Karma é karma. E como é inacreditavelmente mágico quando você consegue antecipar o seu.
Hoje confirmei de uma vez por todas e para sempre minha ligação karmática com Robert Plant, que mudou minha vida como só os grandes mestres fazem. Graças a ele, à voz e à presença em The Song Remains the Same, meus horizontes foram subitamente arregaçados numa tarde de sol em que me meti no Cine Astor. Quando saí de lá, eu era outra. I'd started rambling towards the one I was supposed to be. Since then (and I could say, "Since I've Been Loving You"), I've been rambling on.
Pois hoje, estava eu em casa de bobeira, quando tive o insight: "Vou ver o Robert Plant hoje". Out of the blue. Aí fui curtir o domingão e tal. Almoço maravilhoso com a família, tomei um monte de cerveja, voltei pra casa estufada e meio bêbada e me atirei na cama.
Lízia chegou às 18h, e convidei pra irmos na Padre Chagas, eu estava a fim de um café. Mas, quando pensei no café, não pensei no Robert Plant.
Fomos. Entramos em duas lojas da Olavo Barreto Viana pra Lízia experimentar umas roupas. E quando estávamos bem perto da esquina com a Padre Chagas, na frente do Sheraton, eu disse pra Lízia: "Robert Plant já está entre nós". E ela: "Claro que não. O show é amanhã". Eu disse: "Está sim". Nisso ela viu as vans na frente do hotel e disse: "É mesmo, tem aquelas vans ali". Enquanto rolava nossa conversa, vi um pessoal atravessando a rua e na hora pensei: "É a entourage do Plant". E falei isso pra Lízia.
Aí pegamos a calçada com eles, e dois caras estavam falando em inglês, e era óbvio que eram mesmo da entourage. Como nós, eles sentiram o cheiro terrível de bosta de cavalo na esquina da Dinarte Ribeiro, e acabou rolando um contato visual, rimos, eles também, e comentamos do fedor.
Nisso eu olho à frente e lá estava ele, de cabelo preso, passeando numa boa, sendo mais ou menos reconhecido. Que grande barato! Falei pros caras que eu era uma mulher de muita sorte por estar vendo meu ídolo. Eles sorriram.
Ultrapassamos Robert Plant, Lízia passou rente a ele, abriu um sorrisão, que ele retribuiu com um sorriso simpático. Claro que ele curtiu ser reconhecido por uma menina, e lógico que percebeu que a mãe da lindinha era a fã sênior, hehehe. Muito emocionante ver o cara ali, na vida civil. Porque aquela pessoa afinal de contas faz parte de minha vida desde meus 14 anos de idade. E tem uma importância imensa, objeto de minha admiração, respeito e afeto.
Quando vim pra cá escrever esse post, fui ouvir "Ramble On" e contei pra Lízia que, quando ouvi Plant cantar essa música em 1994, no Hollywood Rock em São Paulo, eu surtei e pensei: "Tá, agora já posso morrer". Aí ela disse: "Tu já viu se tem essa apresentação no Youtube?". Não, eu nunca havia pensado nisso! O show de SP não tem, mas aí está o show do Rio na mesma turnê.
Depois de ver o homem casualmente ao anoitecer desse domingo, amanhã verei o artista do qual sou megafã pela terceira vez no palco. Em 1996, no comecinho da gravidez, vi Plant com Jimmy Page, também no Hollywood Rock em São Paulo.