segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Vem, verão!

 

Elas estão começando a florescer. E eu a curtir o calor na rua. Pedalada ontem e hoje, aproveitando a cidade mais vazia.


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Histórias do Brasil

Primeiro evento desde o início da pandemia. Fui ao lançamento de Maria Quitéria - A soldada que conquistou o Império, da minha amiga Rosa Symanski (https://www.poligrafiaeditora.com.br/loja/produto/15/1/2/Maria_Quiteria-A_soldada_que_conquistou_o_Imperio-Rosa_Symanski), livro que tive o privilégio de ser a primeira pessoa a ler, quando ainda estava em redação. Conheci Rosa numa academia há décadas. Ela se tornou jornalista como eu, foi pra São Paulo, nos reencontramos no mundo virtual e depois em Porto Alegre, numa das vindas dela. Aí retomamos o contato. Esporádico, mas que flui naturalmente como toda amizade verdadeira.

Maria Quitéria é um romance histórico perfeito pra virar minissérie. Rosa fez um belo trabalho de pesquisa, que embasa um texto envolvente e bem articulado, que dá vontade de ler sem parar. Torço pra que o livro tenha o sucesso que merece por si e por Maria Quitéria, uma grande personagem do processo da Independência, cujo bicentenário será comemorado no ano que vem - infelizmente sob esse desgoverno miliciano e genocida, do qual nada de bom se pode esperar (a não ser o término).

O primeiro evento pós covid-19 teve um bônus inesperado: o lançamento de outro livro, Nazário e um plano de rebelião escrava na Aldeia dos Anjos, (https://www.editoracoragem.com.br/product-page/naz%C3%A1rio-e-a-rebeli%C3%A3o-escrava-na-aldeia-dos-anjos), do historiador Wagner de Azevedo Pedroso. Outro lindo trabalho de pesquisa que lança luz não apenas sobre a rebelião do título, mas também sobre a escravidão na região de Gravataí na segunda metade do século 19. Curti muito ouvir Wagner contar um pouco do que ele descobriu ao ler os autos do processo dos escravizados rebeldes e fiquei a fim de ler o livro dele.


A coisa que mais abomino no Brasil é o racismo. Tenho a sensação nauseante de viver na casa grande, cercada por uma gigantesca senzala desde que me dei conta de meus privilégios por simplesmente ter pele branca. Embora "branca" eu creio não ser, porque muito provavelmente tenho sangue indígena (fazer o teste de DNA pra pesquisar minhas origens étnicas é questão de tempo), o que me orgulha e de algum modo me consola e me conecta a essa pátria odiosa, mãe cruel com seus filhos originais e com os escravizados estrangeiros que a fizeram crescer com seu sangue. Solo encharcado de sangue indígena e africano. Pátria mestiça que não se reconhece como tal, que finge ser branca. As pessoas aqui se orgulham de sobrenomes alemães e italianos e parecem se considerar europeias. Que nojo de tanta ignorância, de tanto preconceito. Que vergonha do meu racismo estrutural, contra o qual luto todos os dias.

A desgraça da escravidão me deprimiu (o verbo "açoitar" me ocorreu, mas parece uma metáfora desrespeitosa) vivamente em Tiradentes (MG). Aquele casario, aquelas ruas de pedras irregulares, aquele monte de igrejas cristãs, tudo obra de negros escravizados. O horror encoberto como atração turística.


sábado, 6 de novembro de 2021

À mão

Aprendi a tricotar quando criança. Tricotei horrores na adolescência e juventude. Depois parei. A retomada começou a tomar forma ali por maio, quando resolvi customizar um poncho de lã natural que era da minha filha. Era um poncho infantil, feito em tear manual, que compramos em Mostardas (RS). Fiz um barrado de crochê para aumentar o poncho, também fechei as laterais. Uma coisa bem simples, mas que turbinou a peça e a tornou usável por mim (e mais bonita na minha opinião, embora a filha não tenha gostado). O poncho foi peça fixa no inverno passado. E colocou em prática o ditado de que há males que vem para o bem.

Acontece que comprei dois novelos que não precisei utilizar. Fui trocar na loja no dia seguinte - e para meu espanto e ranço absoluto, fui informada de que não faziam trocas. Decidi (1) jamais colocar os pés nessa loja outra vez e (2) usar os tais novelos em alguma coisa para não ser um prejuízo completo. Como tinha feito o barrado de crochê, resolvi seguir na técnica e aprender alguma coisa, pois nunca fiz nada de crochê a não ser acabamentos básicos.

