quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Tradição


Hohoho.
A árvore é nova. Mas neste ano a decoração é retrô, no estilo da minha infância. Fazia muitos anos que não usava as tradicionais bolinhas de vidro. E não havia pensado em fazer isso. Quando cheguei do supermercado com a árvore, aproveitei e peguei todas as caixas de enfeites natalinos que guardo no depósito da garagem. A ideia era dar uma olhada e organizada, mas usar apenas as bolas douradas, fitas e luzes.
Só que dessa vez achei a árvore monocromática sem graça. Comecei a mexer nas bolinhas. "Vou usar só as decoradas e as antigas." Coloquei cuidadosamente as bolinhas com detalhes e as relíquias de minha avó, enfeites que me acompanham a vida inteira, dos quais me lembro desde sempre. E que são o motivo para eu gostar de Natal: eu era (e sou) apaixonada por árvores natalinas.
Continuei achando pouco. E então enchi o pinheirinho de bolinhas simples coloridas. Sem regra, a não ser evitar que as bolinhas encostem umas nas outras e procurar misturar bem as cores.
Enquanto montava a árvore, decidi trazer minha mãe pra vê-la - porque provavelmente será a última vez que ela terá condições. No ano passado ela participou da festa, neste ano não será possível. Vou trazê-la qualquer dia pra ver minha árvore e os enfeites da infância dela. Trazê-la para o agora por momentos, ou impulsioná-la para o passado remoto de que ela ainda consegue lembrar. Tanto faz, contanto que ela se distraia e se sinta bem.
Montei essa árvore infantil para avivar as memórias possíveis de minha mãe e para celebrar meus 50 anos com um elemento querido que me remete a meus primeiros anos.







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