Estamos numa fase boa. Que perdure o quanto for possível. Quem sabe até a virada do ano. Até o meu aniversário pelo menos.
Minha mãe ainda lembra de mim. Ontem ela não sabia quem era a Lízia, não estava lembrando nem que tinha uma neta. Mas sabia quem eu era, sabia meu nome. Hoje também.
Bendito Facebook, que tornou-se útil pra mim nas visitas. Abro meu perfil e fico mostrando as fotos da minha linha do tempo. Meu perfil é densamente povoado de gatos e cães, a mãe curte.
E faço fotos nossas com o telefone sempre que ela está melhor. (Essa foto de hoje ficou linda.) Mostro pra ela, que não sabe que a foto foi feita naquele momento. Às vezes ela não nos reconhece. Hoje primeiro ela reconheceu a si mesma, mas disse que eu era "uma amiga" dela. Não teve jeito de ver que era eu. Depois, olhando no FB, viu a nossa foto de novo e nos reconheceu no ato, sozinha. Eu vivo para esses flashes de consciência. São as memórias que armazeno agora.
Na visita de hoje, falei que Peter O'Toole morreu, pois ele estava na linha do tempo do FB. Ela lembrava dele, e de Lawrence of Arabia, mas eu esqueci de comentar o que ela me contou há tempos: que viu esse filme quando estava grávida. Deduzo que me apaixonei por Peter O'Toole, pelo filme e pelo score no ventre. O tema de abertura me emociona quando quer que ouça. Me faz sentir a vastidão do deserto, meu ambiente natural predileto. o que mais me fascina.
E de Peter O'Toole uma das imagens que quero guardar é essa. O imortal Lawrence of Arabia.
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