Aí começaram a acontecer as coisas boas. Encontrei tutoriais de pantufas e acabei fazendo dois pares que consumiram os novelos do ranço, ficaram ótimos e aqueceram meus pés e minha mente de tricoteira, momentaneamente ocupada pelo crochê. Decidi que queria fazer uma calça. Mas calça de crochê e tricô não é algo comum. Vasculhei a internet, achei só um modelo em português no youtube, comprei a linha no mercado livre (porque não achei nas lojas locais, está fora de catálogo) e me joguei. A calça ficou excelente para um primeiro projeto de roupa em crochê. Usei direto antes do tempo esquentar por aqui.

Nesse meio-tempo, a decisão de não retornar à loja da vizinhança me fez descobrir uma lojinha ótima no Bom Fim, a Mãnus (https://instagram.com/manus.poa?utm_medium=copy_link), onde fui atendida com a maior gentileza e encontrei um fio de malha com o qual fiz dois pares de chinelos de crochê que agora são a única coisa que uso em casa.

A busca de outros projetos de calça de crochê ou tricô me levou ao Ravelry e ao Drops, que têm milhares de postagens de todo tipo de projeto. Inclusive algumas calças. Essas pesquisas revelaram que hoje a técnica de tricô mais utilizada na Europa é a de tricô circular, que eu jamais havia utilizado. Quer dizer, fiz uma gola num blusão há mil anos. E foi só.

Achei alguns projetos de calça de tricô em inglês; além da técnica circular, os projetos utilizam carreiras encurtadas e aumentos e diminuições que eu não sabia fazer. Voltei na Mãnus pra fazer uma aula com a professora de tricô da casa. Ela me deu mil dicas úteis - inclusive de onde comprar agulhas circulares. Não pude começar a fazer as calças com ela porque não tinha as agulhas, mas selecionamos um fio de algodão.

 

Antes de embarcar na aventura das calças, fiz uma regata pra filha com uma linha ancestral (acho que eu havia comprado há mais de dez anos). Fiz uma outra regata pra mim com a mesma linha, já usando agulhas circulares. Foi um projeto autoral e deu supercerto. Eu não fazia tricô circular, mas não foi muito difícil adaptar o modelo da regata.

E então comecei as sonhadas calças de tricô. Traduzi uma receita do inglês, pesquisei todas as técnicas necessárias no youtube e fiz dezenas de ajustes no projeto. Comecei em 22 de outubro. Desmanchei tudo dias depois, quando havia chegado na parte de começar as pernas, porque o ponto estava ruim. Comprei um jogo de agulhas no aliexpress, são péssimas, não dá para usar.

Aí fui atrás de agulhas boas. Cheguei ao Alada Ateliê (https://instagram.com/aladaatelie?utm_medium=copy_link), outra loja excelente. Comprei um kit de agulhas de metal intercambiáveis da Knit Pro. Recomecei as calças. E agora só falta terminar uma perna.

Todo esse processo foi desencadeado pela customização de um poncho de lã e pela decepção com o atendimento de uma loja. Se tivesse devolvido as lãs ou trocado por alguma outra, é pouco provável que me abrisse para tantos novos conhecimentos.


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Bring the noise

Um amigo virtual de anos mandou direct um dia desses dizendo pra eu voltar a escrever aqui. Ele me adicionou nas redes dele por causa deste blog, que eu abandonei. Escrever o dia inteiro a trabalho acaba me deixando sem tempo e sem vontade de escrever aleatoriamente aqui. O que é lamentável, porque a escrita aleatória é uma ferramenta para me manter afiada pro trabalho.

Desde a conversa com ele tive mil ideias pra registrar aqui. Hoje vim. Casualmente (ah tá...), motivada por outra retomada. Nesta semana estou dedicada aos clássicos do hip hop no Spotify. Sou obsessiva compulsiva em mil coisinhas, tipo música. Assim, no Spotify eu seleciono um artista e ouço toda a discografia, em geral primeiro os álbuns, depois os singles e EPs. Nessa tour pelos clássicos, comecei com Run-D.M.C., depois NWA. E desde ontem tô no meu favorito - Public Enemy. (Tupac, Ice-T e Notorious B.I.G. me ocuparam tempos atrás, também já percorri a discog de Kendrick Lamar, Gucci Mane e dos triste e lamentavelmente deceased Pop Smoke, Nipsey Hussle e XXXTentacion.)

Tive uma t-shirt com o logo deles, agora tô lamentando não ter mais. E querendo comprar outra.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/43/Public_Enemy.png

Public Enemy está no meu DNA musical, com Prince, Hendrix e Led Zeppelin. Tô na maior viagem identificando dezenas de samplers deles que ouvi em outros artistas. Dois reconhecimentos swept me off my feet.

O primeiro foi o beat de "Security of the First World", usado como base de "Justify My Love", que é a única música de Madonna que gosto. Gosto não, adoro. Mas é a única. Basicamente por causa da batida hipnótica. Não gosto de Madonna, nunca gostei nem vou gostar, mas com Public Enemy até ela.

O segundo foi descobrir que "Black Steel", cuja letra me encantou em Maxinquaye, de Tricky, by the way um dos meus álbuns favoritos na vida, na verdade é uma cover de "Black Steel in the Hour of Chaos". 

I got a letter from the government the other day
Opened it and read it, it said they were suckers
They wanted me for their army or whatever
Picture me givin' a damn, I said, never
 
Here is a land that never gave a damn
About a brother like myself because I never did
I wasn't with it but just that very minute
It occurred to me, the suckers had authority

Levei um tempo pra fazer a sinapse, vasculhando a memória pra lembrar onde eu tinha ouvido esses versos antes. Fiz uma pausa na tour de Public Enemy pra ouvir a faixa de Maxinquaye. No desktop, embora esse CD eu tenha guardado, junto com alguns outros poucos.

Voltei para Public Enemy, tão bom, tão atual e tão original quanto há 35 anos.

Em breve (ou nem tanto) terei que me dedicar a Tricky e Massive Attack.

E só pelo próximo intervalo do Superbowl, com Dr. Dre, Snoop, Kendrick Lamar, Mary J. Blige e Eminem.


domingo, 9 de agosto de 2020

Queijo de castanha certinho

Ficou pronto.
Ficou ótimo.
Já estou com castanhas de molho pra uma nova produção. Nada como a prática para aperfeiçoar processos.
Essa belezinha pesa 320g e contém probiótico para queijo. Tô largando do rejuvelac. O resultado é incomparável.
Fiz essa peça totalmente no improviso. As próximas serão cuidadosamente pesadas e medidas.
As pecinhas de queijo mofado azul seguem na geladeira, ainda sem mofo. Afffff.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Cream cheese de castanha


Cream cheese tradicional é algo que considero péssimo. Mas cream cheese de castanha é outra história. Fiz pela primeira vez no fim de semana. Usei cultura para queijo, não rejuvelac. O resultado é muito superior. A consistência está perfeita, bem cremosa e aerada.
No começo, a produção de queijo parece difícil e complicada. Não é. Bem, talvez seja, mas basta pegar o jeito que fica fácil. O resultado é totalmente compensador. A única coisa realmente chata é a luta para bater as castanhas com o mínimo possível de líquido. Tem que ter paciência. E um liquidificador bom. Quanto mais potente, melhor. Mesmo assim precisa de paciência pra não queimar a máquina e obter um creme bem lisinho.

sábado, 1 de agosto de 2020

Gambiarra queijeira

Queijos são a coisa da alimentação tradicional de que eu mais sentia falta. As opções comerciais são horríveis e/ou caríssimas. Decidi aprender a fazer. Fazer queijos de verdade, com uma base gordurosa (castanha de caju e outras oleaginosas) e fermento. Aqueles cremes de castanhas, batata, inhame, mandioca e sabe a deusa o que mais cozidos com polvilho e outros espessantes não são queijo.
Comecei pelos queijos fermentados com rejuvelac. Experimentei com grão-de-bico (não gostei, tenho que fazer mais uma vez pra ver se mudo de opinião ou é isso aí mesmo), semente de girassol (fica com um resíduo amargo que estraga tudo pra mim, ainda vou tentar achar algum macete para resolver isso), castanha brasileira e castanha de caju. As castanhas fazem os melhores queijos. Meu favorito até agora é um combinado das duas castanhas.
Queijo de rejuvelac é ótimo, mas eu queria mais. Bem mais. Então fiz um curso de queijos à base de probióticos e cepas de fungos. O curso deixou muito, mas muito mesmo a desejar. Caríssimo, desorganizado, confuso, com distribuição de material impresso desatualizado. Experiência que espero não repetir. Mas voltei para casa sabendo o básico e levando os insumos para dar início à produção.
Fiz um queijo branco mofado (tipo brie/camembert) no começo do ano. Ficou maravilhoso. Queijo de verdade no sabor e consistência, aspecto e aroma. Comi todo ao natural, não tive coragem de colocar essa maravilha em receitas.


