-se a paciência e a complacência. A segurança que eu tinha era a de caminhar sobre gelo cada vez mais fino. E o conforto era fazer isso com pouca roupa e sapato com solado gasto.

Fiz uma declaração dos valores que me norteiam e do meu valor pessoal.
A line in the sand. (Expressão idiomática. Não adianta usar o Google Translator, como costuma fazer quando escrevo em inglês, viu?)
Terapia não funciona, neh non? Vai vendo.
Na terça conversamos sobre a raiva e a agressividade. Ontem, sobre um possível padrão de querer juntar os pedaços depois que as coisas estão destroçadas, perdidas.
E aí deu pro cercadinho, que já estava bem avariado. Do qual eu já saí, mas ficava por perto - e, pelo visto, remendando aqui e ali, tentando conservar. Desapeguei. Tchau, querido!
Foi um momento um pouco turbulento. Mas necessário. Como disse Laura, minha irmã de sangue e alma, tudo acontece na hora certa, do jeito certo. Flaviana (outra amiga que o universo trouxe pela internet) comemorou comigo as transformações que viu ocorrerem em menos de dois meses.

Laura, Flavia e Flaviana. Quis citar as três hoje porque são mulheres que me empoderam como mulher. Reforçam minha autoconfiança, estimulam meu amor-próprio, alegram-se com minhas conquistas (por ínfimas que sejam), celebram comigo. Me dão força quando eu fraquejo, me consolam quando eu desanimo, me estimulam a ir em frente nessa incrível jornada de redescoberta.
Há muitos anos, uma outra mulher, outra terapeuta, Kátia, me disse que a raiva encobre o medo. Agora, com Letícia, estou examinando essas camadas. Ontem, consegui aproveitar a raiva e a agressividade de modo positivo, gerando autorrespeito, dignidade. O medo diminuiu, a coragem e a autoconfiança aumentaram.
Gratidão a Rita, cuja presença proporciona oportunidades para meu crescimento emocional, moral, espiritual, profissional e financeiro. Mestra que o universo enviou para esse aprendizado crucial.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Grrrr

Raiva.  Agressividade.
De onde vêm? Para onde vão?
Foram as perguntas de ontem. E temas de reflexão desde então.
No início dessa semana, sonhei com um mar alto, grosso, sombrio e ameaçador. Em estado de vigília, percebi a sensibilidade ao comportamento alheio. Impaciência e irritação com coisas que não são minhas. E comigo mesma, por me perceber sucumbindo a essas emoções e, mais que isso, me colocando em situações onde fico vulnerável à intromissão alheia. No físico, alergia e roedura dos dedos exacerbadas.
Agora, a meta é canalizar essa energia para ações construtivas e positivas. O que certamente vai requerer maior compreensão do processo. Enquanto isso, sigo me observando e me mantendo reservada, evitando ações e palavras impulsivas. Focada no trabalho, cada vez mais empolgante.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fui!

Foi ontem que eu fui. Dia 3.
Agora, na pausa pra fazer um café solúvel e seguir no Egito, vim postar essa foto só pra deixar registrado.
Eita! Depois de um tempão de elucubrações e umas poucas iniciativas abortadas, finalmente calhou de dar.
E foi bom. Bem mais que bom. Leve, divertido, intenso. Melhor do que o imaginado, mas conforme o esperado.
O carma tem coisas muito interessantes.
No meio da tarde agradável de ontem, lembrei que na véspera, dia 2, completaram-se quatro anos da cirurgia da hérnia de disco. Posso dizer que a comemoração de ontem fez jus ao trabalho do cirurgião.
E agora de volta ao Egito, que tem muito mais por vir. E muito mais para eu ir.



terça-feira, 3 de maio de 2016

Que venham!

São pessoas assim que fazem diferença.
Além de querer tê-las por perto, quero ser assim também.
Ontem, três dessas incentivadoras apareceram por acaso depois de uns tempos sem falarmos. Foi daqueles momentos em que o universo mostra nitidamente que está ouvindo e atendendo os pedidos.
Empoderamento.

Gently weeping

The more the time, the more the pain.
Dearly beloved, Deeply missed.


Adoro essa música. Adoro essa versão, que era uma das poucas coisas disponíveis de Prince antes do lamentável 21/04. E hoje, que era ontem, mas agora agora já é hoje, topei com esse vídeo de novo.
Estou ouvindo sem parar. E fiquei pasma ao perceber o quanto a vibe muda quando Prince começa a solar. Eu não estava vendo, estava apenas ouvindo. E senti a mudança.
Vendo eu já tinha sacado desde a primeira vez. A música vem vindo normalzinha, morninha, pra mim sem graça. E aos 3:27... BUUUMMMM!
É um senta lá acachapante. Prince é tão melhor, tão maior. Majestade.
Desde sua morte, estou muito voltada para seu talento como guitarrista. Meu ex-marido, que sabe o tamanho de Prince em minha vida, surtou quando confessei que nunca tinha dado o devido valor às habilidades dele na guitarra. Acontece que o que mais me tantalizava em Prince era a safadeza. A franqueza sexual envolta em rendas e babados, extravasando pelas roupas justas, desfilando de salto alto, dançando sugestivamente, gemendo e gritando em falsete. Como aqui: