quarta-feira, 27 de maio de 2009

Final feliz

Lucrécia, uma felizarda

Tornei o mundo um lugar melhor hoje. Ao menos para quatro gatinhos que recolhi ontem à noite da rua. Eles estavam sendo alimentados por minha amiga Teka, mas corriam risco de ser maltratados ou mortos. Fui lá pra fazer fotos deles pra minha amiga Adri, dona do alemão Theo, que queria um brasino. Acabei indo pegar Lízia na escola com uma caixa com quatro coisinhas fofas.
Fui numa pet shop, mas já estavam com outro quarteto felino para doar. Aí fui na Clínica Auxiliadora (Artur Rocha, 98, fone 3332-4179), do dr. Faraco, veterinário dos meus gatânlios, que recomendo sempre pra todo mundo. Faraco e Juliana, os vets, são maravilhosos, a clínica é ótima, meus gatáquilos sofrem o mínimo de stress quando vão lá. Pedi a Faraco que acolhesse a ninhada até hoje, pois a dupla Teddy Boy Marino e Lelo teria um chilique se eu chegasse em casa com aquela caixa. Além de competente, Faraco é gente boa. Providenciou um gaiolão, água e comida pros pequeninos.
Eu e Li voltamos pra casa e fomos batalhar candidatos à adoção. Postei recados e fotos no orkut, facebook e twitter. E um anúncio no www.bichoderua.org.br.
Fui dormir mais tranquila, porque Adri confirmou a adoção de Benjamin Salin. E comecei a pensar em adotar Lucrécia, parecida com minha saudosa Felícia, que fugiu no início do ano e nunca mais encontrei.
De manhã recebi um e-mail de Ana, amiga da minha amiga Aninha, perguntando sobre a gata preta-e-branca. Telefonei pra ela, falamos um tempão e combinamos um encontro na clínica às 11h30. Mandei aviso pra Adri pelo twitter, e quando cheguei no vet encontrei Ana, Adri e o quarteto fantástico à solta numa sala, brincando entre si e com os humanos. Esses gatinhos foram jogados fora por uma mulher, mas é evidente que antes disso foram tratados com carinho, pois são dóceis e confiantes. E foi esse o principal motivo para eu pegá-los. Não suportei a ideia de que umas criaturas tão indefesas pudessem vir a sofrer. Vejo animais e humanos sofrendo pelas ruas todos dias, e ao menos dessa vez pude ter não só um sentimento compassivo, mas uma atitude compassiva.
Saí da clínica ao meio-dia sabendo que três estavam encaminhados, faltava só um, um machinho brasino. E Faraco concordou em hospedá-lo por mais um dia pra eu tentar achar um dono. Cheguei em casa e em meu e-mail uma candidata a um gato brasino que tinha visto meu anúncio no site pedia informações. Trocamos alguns e-mails e às 13h45, quando eu estava no carro indo buscar Lucrécia (que tinha que tomar banho e receber vermífugo e antipulga antes de ir pra casa), Helena me telefonou avisando que ficaria com Frederico!!!
Encontrei Adri de novo na clínica, ela estava com Theo, porque na noite da véspera ele caiu pela janela do segundo andar. Theo já havia passado por duas clínicas desde então, tinha sido liberado, mas não estava 100%. Quando fui embora às 14h30 levando minha Lucrécia, rumo à escola pra buscar Lízia, Theo estava em consulta com Juliana, e Helena já tinha telefonado avisando que iria buscar Frederico às 20h30. A gatinha preta-e-branca já estava pronta, esperando Ana ir buscá-la.
Cheguei na escola de novo com uma caixa de papelão - vazia, porque Lucrécia estava dormindo dentro do meu casaco. Lízia só viu a surpresa quando chegamos em casa.
Agora são 23h, ela e Lucrécia estão dormindo juntas e felizes.
E eu vou dormir com Lelo e Teddy Boy, que de momento estão achando que o mundo deles piorou. Estão enciumados, revoltados e consternados. Mas vai passar. Até o final de semana estarão todos adaptados. E felizes.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Depois

