sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

On the edge

Beaches and deserts where you take me
From low to high
From wet to dry
Beaches and deserts where you break me
From safe to sound
From lost to found
And I love these extremes of you
Don’t wake up without dreams of you
Here on the edge of you
Is where I will live

Beaches and deserts where you leave me
Beaches and deserts where you grieve me
From good to bad
From happy to sad
And I love these extremes of you
Don’t wake up without dreams of you
Here on the edge of you
Is where I will live
Here on the edge of you
Is where I will live forever

Na casa dele ontem à tarde, ouvindo um CD com músicas que gravei pensando em nós, lembrei dessa, "Beaches and Deserts", de A Guy Called Gerald, que não está incluída na coletânea, mas que também foi ressignificada. Como tudo em minha vida foi ressignificado em função desse homem que me leva aos extremos de mim mesma.
Voltando às músicas: gravei o tal CD com apenas duas faixas que associo diretamente a ele, a primeira é "Thank You", do Led Zeppelin (que foi um dos assuntos que possibilitou a conexão inicial), e a última é "Chamo", do Projeto Itagiba de meu protetor dhármico Claudio Monster Christello, que é o toque dele no meu celular, que já pensei em mudar mas não consigo porque é a perfeição. Entre o começo e o fim, outras 11 faixas que já ouvi pensando em outras pessoas e fenômenos, mas que, depois de ouvir pensando nele, pensando em ouvir com ele, associaram-se indissociavelmente a nós.
About the lyrics above: there´s no grieve anymore because he took me from bad to good, from sad to happy. And from dry to wet. All the way up to the melting point.

Amo muito. Hoje mais que ontem e menos que amanhã.

Saldo positivo

Meu Ano Novo começou ontem. E eu não poderia estar mais feliz. Felicidade pacífica, tranquila, envolvente e acolhedora. A felicidade de ter voltado para casa.
Em 2010 fiz um balanço do que realmente interessava e devia ser mantido, e do que devia ser descartado. Resgatei uma coisa preciosa que por pouco não deixei que escapasse entre os dedos em a simple twist of fate.
Em 2011 quero cultivar e expandir esse amor que é como o sol em minha vida.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bob Dylan, quem diria

They sat together in the park
As the evening sky grew dark,
She looked at him and he felt a spark tingle to his bones.
'Twas then he felt alone and wished that he'd gone straight
And watched out for a simple twist of fate.

They walked along by the old canal
A little confused, I remember well
And stopped into a strange hotel with a neon burnin' bright.
He felt the heat of the night hit him like a freight train
Moving with a simple twist of fate.

A saxophone someplace far off played
As she was walkin' by the arcade.
As the light bust through a beat-up shade where he was wakin' up,
She dropped a coin into the cup of a blind man at the gate
And forgot about a simple twist of fate.

He woke up, the room was bare
He didn't see her anywhere.
He told himself he didn't care, pushed the window open wide,
Felt an emptiness inside to which he just could not relate
Brought on by a simple twist of fate.

He hears the ticking of the clocks
And walks along with a parrot that talks,
Hunts her down by the waterfront docks where the sailers all come in.
Maybe she'll pick him out again, how long must he wait
Once more for a simple twist of fate.

People tell me it's a sin
To know and feel too much within.
I still believe she was my twin, but I lost the ring.
She was born in spring, but I was born too late
Blame it on a simple twist of fate.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Gratidão 2

47 anos. Nascida em pleno solstício de verão.
Chego a esse aniversário tendo recém-concluído um ciclo imenso de aprendizado. Me transformei finalmente na pessoa que quero ser. Em um mês fiz a tomada de consciência, integrei os conteúdos e dissolvi padrões enraizados desde a primeira infância.
Claro que não foi um processo mágico. Para fazer tudo isso em um único mês, antes passei 12 anos ralando. Para a coisa acontecer com essa velocidade agora, tive toda uma preparação prévia. E uma tremenda resistência a ser superada. Eu já estava pronta há anos, mas não dava o salto quântico. Estava parada ali na borda do penhasco, só olhando a vastidão e vacilando. Só embromando.
E tenho que confessar que não saltei por minha vontade. Caí. Um abalo geral me fez perder o equilíbrio, e lá me fui para o espaço. E finalmente me expandi, abri as asas em toda envergadura.
A decolagem pode não ter sido intencional. Mas é o seguinte: depois de perder o equilíbrio, eu poderia ter simplesmente me jogado pra trás, ter recuado da borda. Ou ter me estatelado em queda livre. Fiz muito melhor.
Sou grata a tudo que vivi para chegar a este momento, sou grata a todas as pessoas que cruzaram em meu caminho, em especial àquelas que me orientaram na trilha que levou à borda.
E sou grata acima de tudo à minha filha e a um homem. A presença deles em minha vida me fez ter vontade de mudar e me deu forças para agir. Por essas duas pessoas tão queridas ao meu coração eu senti o verdadeiro amor, que é o desejo de que o outro seja feliz, e compaixão, que é agir pela felicidade do outro.

Gratidão



If the sun refused to shine, I would still be loving you.
When mountains crumble to the sea, there would still be you and me.

Kind woman, I give you my all,
Kind woman, nothing more.

Little drops of rain whisper of the pain, tears of loves lost in the days gone by.
Our love is strong, with you there is no wrong,
together we shall go until we die.
Inspiration's what you are to me, inspiration, look... see.

And so today my world it smiles, your hand in mine, we walk the miles,
Thanks to you it will be done, for you to me are the only one.
Happiness, no more be sad, happiness... I'm glad.

If the sun refused to shine, I would still be loving you.
If the mountains should crumble to the sea, there would still be you and me.


Impressionante o significado que certas coisas possuem. Inclusive - e especialmente - porque às vezes começam sendo uma coisa e depois se transformam em algo ainda maior.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Following, by Chungking

Well you don't wanna start
But I don't wanna wanna cry
I'm not getting tired of you

Well are you getting over
While I'm getting by
Leaving all the times I've thought

What we had, of course it makes me sad
That is when I say to myself

I won't be following
You were just borrowing me

Just one more cup of coffee
Before you have to leave
This room's not getting tired of you

I'm hungry for familiar
Look forward to my bath
Underwater time machine knows

Where you'll be,
I hope you think of me,
Even though you say to yourself

I won't be following
You

I won't be following
What we had, of course it makes me sad
We could be wrong, maybe we belong


The soundtrack of my broken heart.
Because above all we do belong. And that's a fact.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A place, a moment




Tudo que veio depois tem profunda conexão com essa viagem. E com esse lugar que eu já amava e passei a amar ainda mais.
É certo que voltarei lá mais uma vez para ver o mar e a luminosidade.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como é bom ser budista!

Como é bom cultivar um bom coração.
Não tenho uma prática formal, mas tenho a prática cotidiana. Meu lama sabe das coisas. E eu sei cada vez mais de mim.
Nada como um esculacho pra ver a teoria na prática, pra ver que na prática a teoria funciona mesmo.
Sempre me considero uma budista teórica, mas hoje vi que não é nada disso.
Depois de olhar pro esculacho com surpresa, raiva, dor e ressentimento, de repente a mente expandiu-se, a lucidez alargou os horizontes e dissipou a falsa solidez da paisagem. Na mesma hora o diafragma afrouxou, o peito alargou. E eu sorri como os adultos sorriem ao ver crianças brincando.
A paz voltou.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mãos e língua

"Aprende a gravar na pedra os favores que receberes, os benefícios que te fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estímulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever na areia as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem.
Aprende a gravar assim na pedra, aprende a escrever assim na areia e serás feliz."


Eu sou melhor escrevendo do que falando. Ao escrever, evito cair nos excessos e cretinices que me escapam impetuosamente pela boca. As mãos são mais comedidas que a língua. E mais compassivas. Ao escrever, eu naturalmente me volto para o que realmente interessa, para o lado positivo das experiências. E, ao abordar coisas ruins, não me entrego a acessos de fúria, queixa e lamentação.
Mas nem sempre foi assim. Durante anos eu mantive agendas em que anotava fragmentos de meus dias. Por muito tempo, essas anotações foram uma seleção dos piores momentos, alterando entre diatribes e arengas. O horror. É verdade que naquela época eu estava doente, me sentia infeliz e minha vida era mesmo miserável, minha paisagem mental era infernal. Porém, escrever a respeito daquela forma não ajudava em nada, apenas reforçava o que por si só já era péssimo.
Escrever tornou-se uma ferramenta de lucidez pra mim quando mudei minha visão e deixei de ser vítima (de mim mesma, dos outros e das circunstâncias) e me tornei responsável por mim e pelo que acontecia comigo para o bem e para o mal. Eu comecei a escrever no estilo em que comecei a pensar: refletindo sobre as coisas para tentar chegar a uma paisagem nítida. Buscando colocar os fragmentos em ordem.
Nem sempre os textos ficam redondinhos, muitas vezes caio em contradições, me perco, me desvio. Os pensamentos nem sempre são claros. Mas existe uma motivação de buscar a lucidez. É isso que importa.
A língua eu ainda preciso manejar melhor. Muuuuuito melhor. Ou seja, ainda tenho muito a aprimorar no campo das paisagens mentais.
Hoje ao amanhecer peguei todas as agendas e queimei na lareira. Não abri, não li nada.
Como eu havia decidido, esse é o ano de liquidar pendências.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Vintage

Eu pegava no pé do ex-marido dizendo que ele era "um homem sempre atrás de seu tempo" por sua ligação com o passado: história do Brasil colonial, música dos anos 60, literatura beat, movimento hippie. Agora, quanto mais velha fico, mais atrás do meu tempo me vejo. Tem a paixão primordial pelo Led Zeppelin. E Prince. E muitas, muitas outras coisas.
Na dança do ventre, uma paixão desde os tempos de criança que só floresceu em 2009, eu sou uma mulher muito atrás do meu tempo também. Adoro as músicas clássicas e o estilo dos anos 50. Nos trajes eu também gosto do estilo antigo: saia godê vaporosa, sutiã forrado com bordado de contas, cadeirão com franja.
E hoje tive a felicidade de encontrar um site de música vintage de belly dance. Já me inscrevi no podcast e vou baixar tudo.
http://www.radiobastet.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Roja

Hoje ensaiamos com a roupa. Além de linda, é perfeita, toda ajustada. Do Cristtiano Ferreira, expert total em trajes de bellydance e em valorizar o corpo de uma mulher.
Estou adorando essa função. É algo totalmente inédito pra mim em vários sentidos. Nunca havia feito dança. E nunca me apresentei como vou fazer no domingo. Tudo isso está acontecendo por causa das parcerias. Primeiro Cintia, minha colega o ano inteiro, que queria porque queria se apresentar. Aí Jamile me encontrou num evento no Templo do Oriente e disse que também queria, eu disse pra ela juntar-se a Cintia. E Jamile começou a fazer aula com a gente. Por fim veio Valéria, colega da Jamile. Eu fui no embalo delas. E foi uma ótima decisão.
Até o momento, estou na maior calma. Quero ver amanhã de noite, hahaha. Periga ser como na véspera da maratona, que não durmo. E na hora da largada, affff...
A diferença é que na dança serão apenas 4'20". Que com certeza vão passar voando e deixar um gosto de quero mais.

Leveza e fluidez

Rotina em reorganização.
Dormindo mais cedo e melhor, acordando muito mais cedo.
Treinando cada vez melhor.
Comendo menos, eliminando peso.
Trabalho rendendo mais.
O projeto de liquidar pequenas pendências de anos está praticamente concluído.
A energia ainda oscila bastante, mas posso notar indícios de estabilização.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

No limbo

Estou no bardo da morte de um relacionamento.
Dissolução.
Em meio à paisagem caótica, avanço para a luz. Em busca da liberação ou de um renascimento veloz e auspicioso na Terra Pura do Amor Incondicional. Ou da Compaixão.
Que eu me mantenha lúcida nesse bardo.