Há uns tempos resolvi fazer um queijo azul mofado (como roquefort/gorgonzola). Aí começou a gambiarra. Resolvi aproveitar o que eu tinha de castanha em casa, então misturei as de caju com brasileiras. A castanha brasileira tem sabor intenso e textura granular, altera totalmente o queijo. Eu sabia que isso aconteceria - e quero ver o resultado final.
Queijo mofado leva cerca de 50 a 60 dias para maturar. Além da gambiarra, fiz essa receita na correria, não dediquei o tempo e a atenção devidos. Deixei o queijo na geladeira não sei por quanto tempo (nem ao menos anotei as datas, o que é puro desleixo).
A fermentação ocorreu, mas o mofo não. E houve contaminação (culpa da correria e do desleixo na produção). Os queijos ficaram com aparência horrorosa. Nesta sexta-feira, peguei para jogar fora. Mas achei muito desperdício. Então resolvi experimentar. A parte interna estava ótima, sem contaminação.
Aí veio a master gambiarra. Removi todas as superfícies externas e remodelei a massa. Adicionei mais fungo. E agora é aguardar para ver se vai mofar direitinho dessa vez.



Eu ia postar a foto das cascas contaminadas, mas é repugnante. Além disso, poderia induzir alguém a consumir algo totalmente impróprio.
Ainda não sei se conseguirei salvar esses queijos. Espero que sim. Afinal, tem 1 quilo de castanhas, mais os insumos. E o principal: minha vontade de comer queijo azul feito por mim.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Bem vegetariana

Hoje em dia é raro, mas cansei de ouvir a pergunta "O que você come então?" quando dizia que era vegetariana. "Todo o resto", eu resumia, mais confusa do que o interlocutor. Como assim? Em qualquer refeição tem muito mais coisa para comer do que carne. Afinal ninguém vive à base de churrasco.
Também tinha quem achasse que eu só comia salada, tipo alface e tomate. Esse equívoco eu tratava de corrigir rapidamente, listando pão, biscoitos, massas, arroz, lentilha e demais oleaginosas, aveia, trigo, batata, aipim, laticínios...
Agora, é verdade que sou conhecida pela prodigiosa quantidade de verdes que consumo em uma refeição. Minha filha e o pai dela ficavam resmungando sobre meus pratos em buffet. "Vai pegar toda a rúcula? Não vai deixar pros outros?" Não. Não vou. Porque eu como basicamente folhas cruas em qualquer buffet. Deixo todo o resto pros demais. Na semana passada, Lízia mencionou o fato de que eu como muito mais verdes do que as outras pessoas. Tanto que dou conta sozinha da cesta semanal de 8 itens da CSA.
Hoje fiz um saladão que serviria 4 pessoas normais. Couve mizuna, dente-de-leão, nabo e agrião. Temperei com aceto balsâmico e mel, mais um pouco de azeite e sal. Nunca tolerei vinagre, mas aprendi a gostar do balsâmico, embora nunca usasse. Nesta quarentena, aprendi a fazer o molho de balsâmico, mel, azeite e sal. Hoje foi a segunda vez que fiz, colocando 2 colheres de sopa de balsâmico e 1 colher de sopa de mel. Perfeito para o meu paladar. O mel anulou a pungência do vinagre.
O pratão de salada foi acompanhado de feijão e farofa. Que a vegetariana aqui não vive só de folhas.


 

Consumo consciente


Isso parece lixo?
Meu escorredor ficou lotado de ramas de beterraba, nabo e rabanete, mais os talos de beterraba e espinafre da cesta da CSA da quarta-feira passada. Enquanto eu me abastecia na Feira do Menino Deus, vi pessoas descartando as ramas lá mesmo. Dá vontade de chegar e dizer: "Não faz isso".
Em vez de encher um saco de lixo, enchi a geladeira. Para me alimentar por vários dias com preparações saudáveis e nutritivas. E para fazer uma imensa economia de dinheiro também.
Consumo consciente e sustentável.

2 a.m.

Concluí que precisava de um shot do vício da hora: suco de beterraba com laranja. E acionei o liquidificador nesse horário indecoroso. Sorry not sorry.
Fiquei vários dias sem tomar o suco. Por causa do frio - e muito também da preguiça. Descascar as laranjas, as beterrabas, coar, depois lavar tudo. Sim, eu coo porque é fibra demais, minha barriga estufa, me sinto mal. Meu consumo diário de fibras é altíssimo, posso me dar a esse luxo.
Hoje coloquei montes de folhas de hortelã. Ontem, um pedaço generoso de gengibre e cenouras.