Edu querido, mi amor de treinador, que confia mais em mim do que eu, e pelo visto me conhece melhor também

Com Lisi, Dani e Val, adoráveis companheiras de equipe

Estou moída, mas feliz. Consegui correr uma bela maratona ontem, e meu desempenho não foi melhor porque não treinei tanto quanto deveria e porque minha mente me perturbou um bocado antes da corrida e durante. A questão agora é resolver essas duas coisas.
Para treinar direito preciso dar mais uma ajustada na minha rotina, mas o principal é ajustar a mente, definir uma paisagem mental and stick to it. Para isso, tenho que decidir como afinal eu quero treinar e correr. Se quero pegar pesado, treinar forte pra obter resultados melhores, ou se quero correr só como distração.
Acho que correr só de brincadeira não é pra mim por enquanto. Tenho uma tendência natural a me dedicar às coisas, não gosto de meia-boca. Não teria prazer correndo de qualquer jeito. Mas também não tenho prazer me exigindo demais. Está faltando o caminho do meio, ou seja, manter o prazer e a qualidade. Correr direito, mas sem esquecer que isso é pra ser uma diversão. A corrida é algo para se encaixar dentro do meu dia, não para esculhambar minha rotina e empurrar e espremer o horário de trabalho e demais atividades.
E tenho que dar jeito de controlar minha mente durante a corrida. Na maratona larguei bem, estava calma e confiante (depois de muito medo na véspera). Fiquei numa boa por 10km, curtindo a corrida. Quando comecei a cansar, a paisagem começou a mudar. E da metade até o fim da prova não pensei em quase nada que prestasse, affffff... Pensei seriamente em parar aos 21km e aos 23km, logo depois do Edu falar comigo e dizer que o ritmo estava ótimo. E fui pensando nisso e noutras impropriedades all the way.
Um dos principais motivos para não ter parado foi simplesmente porque não haveria como justificar isso - para os outros! O que eu ia dizer pro Edu? - Que eu tinha cansado? Que tinha perdido a vontade? - E pra Lízia, que eu sabia que iria me esperar na linha de chegada? E pra todos meus amigos e conhecidos? Enfim, um motivo importante pra não desistir foi vergonha.
Ainda bem que minha mente conseguiu ao menos nutrir essa paisagem de preocupação social. Porque na hora não me ocorreu, mas muito pior seria depois eu tentar justificar a mim mesma por que desisti. O que eu ia dizer pra mim? Que cansei? Certo. E alguma vez pensei em correr 42,195km sem cansar??? Que perdi a vontade? Certo. E por que perdi a vontade? Porque ficou difícil, cansativo e monótono. Ok. E então? Vou desistir das coisas sempre que se tornarem difíceis, cansativas e monótonas? Terei problemas não só pra correr e treinar, mas para trabalhar, educar a filha, cuidar da mãe, cuidar dos gatos, dos bonsai...
Na corrida posso ver nitidamente a natureza do samsara, onde todas as experiências sempre trazem em si mesmas as sementes de sofrimento. No samsara nada é sempre bom ou ruim, a natureza de tudo é a dualidade. Meu samsara na maratona teve ondas bem definidas de impermanência: começou bom, depois ficou mais ou menos, ruim, bem ruim, e então começou a melhorar de novo e ficou bem bom na última curva antes da chegada, quando vi Lízia e muitos amigos, conhecidos e estranhos me recebendo com grande alegria e me empurrando na reta final.
Em cada treino acontece a mesma coisa, sempre tem momentos bons e ruins. A questão é apenas como olhar para isso. Se me apegar ao ruim, vou sofrer mais e desistir. Se conseguir me apegar ao bom, vou passar pelo ruim com mais leveza.
Mas meu objetivo é não me apegar a nenhum dos dois. Apenas fluir por ambos, observando as flutuações. Chegar ao centro de estabilidade, onde não há movimento. Ainda não sei como é essa experiência. Assim, de momento estou feliz por ter ido até o final. Estou feliz por mim e feliz porque meus amigos ficaram felizes por mim. :)

domingo, 24 de maio de 2009

Durante

3:34:01
Tempo líquido de 3:33:51



Dois momentos da chegada. Barbaruca!!! Consegui!

