Nesta segunda, terça e quarta-feiras, estive no Cebb – Centro de Estudos Budistas Bodisatva –, vivendo alguns dos momentos mais emocionantes de minha vida.
O Cebb foi fundado e é dirigido por meu professor, Lama Padma Samten, minha conexão direta com o Dharma, fonte de inspiração e devoção, aquele a quem mais respeito, amo, admiro, reverencio e agradeço, cuja compaixão e sabedoria eu não poderia descrever em palavras. Meu professor perfeito.
O Cebb hospedou a exposição de relíquias do Buda Shakyamuni e outros grandes mestres organizada por Lama Zopa Rinpoche, diretor espiritual do Projeto Maitreya (www.maitreyaproject.org/).
Para um praticante budista, ver essas relíquias é extraordinário. E para mim a experiência foi extraordinária por vários motivos.
O primeiro deles foi a manifestação clara de minha firme conexão com o Dharma. No momento em que estou concluindo a tradução de um livro de Lama Zopa Rinpoche, recebi a bênção de assistir a exposição de relíquias organizada por ele. E conheci Lama Tenzin Namdrol, aluna de Lama Zopa, que teve a bondade de me falar do mestre e do trabalho dela como tradutora. Eu tenho mesmo muito mérito acumulado para ser tão afortunada.
O segundo foi ver o despertar da conexão de minha filha com o Dharma. Na verdade, a conexão existe desde que Lízia era um bebê de meses e foi abençoada por Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche em Três Coroas. Rinpoche pegou Lízia no colo e ficou com ela um longo tempo. Na época eu não havia reativado minha conexão com o Dharma, e nem pude avaliar a bênção que minha filha estava recebendo.
Depois, quando tinha uns 3, 4 anos, e ia ao Cebb comigo, que já havia tomado refúgio, Lízia chegava lá e pulava para o colo do Lama Samten enquanto ele proferia ensinamentos. Não havia como tirar Lízia do colo do lama, e lá ficava ela, feliz da vida, brincando e puxando a barba do lama, tentando mexer na mesa dele, até cair no sono, e aí dormia feliz.
Agora, aos 11 anos, Lízia teve uma verdadeira experiência espiritual. Emocionou-se profundamente diante das relíquias. Chegou a ficar trêmula e corada após ser abençoada com uma relíquia. E disse: "Hoje poderia me acontecer qualquer coisa, por pior que fosse, que eu nem me importaria." Dei para ela o mala que eu tinha comigo, e Lízia começou a rezar o mani. Nooooooossssa... Que as sementes do Dharma possam brotar e florescer nela a partir de agora.
Como florescem em mim, que vivi três dias de imensa alegria. Circumambulei as relíquias, prostrei-me, recitei mantras, fiz preces, pedidos e dedicação, rendi homenagens aos Budas e bodhisattvas dos três tempos e das dez direções, fiz meu melhor em ações de corpo, fala e mente.
O contato com as relíquias me deixou radiante. Estou na plena fruição de meu núcleo de felicidade. Minha vida flui, sinto-me totalmente animada, otimista, alegre, confiante. Tudo está bem exatamente como está.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Ema! Ema! Ema! Cada um com seu problema!
Quem dera que assim fosse.
Mas o fato é que nossos problemas sempre respingam nos outros - isso quando não jogamos the whole pack pra cima de alguém, na maior, com o foda-se no volume máximo.
Pior ainda é o hábito de achar que são os outros que nos causam problemas, e não nós mesmos. Sempre se tem um vilão pra tudo, um bode expiatório. Às vezes até admitimos que pisamos na bola, mas isso porque fulano fez tal coisa antes, ou porque aconteceu algo que nos levou a meter os pés pelas mãos. Estamos sempre tirando o nosso da reta, tirando o corpo fora. Nunca somos responsáveis pelas nossas mancadas.
Affff, quanta ignorância e cegueira!
A coisa toda fica mais simples quando se percebe o elementar: não importa o que acontece "do lado de fora", a única coisa que interessa é como reagimos. Não podemos mudar nada a não ser nós mesmos e a maneira como agimos e reagimos.
No samsara é tudo uma questão de tempo, de prática e de disciplina. Assim, tenho tentado manter com disciplina a prática de encarar meus problemas como meus, sem repassar pra ninguém. Procuro aceitar as limitações alheias, e cuidar mais dos meus defeitos do que avaliar os dos outros. Tento ser tolerante com as falhas – minhas e dos outros. E não levar as coisas para o lado pessoal, numas de me sentir vítima de abusos. Vale ouro lembrar sempre que onde um não quer dois não fazem. Se tem alguém ou alguma coisa me chateando, é porque estou permitindo. Então eu que trate de mudar o meu posicionamento, em vez de querer que as mudanças aconteçam "fora".
Mas o fato é que nossos problemas sempre respingam nos outros - isso quando não jogamos the whole pack pra cima de alguém, na maior, com o foda-se no volume máximo.
Pior ainda é o hábito de achar que são os outros que nos causam problemas, e não nós mesmos. Sempre se tem um vilão pra tudo, um bode expiatório. Às vezes até admitimos que pisamos na bola, mas isso porque fulano fez tal coisa antes, ou porque aconteceu algo que nos levou a meter os pés pelas mãos. Estamos sempre tirando o nosso da reta, tirando o corpo fora. Nunca somos responsáveis pelas nossas mancadas.
Affff, quanta ignorância e cegueira!
A coisa toda fica mais simples quando se percebe o elementar: não importa o que acontece "do lado de fora", a única coisa que interessa é como reagimos. Não podemos mudar nada a não ser nós mesmos e a maneira como agimos e reagimos.
No samsara é tudo uma questão de tempo, de prática e de disciplina. Assim, tenho tentado manter com disciplina a prática de encarar meus problemas como meus, sem repassar pra ninguém. Procuro aceitar as limitações alheias, e cuidar mais dos meus defeitos do que avaliar os dos outros. Tento ser tolerante com as falhas – minhas e dos outros. E não levar as coisas para o lado pessoal, numas de me sentir vítima de abusos. Vale ouro lembrar sempre que onde um não quer dois não fazem. Se tem alguém ou alguma coisa me chateando, é porque estou permitindo. Então eu que trate de mudar o meu posicionamento, em vez de querer que as mudanças aconteçam "fora".
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