segunda-feira, 20 de julho de 2020

Bem vegetariana

Hoje em dia é raro, mas cansei de ouvir a pergunta "O que você come então?" quando dizia que era vegetariana. "Todo o resto", eu resumia, mais confusa do que o interlocutor. Como assim? Em qualquer refeição tem muito mais coisa para comer do que carne. Afinal ninguém vive à base de churrasco.
Também tinha quem achasse que eu só comia salada, tipo alface e tomate. Esse equívoco eu tratava de corrigir rapidamente, listando pão, biscoitos, massas, arroz, lentilha e demais oleaginosas, aveia, trigo, batata, aipim, laticínios...
Agora, é verdade que sou conhecida pela prodigiosa quantidade de verdes que consumo em uma refeição. Minha filha e o pai dela ficavam resmungando sobre meus pratos em buffet. "Vai pegar toda a rúcula? Não vai deixar pros outros?" Não. Não vou. Porque eu como basicamente folhas cruas em qualquer buffet. Deixo todo o resto pros demais. Na semana passada, Lízia mencionou o fato de que eu como muito mais verdes do que as outras pessoas. Tanto que dou conta sozinha da cesta semanal de 8 itens da CSA.
Hoje fiz um saladão que serviria 4 pessoas normais. Couve mizuna, dente-de-leão, nabo e agrião. Temperei com aceto balsâmico e mel, mais um pouco de azeite e sal. Nunca tolerei vinagre, mas aprendi a gostar do balsâmico, embora nunca usasse. Nesta quarentena, aprendi a fazer o molho de balsâmico, mel, azeite e sal. Hoje foi a segunda vez que fiz, colocando 2 colheres de sopa de balsâmico e 1 colher de sopa de mel. Perfeito para o meu paladar. O mel anulou a pungência do vinagre.
O pratão de salada foi acompanhado de feijão e farofa. Que a vegetariana aqui não vive só de folhas.


 

Consumo consciente


Isso parece lixo?
Meu escorredor ficou lotado de ramas de beterraba, nabo e rabanete, mais os talos de beterraba e espinafre da cesta da CSA da quarta-feira passada. Enquanto eu me abastecia na Feira do Menino Deus, vi pessoas descartando as ramas lá mesmo. Dá vontade de chegar e dizer: "Não faz isso".
Em vez de encher um saco de lixo, enchi a geladeira. Para me alimentar por vários dias com preparações saudáveis e nutritivas. E para fazer uma imensa economia de dinheiro também.
Consumo consciente e sustentável.

2 a.m.

Concluí que precisava de um shot do vício da hora: suco de beterraba com laranja. E acionei o liquidificador nesse horário indecoroso. Sorry not sorry.
Fiquei vários dias sem tomar o suco. Por causa do frio - e muito também da preguiça. Descascar as laranjas, as beterrabas, coar, depois lavar tudo. Sim, eu coo porque é fibra demais, minha barriga estufa, me sinto mal. Meu consumo diário de fibras é altíssimo, posso me dar a esse luxo.
Hoje coloquei montes de folhas de hortelã. Ontem, um pedaço generoso de gengibre e cenouras.


O desejo incontrolável de tomar suco foi provocado pelo almojanta às 20h. Feijão, farofa com talo de beterraba, alho e gengibre e nirá. Comfort food é isso. Entendi o conceito. E com feijão, quem diria.



domingo, 19 de julho de 2020

Bolo de fubá vegano

Bolo de fubá é dos meus favoritos. Cheguei à receita perfeita na última sexta-feira.
Usei chimia de abóbora com coco dessa vez. Ficou ótimo, mas foi um engano. Era para ser chimia de laranja. Acontece que fiquei vasculhando a prateleira do supermercado em busca de chimia de goiaba, minha preferida. Não tinha. Eu havia selecionado uma chimia de laranja, mas acabei me atrapalhando.
Só vi o equívoco enquanto lutava pra abrir o vidro. Resolvi experimentar. Não voltaria ao supermercado para trocar, porque o local já estava cheio demais pro meu gosto às 14h30, e eu tinha ido lá porque precisava de outros mantimentos.

  • 1 xícara de farinha de trigo integral
  • 2 xícaras de farinha de milho ou fubá
  • 1 1/2 xícara de açúcar
  • 350ml de leite vegetal
  • 100ml de óleo (óleo de coco dá um sabor extra)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de sopa de vinagre
Mistura todos os secos. Acrescenta os molhados e leva a assar em forma untada e enfarinhada.
O toque especial é colocar chimia de goiaba (ou outra) por cima da massa.
Ou adicionar coco ralado (50g) à massa.

sábado, 18 de julho de 2020

Pão sem queijo de frigideira




Estou viciada nesse pão. Até agora só fiz com inhame, mas quero experimentar com aipim e com batata-doce. Não faço uma receita apenas, faço vária de uma vez só e guardo na geladeira para ir utilizando no café da manhã, no lanche ou em uma refeição. Para mim, a levedura nutricional é indispensável, dá o sabor que lembra queijo.
  • 1/4 de xícara de polvilho doce 
  • 2 colheres de sopa de polvilho azedo
  • 1 colher de sopa de óleo
  • 1/4 de xícara de inhame amassado
  • 4 colheres de sopa de leite vegeta
  • 1 colher de sopa de levedura nutricional
  • sal
Mistura tudo e cozinha em frigideira untada. Eu coloco a tampa, deixo dourar de um lado, depois do outro.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Abacate é salgado

Abacate salgado é um caminho sem volta. Pelo menos pra mim. Conheci assim, em guacamole. Tive que me conter pra fazer essa, com coentro, tomate, cebola e suco de limão (azeite e sal eu coloco no meu prato). Porque agora eu abro abacate ao meio e como direto, raspando com colher. Puro é como prefiro.
E abacate doce, amassado com açúcar e limão? Não mais. Fiz um dia desses e lamentei não ter comido puro. O açúcar estragou tudo.
Caso eu consiga resistir ao impulso de comer o abacate puro, farei uma batida qualquer dia. Não havia o hábito dessa preparação na casa da minha mãe. Só lembro de tomar batida de abacate uma vez, já adulta. Achei ok. Quero experimentar com um leite vegetal.
Abacate doce eu ainda gosto em forma de picolé. Tenho que fazer como sorvete e smoothie também.