O desejo incontrolável de tomar suco foi provocado pelo almojanta às 20h. Feijão, farofa com talo de beterraba, alho e gengibre e nirá. Comfort food é isso. Entendi o conceito. E com feijão, quem diria.



domingo, 19 de julho de 2020

Bolo de fubá vegano

Bolo de fubá é dos meus favoritos. Cheguei à receita perfeita na última sexta-feira.
Usei chimia de abóbora com coco dessa vez. Ficou ótimo, mas foi um engano. Era para ser chimia de laranja. Acontece que fiquei vasculhando a prateleira do supermercado em busca de chimia de goiaba, minha preferida. Não tinha. Eu havia selecionado uma chimia de laranja, mas acabei me atrapalhando.
Só vi o equívoco enquanto lutava pra abrir o vidro. Resolvi experimentar. Não voltaria ao supermercado para trocar, porque o local já estava cheio demais pro meu gosto às 14h30, e eu tinha ido lá porque precisava de outros mantimentos.

  • 1 xícara de farinha de trigo integral
  • 2 xícaras de farinha de milho ou fubá
  • 1 1/2 xícara de açúcar
  • 350ml de leite vegetal
  • 100ml de óleo (óleo de coco dá um sabor extra)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de sopa de vinagre
Mistura todos os secos. Acrescenta os molhados e leva a assar em forma untada e enfarinhada.
O toque especial é colocar chimia de goiaba (ou outra) por cima da massa.
Ou adicionar coco ralado (50g) à massa.

sábado, 18 de julho de 2020

Pão sem queijo de frigideira




Estou viciada nesse pão. Até agora só fiz com inhame, mas quero experimentar com aipim e com batata-doce. Não faço uma receita apenas, faço vária de uma vez só e guardo na geladeira para ir utilizando no café da manhã, no lanche ou em uma refeição. Para mim, a levedura nutricional é indispensável, dá o sabor que lembra queijo.
  • 1/4 de xícara de polvilho doce 
  • 2 colheres de sopa de polvilho azedo
  • 1 colher de sopa de óleo
  • 1/4 de xícara de inhame amassado
  • 4 colheres de sopa de leite vegeta
  • 1 colher de sopa de levedura nutricional
  • sal
Mistura tudo e cozinha em frigideira untada. Eu coloco a tampa, deixo dourar de um lado, depois do outro.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Abacate é salgado

Abacate salgado é um caminho sem volta. Pelo menos pra mim. Conheci assim, em guacamole. Tive que me conter pra fazer essa, com coentro, tomate, cebola e suco de limão (azeite e sal eu coloco no meu prato). Porque agora eu abro abacate ao meio e como direto, raspando com colher. Puro é como prefiro.
E abacate doce, amassado com açúcar e limão? Não mais. Fiz um dia desses e lamentei não ter comido puro. O açúcar estragou tudo.
Caso eu consiga resistir ao impulso de comer o abacate puro, farei uma batida qualquer dia. Não havia o hábito dessa preparação na casa da minha mãe. Só lembro de tomar batida de abacate uma vez, já adulta. Achei ok. Quero experimentar com um leite vegetal.
Abacate doce eu ainda gosto em forma de picolé. Tenho que fazer como sorvete e smoothie também.



terça-feira, 16 de junho de 2020

21 dias de abundância - Dia 21


Dia 21 - Viver em abundância


Afirmação do dia:
“Vivo todos os momentos de minha vida, todos os dias, em abundância.”

Mantra
So Ham

Olá, pessoa linda!
Estou imensamente feliz por vê-la chegar até aqui. Parabéns! Viva!
Sou muito grata por você ter aceito o convite para meu primeiro grupo de Whats na vida e ter percorrido esse trajeto comigo. Espero que você tenha encontrado algo valioso dentro de si.
Agradeço pelo esforço em realizar as tarefas diárias e por contribuir com o fluxo de energia neste grupo – e no mundo. Sozinhas somos gotas. Unidas somos onda.

Você conhece os sete interruptores da felicidade?

◊ dar aos outros
◊ transmitir
◊ desapegar
◊ satisfazer
◊ agradecer
◊ dar a si mesmo
◊ perdoar

Quando esses 7 comportamentos se tornarem parte de sua vida, a felicidade fluirá ao natural para você. Simples e facilmente. Tudo é energia, e o fluxo deve ser circular e contínuo para a abundância retornar a você. É assim que a lei da reciprocidade funciona. Mantenha seus canais abertos e limpos para que sua energia possa fluir sem empecilhos e mantenha o foco para que os desafios futuros contribuam para seu desenvolvimento e crescimento.