Eu e minha amiga e colega de maratona Lisiane ao raiar do dia.

sábado, 23 de maio de 2009

Antes

Que medo!!!
Amanhã é o dia da maratona. Estou bem apreensiva, não tenho ideia de como vou me portar na corrida.
Edu me ligou há pouco pra mais uma vez me tranquilizar. Não treinei o bastante pra fazer uma grande corrida, então não devo me cobrar. Ele acha que posso ficar entre 3h30min e 3h35min. Se ficar, ótimo. Se não der, ótimo também, completar a prova já será um grande resultado.
No ano passado também fui pra maratona mal preparada. E estava desanimada, sem vontade de correr. Nem tinha certeza de que poderia completar a prova. A corrida havia se tornado um sacrifício.
Dessa vez sei que posso fazer, mas tenho muito medo. Do que eu tenho medo? De passar mal. Agora eu quero correr, quero me puxar, mas tenho medo de fazer isso, tenho medo de sofrer em vez de sentir prazer. É isso que tem me bloqueado, além da falta de treino. A falta de treino de certa forma é consequência de meu bloqueio mental.
Tenho vontade de correr, mas me sinto cansada e tenho medo do esforço.
Passada a maratona, tenho que descobrir como corrigir minha paisagem mental na corrida.

Repeti o ritual do ano passado, de separar a roupa na véspera e fazer uma fotinho. :)
Uma forma de me descontrair e me preparar.

Hoje falei com meu amigo Leandro depois de muito tempo. Ele voltou pra casa na quarta-feira, após 101 dias de hospital. Já combinamos uma visita pra semana que vem. Enfim vai sair o nosso chimarrão!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mais uma pro repertório

ADOOOOORO Yello. Oh Yeah.
E essa conheci hoje. E é de 1989, benzadeus...
Uma versão muito sofisticada de me-engana-que-eu-gosto. Você finge que é verdade, que eu finjo que acredito.



Her name was Julie
When she took me on a ride in her old Chevrolet
Straight into a dusty sundown
I knew she was gonna make up one of her stories
And then she couldn't believe that I told her
How much I love her lies and how much I love her games

Riding on the highway
You're going much too far
You're lying so much better
When you drive a car
You're lying 'til the sundown
So look into my face
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying

I love your games
I love your lies
I love your games
Look in my eyes
Don't believe I'm worried
When you're playing all these games
I love your lies just hold me tight
I got no one to blame
You're lying, I'm buying
I'm buying every word
I love your lies
I love your games

Take me to the ballroom
We're dancing through the night
I'm in your arms, I love your lies
They make me feel so light
You're lying to your shadow
So look into my face
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying

Julie stopped her car
The sun had gone and left one of these dark red skies
She looked in my eyes and with a smile in her face she said
"Of Course I'm Lying.
But I think I love you."

Take me on the highway
You're going much too far
You're lying even better
When you drive a car
You're lying 'til the sundown
So look into my face
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying (I love it)
You're lying

I love your games
I love your lies
I love your games
Look in my eyes
Take me in your arms and hold me tight just for tonight
I need no drugs I love your lies
You hide me from the night
You're lying, I'm buying
I'm buying every word
I love your lies
I love your games

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Gatânlios gatáquilos




Adoro esses meus gatos. Nos últimos dias andei curtindo tirar fotos deles. :)
São queridos e leais, uns fofos.
Ficam muito diferentes nas fotos, sérios, hehehe.

domingo, 10 de maio de 2009

Sunset


Não é o por-do-sol mais bonito do mundo, mas é lindo.
Vi neste Dia das Mães com minha mãe, filha e irmã. Na Avenida Beira-Rio, onde corri ontem e deveria ter corrido hoje, mas não pude porque continuo sem voz e com tosse. E sem doença alguma detectada...
Fizemos umas fotos adoráveis, mas a filha recusou-se a participar porque estava num dos ataques de mau humor que a acometem com frequência cada vez maior, por motivos cada vez mais tolos. Coisas da idade... De momento sou mãe de uma pré-adolescente.