Hoje em dia é raro, mas cansei de ouvir a pergunta "O que você come então?" quando dizia que era vegetariana. "Todo o resto", eu resumia, mais confusa do que o interlocutor. Como assim? Em qualquer refeição tem muito mais coisa para comer do que carne. Afinal ninguém vive à base de churrasco.
Também tinha quem achasse que eu só comia salada, tipo alface e tomate. Esse equívoco eu tratava de corrigir rapidamente, listando pão, biscoitos, massas, arroz, lentilha e demais oleaginosas, aveia, trigo, batata, aipim, laticínios...
Agora, é verdade que sou conhecida pela prodigiosa quantidade de verdes que consumo em uma refeição. Minha filha e o pai dela ficavam resmungando sobre meus pratos em buffet. "Vai pegar toda a rúcula? Não vai deixar pros outros?" Não. Não vou. Porque eu como basicamente folhas cruas em qualquer buffet. Deixo todo o resto pros demais. Na semana passada, Lízia mencionou o fato de que eu como muito mais verdes do que as outras pessoas. Tanto que dou conta sozinha da cesta semanal de 8 itens da CSA.
Hoje fiz um saladão que serviria 4 pessoas normais. Couve mizuna, dente-de-leão, nabo e agrião. Temperei com aceto balsâmico e mel, mais um pouco de azeite e sal. Nunca tolerei vinagre, mas aprendi a gostar do balsâmico, embora nunca usasse. Nesta quarentena, aprendi a fazer o molho de balsâmico, mel, azeite e sal. Hoje foi a segunda vez que fiz, colocando 2 colheres de sopa de balsâmico e 1 colher de sopa de mel. Perfeito para o meu paladar. O mel anulou a pungência do vinagre.
O pratão de salada foi acompanhado de feijão e farofa. Que a vegetariana aqui não vive só de folhas.