quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

No Dharma – e na oitava galáxia

Nesta segunda, terça e quarta-feiras, estive no Cebb – Centro de Estudos Budistas Bodisatva –, vivendo alguns dos momentos mais emocionantes de minha vida.
O Cebb foi fundado e é dirigido por meu professor, Lama Padma Samten, minha conexão direta com o Dharma, fonte de inspiração e devoção, aquele a quem mais respeito, amo, admiro, reverencio e agradeço, cuja compaixão e sabedoria eu não poderia descrever em palavras. Meu professor perfeito.
O Cebb hospedou a exposição de relíquias do Buda Shakyamuni e outros grandes mestres organizada por Lama Zopa Rinpoche, diretor espiritual do Projeto Maitreya (www.maitreyaproject.org/).
Para um praticante budista, ver essas relíquias é extraordinário. E para mim a experiência foi extraordinária por vários motivos.
O primeiro deles foi a manifestação clara de minha firme conexão com o Dharma. No momento em que estou concluindo a tradução de um livro de Lama Zopa Rinpoche, recebi a bênção de assistir a exposição de relíquias organizada por ele. E conheci Lama Tenzin Namdrol, aluna de Lama Zopa, que teve a bondade de me falar do mestre e do trabalho dela como tradutora. Eu tenho mesmo muito mérito acumulado para ser tão afortunada.

O segundo foi ver o despertar da conexão de minha filha com o Dharma. Na verdade, a conexão existe desde que Lízia era um bebê de meses e foi abençoada por Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche em Três Coroas. Rinpoche pegou Lízia no colo e ficou com ela um longo tempo. Na época eu não havia reativado minha conexão com o Dharma, e nem pude avaliar a bênção que minha filha estava recebendo.
Depois, quando tinha uns 3, 4 anos, e ia ao Cebb comigo, que já havia tomado refúgio, Lízia chegava lá e pulava para o colo do Lama Samten enquanto ele proferia ensinamentos. Não havia como tirar Lízia do colo do lama, e lá ficava ela, feliz da vida, brincando e puxando a barba do lama, tentando mexer na mesa dele, até cair no sono, e aí dormia feliz.
Agora, aos 11 anos, Lízia teve uma verdadeira experiência espiritual. Emocionou-se profundamente diante das relíquias. Chegou a ficar trêmula e corada após ser abençoada com uma relíquia. E disse: "Hoje poderia me acontecer qualquer coisa, por pior que fosse, que eu nem me importaria." Dei para ela o mala que eu tinha comigo, e Lízia começou a rezar o mani. Nooooooossssa... Que as sementes do Dharma possam brotar e florescer nela a partir de agora.
Como florescem em mim, que vivi três dias de imensa alegria. Circumambulei as relíquias, prostrei-me, recitei mantras, fiz preces, pedidos e dedicação, rendi homenagens aos Budas e bodhisattvas dos três tempos e das dez direções, fiz meu melhor em ações de corpo, fala e mente.
O contato com as relíquias me deixou radiante. Estou na plena fruição de meu núcleo de felicidade. Minha vida flui, sinto-me totalmente animada, otimista, alegre, confiante. Tudo está bem exatamente como está.

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