Seu futuro está em suas mãos, você faz escolhas todos os dias, a todo momento. O modo como você usa seu tempo, com quem o gasta e como se sente a cada instante determinam a qualidade de sua vida. As chaves são:

◊ consciência
◊ gratidão
◊ reconhecimento de valor

Aqui estão as atividades finais:

1. Anote a afirmação de hoje em seu diário e lembre-se dela durante o dia.

2. Realize a meditação guiada com o mantra So Ham. (A trilha da meditação está no áudio a seguir.)

3. Em seu diário, registre o que achou dessa jornada de 21 dias. Quais foram seus resultados? O que você aprendeu/ganhou com essa experiência? Você gostou de participar?

4. Caso se sinta à vontade, envie um texto, áudio ou vídeo para este grupo descrevendo sua experiência nesses 21 dias. Informe seu nome e cidade, conte o que você faz da vida, seus sonhos e projetos. Se isso for demais para você, apenas avise que concluiu.

Alegria!

segunda-feira, 15 de junho de 2020

21 dias de abundância - Dia 20


Dia 20 – Viver no luxo


Afirmação do dia
“Hoje me presenteio com momentos de luxo.”

Mantra
Om Ritam Nama
(Minhas intenções e desejos são apoiados pela inteligência cósmica)

Aqui estão as atividades de hoje:

1. Responda às seguintes perguntas em seu diário:
* Como o luxo se manifesta em sua vida (principalmente o luxo não material)?
* Que presentes luxuosos você dá para si?
* Como você pode proporcionar luxo aos outros?

2. Releia seu diário e examine as atividades que você executou nos 19 dias anteriores. Veja se deseja complementar alguma coisa.

3. Selecione uma pessoa de seu círculo que pareça infeliz ou que se queixe muito da vida. Pode ser alguém da lista que você montou no dia 7 ou alguma outra. Compartilhe a parábola de ontem (dia 19) com ela e anote no diário como foi isso. Como você se sentiu ao compartilhar, quais pensamentos, associações e sensações surgiram no processo. A pessoa respondeu? Vocês conversaram a respeito? Como foi a conversa? Ela agradeceu?

4. Anote a afirmação de hoje em seu diário e lembre-se dela durante o dia.

5. Realize a meditação guiada com o mantra Om Ritam Nama. (A trilha da meditação está no áudio a seguir.)

◊ Hoje vamos analisar o conceito de luxo no sentido de acrescentar à vida elementos muito além das necessidades básicas. Isso não se restringe ao luxo material, abranger tudo o que nutre e enriquece sua existência. Quando você se sente digna de receber todas as bênçãos que o universo pode oferecer, suas necessidades são satisfeitas com facilidade e além das expectativas. Assim que aprender a aceitar a graça que lhe foi enviada, você dará ao universo o sinal de que merece apenas o melhor e está pronta para recebê-lo.


Depois de concluir as atividades, envie uma mensagem de texto para este grupo dizendo “Dia 20 concluído”.

Alegria!

domingo, 14 de junho de 2020

21 dias de abundância - Dia 19


Dia 19 – Viver o amor


Afirmação do dia:
“Hoje eu lembro de amar tudo e todos com quem tenho contato.”

Mantra
Sat Chit Amanda

Aqui estão as atividades de hoje:

1. Leia a parábola a seguir pelo menos duas vezes e anote seus pensamentos e sentimentos no diário.

“Isso também passará”


Era uma vez um rei que disse aos sábios da corte: “Tenho um anel com um dos melhores diamantes do mundo e quero esconder embaixo da pedra uma mensagem que possa ser útil em momentos de desespero. Darei esse anel aos meus herdeiros e quero que a mensagem lhes sirva fielmente. Criem uma mensagem para ser gravada embaixo do diamante. Deve ser curta para caber na caixa do anel”.

Os sábios sabiam escrever tratados, mas não sabiam se expressar em uma frase curta. Tentaram arduamente, mas não conseguiram pensar em nada. O rei queixou-se do fracasso do empreendimento com um velho servo fiel que o criara desde a infância e fazia parte da família. O velho disse: “Não sou sábio, não sou instruído, mas conheço tal mensagem. Durante os muitos anos que passei no palácio, conheci muita gente. Certa vez, servi a um místico visitante convidado por seu pai, e ele me transmitiu uma mensagem assim. Não leia, mande gravá-la embaixo da pedra, na caixa do anel, e leia apenas quando estiver em uma situação sem saída”.

