sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O essencial a dizer

Existem situações em que nada do que se diga ameniza o sofrimento. Especialmente quando o sofrimento está entrelaçado à raiva e ao ciúme. À sensação de perda. À frustração. Quando é a dor do coração partido.
No fim, tentar dizer alguma coisa pode não dar em nada, a tentativa pode não ser levada a sério.
E o que dizer?
Sinto muito. Sincera e profundamente.
Sinto muito pelo sofrimento causado direta e indiretamente.
Causar sofrimento nunca foi a intenção. Não por eu ser uma santa criatura. Muito longe disso. Não desejo causar sofrimento pelo simples conhecimento da lei do "aqui se faz, aqui se paga". O que vai, volta. Carma. Não quero causar sofrimento pra ninguém basicamente porque não quero causar sofrimento pra mim.

Julgar os outros nunca é bom. Julgar sem conhecer é ainda pior. Mas a gente julga o tempo todo. Eu fiz e faço isso. Fizeram e fazem isso comigo. Às vezes julgamos sem sequer conhecer. Julgamos pelo que os outros dizem e pelo que sentimos, focadas unicamente no nosso ponto de vista. É tudo por tabela - pelo que vemos, pelo que sentimos, pelo que imaginamos e pelo que os outros nos falam.
Eu só posso falar por mim. E o que tenho a dizer é isso: sinto muito. De coração. Desejo que seja feliz e encontre as causas da felicidade, que supere o sofrimento e as causas de sofrimento.


Desastre na Oficina de Relógios 1

Recém-saído da caixa
Comprei esse relógio pela internet. Presente de aniversário. Chegou na quarta-feira (dia 2) e à tardinha fui na Oficina de Relógios do Moinhos Shopping (loja 123, fone 3222-0631) para ajustar a pulseira. Paguei R$ 28 pelo serviço, achei absurdamente caro. Há duas semanas, paguei R$ 10 para ajustar a pulseira de outro relógio na ATR Mundial (Andradas, 1519, sala 113, fone 3227-1890), uma oficina ótima - só não fui lá dessa vez porque era tarde, já estava fechada. (Se arrependimento matasse...)
Usei o relógio novo à noite. E achei meio sem graça. Até pensei: putz, parecia tão mais bonito em foto. (Eu tinha visto o mesmo modelo ao vivo com mostrador branco e concluí que esse azul não era tão bacana, mas enfim, já era...)

Após o ajuste da pulseira
Ontem, quinta (dia 3), fui usar o relógio de novo e achei mais sem graça ainda. E senti uma certa aspereza na borda. Até pensei: que estranho esse acabamento. À tardinha, fui baixar o manual na internet. E aí  caiu a ficha: o aro do meu relógio tinha caído!!! Sim, eu não tenho uma visão muito detalhista, não tinha notado a ausência do aro. Só estava achando o relógio sem graça, mas não entendia por quê.
Na mesma hora fiz contato com o vendedor em São Paulo e mandei a foto acima. Ele ficou pasmo, disse que jamais tinha visto coisa igual. E comentou que pra peça soltar fora o relógio teria que sofrer um impacto violento (que eu certamente teria notado - e sentido no pulso, lógico). Combinamos de eu mandar o relógio hoje (dia 4) por Sedex.
O comentário do vendedor sobre o impacto ficou na minha cabeça. Lembrei que, enquanto eu aguardava o ajuste da pulseira na Oficina de Relógios, ouvi o som de um golpe fortíssimo, que me sobressaltou (afinal, não esperava que meu relógio novíssimo fosse martelado pra um simples ajuste de pulseira). Além disso, comentei o acontecimento com Rita, e ela, muito mais observadora que eu, garantiu que o relógio já estava sem o aro na quarta à noite.
Cogitei que o aro poderia ter sido arrancado na Oficina de Relógios. Mas fiquei com vergonha de ir lá perguntar, achei que seria impossível terem danificado meu relógio e ainda por cima não terem falado nada. Incompetência e falta de ética? Claro que não. Concluí que minha suspeita era leviana e eu faria uma acusação infundada só porque havia dado o azar de receber um relógio com  defeito.
Hoje de manhã, caminhando pela rua, metros antes de entrar na agência dos correios, liguei pra Oficina de Relógios. Falei com a gerente Cristina, contei o episódio. E, para meu completo estarrecimento, ela disse que o aro do meu relógio estava lá! Ela tinha encontrado na bancada e não sabia de quem poderia ser. Cristina acredita que o funcionário não viu que arrancou um pedaço do relógio ao fazer o ajuste. Até considero possível que ele não tenha visto. Mas considero inaceitável um serviço (?) desse tipo. Peço pra ajustar a pulseira, e o relógio tem o aro arrancado? E a pessoa não vê a peça saltar ou cair? Acidentes acontecem. Certo. Mas esse acidente me parece ocasionado por inépcia e/ou desatenção e/ou negligência (E se viu e não disse nada? É também uma possibilidade - a pior, acrescentando má-fé ao coquetel.)
Agora, a situação é a seguinte: o relógio será encaminhado ainda hoje pela Oficina de Relógios para um relojoeiro, para ver se o aro pode ser recolocado no lugar e se não houve mais danos. Evidentemente, perdi o direito à garantia, pois não é um defeito de fábrica.
De momento, reavi os R$ 28 do ajuste da pulseira. E estou torcendo para que o o aro seja recolocado com a garantia da Oficina de Relógios de que o relógio está intacto. Do contrário, espero ser ressarcida com um novo.

Ordem de serviço especifica:
Danificado em loja
Aro solto
Relógio novo