terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Priscas eras

Facebook é tudo de bom!
Descobri essa foto lá, ao descobrir o perfil de um colega de faculdade. E, ao descobrir meu colega e a foto, descobri outros colegas queridos, com quem agora poderei retomar o contato depois de 25 anos!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Voltei de verdade

Voltei realmente a correr. Faz umas três ou quatro semanas. Desde a maratona de maio de 2009 eu não conseguia correr bem, e menos ainda me sentir bem correndo. Eu não sabia, mas naquela época a hérnia de disco, que entrou em crise total no dia 2 de novembro de 2009, já estava me pegando. Eu vivia com dor na nádega esquerda, uma síndrome de piriforme que na verdade era o pinçamento da hérnia.
É muito curioso olhar pra trás e lembrar que eu sentia dor todos os dias sem exceção. Mais dor, menos dor, mas sempre dor. A dor na nádega esquerda era constante, às vezes combinada com dor na outra nádega, na faixa dos rins, nos joelhos, na parede paravertebral... Sem falar que de 2 de maio até a metade de agosto de 2009, além da dor crônica, tive uma alergia respiratória que me fazia botar os bofes depois de cada corrida e à noite, quando eu não dormia de tanto tossir. E ainda queria correr... E queria ter vontade de correr, e ter prazer! Sem noção.
Só comecei a encaixar no treinamento em outubro de 2010, depois de outra crise aguda da hérnia em setembro. Serei eternamente grata a Rafael Candeia, fisioterapeuta, que me ensinou técnicas de core training. Nas sessões com ele, que mais pareciam uma aula pegadíssima de personal training, comecei a estabilizar a coluna, descobri músculos que nem sabia que existiam por baixo da minha parede abdominal, a dor foi diminuindo, e fui me sentindo mais confiante de que a hérnia poderia tornar-se assintomática. Ele garantiu que ia dar certo, que eu poderia voltar a treinar forte.
Rafael foi a primeira pessoa que percebeu o óbvio no meu caso: fisioterapia convencional não resolveria (um médico também viu isso, mas queria me operar). Eu não precisava de alongamento, não tenho encurtamento. E é só olhar pra ver que não preciso de reforço nem de abdominal, nem de dorsal. O que eu precisava era segurar a coluna no lugar, minha coluna tem uma "folga", e os movimentos erráticos das vértebras moíam os discos, em especial o herniado. Com o core training fortaleci o que era fraco: os oblíquos internos e os transversos. E a coluna ficou estabilizada. A hérnia não dói mais porque não é massacrada pela vértebra. E eu nunca mais senti dor. Não tenho sentido sequer a pressão que sentia, aquele "estou aqui" da hérnia.
Nesse período nebuloso só não parei de correr graças à presença de mi amor de treinador Eduardo Schutz, que me orientou, incentivou e consolou - e manteve o otimismo de que a fase iria passar. Edu sabe melhor do que eu quais as minhas possibilidades na corrida e experimentou as mais variadas fórmulas e dosagens para descobrir como fazer meu corpo e minha cabeça voltarem a responder bem ao treino. Ele se puxou no planejamento, eu me puxei na execução, e viramos o ano festejando meus progressos.
Voltei a correr com sobra, quer dizer, consigo correr solto, fazendo um esforço suportável e agradável. O sofrimento doloroso desapareceu. Não me sinto no limite, não termino os treinos caindo aos pedaços. Termino cansada, mas inteira. E sem dor.
Hoje entendo que a fase em que eu não sentia vontade de correr, em que minha cabeça não estava nisso, foi não apenas necessária, mas muito saudável: uma parte de minha mente percebeu que meu corpo, por mais forte e resistente que seja, dessa vez tinha que ser poupado de esforço, tinha que dar uma parada. Foi um simples reflexo de autopreservação. Foi a melhor coisa que eu poderia fazer por mim naquele momento.
Como essa fase foi muito longa - e eu nunca havia sentido isso -, teve uma época em que pensei que talvez a corrida fosse passado, que eu não gostasse mais, que precisasse buscar outra coisa. Mas agora está tudo encaixado de novo. Correr voltou a ser uma parte prazerosa da rotina, não apenas uma obrigação.
Uma coisa importante foi ter baixado consideravelmente o volume semanal. Recebo uma planilha de quatro treinos; se tenho tempo e vontade, faço mais alguma coisa nos outros dias. Isso retirou a pressão. Afinal, não posso e não quero deixar de trabalhar pra correr. E também não pretendo reduzir minha vida a trabalho e treino, com tantos outros interesses (e também deveres) a me requisitar tempo e energia.
Agora são 7h de terça-feira, dia 11. Daqui a pouco vou pra pista da Redenção fazer um treino de pista. Há pouquíssimo tempo, eu ficava nervosa só de pensar em tiros. Ficou tão difícil que Edu deixou a pista apenas em uma vez por semana durante um tempo, e coisa bem leve. Ali por novembro voltei pra duas vezes por semana, mas ainda bem leve. Na semana passada começamos a puxar um pouquinho mais. E eu gostei. :)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

To the core. Hard-core

It's too good, it's too nice
She makes me finish too quick
Is it love? No not love
She turns my sexual trick
She says she's mine, I know she lies
First, I scream, then I cry
You take a second of me
You beckon, I'll bleed
She suffocates me
She suffocates me with suggestions
I asked 'do you feel the same'
And later on, maybe
I'll tell you my real name
She's so good, she's so bad
You understand, I can't expand
Now I could just kill a man
She's on her knees, I say please
I cross her city lines, she's got fine highs

I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why

Forgive and you're forgiven
Kingdom come
Can you wait for yours
I need to taste some
Life's really funny
I laugh while she spends my money
She's my freak
I guess I'm weak
You ask what is this?
Mind your business
I pass idle days with my idle ways
'Til the twelfth of always
She walks my hallways
I keep her warm, but we never kiss
She cuts my slender wrists
Let's waste some more time
I sign the dotted line
A different level
She-devil

I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why

You ask what is this?
Mind your business
I pass idle days with my idle ways
'Til the twelfth of always
She walks my hallways
I keep her warm but we never kiss
She says I'm weak and immature
But it's cool
I know what money's for
Push comes to shove
Her tongue's her favourite weapon, attack
I slap her back, she mostly hates me

I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why

Can I take off her clothes
Before we go out
And then helpless
I'll scream and shout
We finish everyday
Well, anyway
Sixty-nine degrees
My head's between her knees.
You ask what is this?
Mind your business

It's too good, it's too nice
She makes me finish too quick
Is it love? No not love
She turns my sexual trick
She says she's mine, I know she lies
First, I scream, then I cry
Take a second of me
You beckon, I'll bleed
Take a second of me

I think ahead of you, I think instead of you
Will you spend your life with me
And stifle me?
I know why the caged bird sings, I know why
I know why the caged bird sings, I know why




"Suffocated Love", Tricky, CD Maxinquaye, de 1995. Uma das melhores coisas que já ouvi. Em 1996, grávida, barrigão, lembro de uma manhã em casa, com um quimono bordeaux que ainda tenho, ouvindo o CD e em especial essa faixa.
Tricky é doidão e me deixa doida com o clima denso de Maxinquaye, repleto da mais radical conotação sexual.