O rei ouviu o velho servo. Tempos depois, inimigos atacaram o país, e o rei perdeu a guerra. Ele fugiu a cavalo, com os inimigos no encalço. Ele estava sozinho, eles eram muitos. O rei cavalgou até o fim da estrada, diante de um grande penhasco. Se caísse seria o fim. Ele não podia voltar, pois os inimigos se aproximavam. O rei já ouvia o tropel dos cavalos inimigos. Ele estava sem saída. Em completo desespero.

Então o rei se lembrou do anel. Abriu-o e embaixo da pedra encontrou a inscrição: “Isso também passará”. Após ler a mensagem, sentiu o silêncio cair sobre si. Aparentemente, os perseguidores haviam perdido seu rastro e seguido na direção errada. Não havia mais ruído dos cavalos. O rei ficou cheio de gratidão ao servo e ao místico desconhecido. Palavras eram poderosas. Fechou o anel e pegou a estrada. Reagrupou o exército e reconquistou seu reino.

No dia em que o rei voltou ao palácio, foi organizada uma luxuosa recepção para ele e um banquete para toda a população. Os súditos amavam seu soberano. O rei estava feliz e orgulhoso. O velho criado aproximou-se dele e sussurrou: “Até esse momento passará. Leia a mensagem novamente”. O rei argumentou: “Agora sou o vencedor. O povo celebra o meu retorno, não estou desesperado”. “Ouça seu velho servo”, insistiu o ancião, “a mensagem funciona não apenas nos maus momentos, mas também nos bons.”

O rei abriu o anel e leu: “Isso também passará”. Mais uma vez sentiu o silêncio cair sobre si, embora estivesse no meio de uma ruidosa multidão festiva. Os sentimentos de orgulho e majestade desapareceram. O rei entendeu a mensagem. Ele era um homem sábio.

Então o velho servo disse: “Você se recorda de tudo o que lhe aconteceu? Nada é permanente. Nenhum sentimento permanece. Assim como a noite sucede o dia, momentos de alegria e desespero se alternam. Aceite-os como a natureza das coisas, como parte da vida”.

2. Anote a afirmação de hoje em seu diário e lembre-se dela durante o dia.

3. Realize a meditação guiada com o mantra Sat Chit Amanda. (A trilha da meditação está no áudio a seguir.)


Depois de concluir as atividades, envie uma mensagem de texto para este grupo dizendo “Dia 19 concluído”.

Alegria!

sábado, 13 de junho de 2020

21 dias de abundância - Dia 18


Dia 18 – Viver em unidade


Afirmação do dia
“Celebro minha unidade com toda a vida, sabendo que somos todos um.”

Mantra do dia
Tat Tvam Asi
(Vejo o outro em mim, e a mim nos outros)

Aqui estão as atividades de hoje:

1. Responda às seguintes perguntas em seu diário:
* Como você define unidade?
* O que você acha da diversidade?
* Como a meditação ajudou-a a perceber a ideia de viver em unidade?
* Você ama as pessoas?
* O que mais a enfurece nos outros? Você teve coragem de descobrir em si exatamente essas qualidades?
* Como você percebeu pela primeira vez o fato de que somos todos um?
* A ideia da unidade com todos lhe assusta ou agrada?

2. Anote a afirmação de hoje em seu diário e lembre-se dela durante o dia.

3. Realize a meditação guiada com o mantra Tat Tvam Asi. (A trilha da meditação está no áudio a seguir.)

A meditação de hoje aborda a unidade como a verdade subjacente de tudo o que existe. Como indivíduos, nem sempre somos parecidos. Podemos ter estilos de vida diferentes, crenças e percepções diferentes. No entanto, essas diferenças existem apenas no reino físico. No nível molecular e espiritual somos todos um e estamos conectados à fonte universal primária. Quando começamos a entender plenamente o conceito de vida em unidade, a ideia de um “eu” pessoal dá lugar à imagem de um “eu” universal. O conceito de rivalidade desaparece, e a cooperação é um substituto natural. Essa conexão permite sentimentos profundos de amor e empatia em relação a todos e a tudo que nos cerca.


Depois de concluir as atividades, envie uma mensagem de texto para este grupo dizendo “Dia 18 concluído”.

Alegria!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

A louca do inhame

Estava com 2kg de inhame na geladeira. Resolvi cozinhar tudo na panela de pressão. Quase tudo. Separei 100g pra fazer um leite de inhame na minha máquina de leite vegetal. Curti o resultado, É um leite totalmente neutro, uma beleza pra culinária. Eu tô tomando com café. Na próxima farei com 150g, mais encorpado. Dá pra fazer leite de inhame no liquidificador. É só triturar inhame cozido com água na consistência desejada. Creio que nem precise coar. (O meu da máquina não precisou.)
Com os inhames cozidos, fiz uma maionese e um queijo. A receita da maionese baseia-se na do Presunto Vegetariano; a do queijo, na da Natuelife. Tudo facílimo. Não coloquei tempero eztra pra ver como ficava assim. Nas próximas vou ousar com nutritional yeast (que dá um gostinho de queijo) e mostarda.

Maionese de inhame



• 300g de inhame cozido
• 4 colheres (de sopa) de azeite
• 1 limão
• 1 dente de alho
• Sal a gosto
• Pimenta do reino a gosto

Bater tudo no liquidificador.
Essa maionese é perfeita pra petiscar. Eu me avancei com cenoura crua, como registrado na foto. Dá pra fazer palitos de cenoura e aipo ecomer de modo mais elegante. Eu joguei essa maionese por cima daquele brócolis ali, depois de tê-lo refogado com rama de cenoura.


Queijo de inhame



• ½ quilo de inhame cozido;
• Alho a gosto;
• 2 colheres (sopa) de polvilho azedo;
• 5 colheres (sopa) de azeite;
• Sal e ervas a gosto
• Azeite para untar.

Bata os ingredientes no liquidificador até obter uma massa lisa.
Leve ao fogo branco, mexendo sempre, até desgrudar do fundo da panela.
Coloque em um pote untado e leve à geladeira até ficar rígido.
Esse queijo ficou molinho. Vou experimentar com mais polvilho azedo pra testar a consistência (e o sabor). Comi aquele pedacinho com couve crua temperada apenas com limão. Divino.


21 dias de abundância - Dia 17


Dia 17 – Viver despreocupada


Afirmação do dia
“Vivo meus dias leve e despreocupada, sabendo que está tudo bem.”

Mantra do dia
Sat Chit Ananda

Aqui estão as atividades de hoje:

1. Responda às seguintes perguntas em seu diário:
* Como você se sente ao acordar pela manhã?
* O quanto sua vida melhoraria se você vivesse despreocupada e com um coração leve?
* Como você pode modificar sua mentalidade para espalhar o amor e alegria que sente em seu coração neste exato instante?

2. Crie uma lista de todas as coisas importantes que você tem. Materiais e espirituais, manifestas ou não. Não há valores superiores ou inferiores no que você anota. Reconheça tudo que lhe é importante. Por exemplo: tenho um cartão de crédito para pagar contas, tenho um smartphone para estar em contato com o mundo, tenho amor por meu parceiro, tenho instrução, tenho um jardim para me conectar com a natureza.

3. Anote a afirmação de hoje em seu diário e lembre-se dela durante o dia.

4. Realize a meditação guiada com o mantra Sat Chit Ananda. (A trilha da meditação está no áudio a seguir.)

◊ Hoje vamos examinar como podemos viver despreocupados – livres de julgamento e ansiedade, focados na alegria e perfeição do mundo. Ao meditar e mergulhar na consciência do momento presente, você entende que neste momento tudo é perfeito e é como deve ser e que quaisquer problemas que você possa ter são transitórios e temporários.
Você se conecta ao seu verdadeiro eu, sentindo-se feliz e mais livre. Você começa a olhar as circunstâncias do dia a dia com tranquilidade e reage às surpresas com calma. Controle seus sentimentos, escolha sentir-se inteiro, saudável, próspero e abençoado.


Depois de concluir as atividades, envie uma mensagem de texto para este grupo dizendo “Dia 17 concluído”.

Alegria!

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Abundância é isso


Mais uma cesta lindíssima da @familia_argolo e do @sandinoargolo via @csaportoalegre. Hoje foi dia de agradecer ao Igor, amigo que o veganismo me trouxe, por ter me trazido para a CSA. O que isso melhorou e facilitou a minha vida é impressionante. Vou na adorável @feirameninodeus e me abasteço para a semana.
Além de orgânicos e saudáveis, os alimentos são lindos e frescos, duram a semana inteira.
Agricultura familiar é vida, e o @MST é um movimento lindo. A quantidade de alimentos que distribuem em comunidades vulneráveis é incrível. Meu agricultor faz parte desse projeto, e eu me sinto orgulhosa de participar e contribuir.