sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Luz de minha vida
Amanhã Lízia completa 13 anos. Torna-se uma teenager aquela que vejo como minha filha e minha criança. Aquela que há tempos me dá pequenos sustos todos os dias ao crescer e se afastar aos poucos da criança que ainda é para mim.
Lízia justifica tudo que fiz até concebê-la. E é o motivo de tudo que fiz de melhor a partir de então.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
É um milagre estarmos vivos
Na próxima quarta-feira, dia 19, meu amigo corredor Leandro Bauermann Oliveira fará 37 anos. No último sábado sua irmã adorável, Mariana, e sua supermãe, Rejane, organizaram uma festa-surpresa num restaurante. Fui lá com uma turma de amigos queridos da corrida. Lena, Filó, Márcio, Chibiaque e Marlene não conheciam Leandro, mas foram porque estão acompanhando a história dele por meu intermédio. E, como eu, comovem-se com a luta e a garra de alguém que, mais do que um sobrevivente, é um guerreiro iluminado. Paulinho e Lu, do Corpa, completavam a equipe de corredores.
Em fevereiro Leandro foi atropelado por um ônibus e teve a perna direita amputada no acidente. A esquerda foi preservada graças à coragem e fé de seus pais. Os médicos queriam amputar porque uma infecção por acinetobacter, uma bactéria letal e extremamente resistente a antibióticos, agravava a situação crítica - na real os médicos nem esperavam salvá-lo. Os pais entregaram nas mãos de deus e disseram aos médicos que, se fosse para o filho sobreviver, seria com a perna esquerda.
Não posso imaginar o que uma mãe sente ao ver o filho no estado em que Leandro permaneceu na CTI do HPS por vários dias. Em minha primeira visita, não consegui reconhecer meu amigo, ainda sedado e desfigurado pelos edemas. Meu coração ficou apertado. E me angustiava pensar o que Leandro sentiria ao saber da amputação caso sobrevivesse.
Assim que Leandro acordou para esse mundo de novo, fui vê-lo. E uma das primeiras coisas que ele me disse é que agora correria em uma outra categoria. Quando me disse isso, a situação dele era apenas estável, a infecção por acinetobacter persistia e não se sabia se, caso fosse mesmo mantida, a perna esquerda ainda seria funcional, porque as rodas do ônibus passaram por cima dela também.
Fiquei maravilhada com a grandeza de meu amigo. Com a resignação, com a tranquilidade com que encarou a perda. E com a determinação de voltar a correr, um estágio muito distante, porque ele ainda precisava vencer a infecção, sair da CTI pra um quarto, sair do hospital, recuperar o movimento da perna esquerda e do resto do corpo (nos primeiros dias ele não tinha força nem pra segurar um copo, todo corpo estava enfraquecido e com movimentos limitados), adaptar-se à condição de amputado, ver a possibilidade de uso de prótese, aprender a andar com ela e um dia então correr.
Depois de 101 dias, Leandro enfim voltou pra casa. E desde então é uma nova etapa de superações. Enquanto o coto e a perna esquerda cicatrizavam, Leandro efetivava uma sucessão de pequenas conquistas gigantescas: conseguir ficar sentado na cama, poder virar-se de lado na cama (ele ficou mais de três meses só de barriga pra cima, não podia se virar devido às lesões), ir pra cadeira de rodas, conseguir sentar no sofá da sala, na cadeira do computador. Ir ao banheiro. Tomar banho no chuveiro.
No mês de seu aniversário, Leandro deu um novo passo - literalmente: conseguiu ficar em pé! A perna esquerda ainda não tem flexibilidade no joelho, ou seja, fica esticada o tempo inteiro, o que é uma limitação inclusive espacial. Mas Leandro conseguiu apoiá-la no chão e em seguida começou a se deslocar com um andador.
Nessa semana, ele me contou pelo msn que foi pra fisioterapia no andador! Atravessou a rua andando!!! Meus olhos transbordaram enquanto lia a novidade no msn, e transbordam de novo enquanto escrevo aqui. E meu coração transborda de alegria. E de orgulho e admiração por meu amigo que jamais se lamenta, que não dá espaço pro baixo astral, que olha pra frente, que olha para as novas possibilidades, que olha para o que tem e o que busca, e não para o que perdeu. É tudo uma questão de olhar. :)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Quanto mais quente melhor
O que um dia de sol não faz por uma pessoa! Terminei um trabalho, treinei direito - meu treinador disse que eu estava diferente na corrida e no todo, yessssss -, tomei um solzinho depois do almoço. E me senti feliz da vida.
Aguardo ansiosamente o verão.
E Robert Palmer foi perfeito na descrição do calor que tanto me entusiasma. Tenho paixão por essa música. Sem falar que Robert Palmer era o maior hot cool cat.
We want to multiply, are you gonna do it
I know youre qualified, are you gonna do it
Dont be so circumscribed, are you gonna do it
Just get yourself untied, are you gonna do it
Feel the heat pushing you to decide
Feel the heat burning you up, ready or not
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go on
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
The girl is at your side, are you gonna do it
She wants to be your bride, are you gonna do it
She wants to multiply, are you gonna do it
I know you wont be satisfied until you do it
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go onv
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
Feel the heat pushing you to decide
Feel the heat burning you up, ready or not
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go on
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
Aguardo ansiosamente o verão.
E Robert Palmer foi perfeito na descrição do calor que tanto me entusiasma. Tenho paixão por essa música. Sem falar que Robert Palmer era o maior hot cool cat.
We want to multiply, are you gonna do it
I know youre qualified, are you gonna do it
Dont be so circumscribed, are you gonna do it
Just get yourself untied, are you gonna do it
Feel the heat pushing you to decide
Feel the heat burning you up, ready or not
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go on
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
The girl is at your side, are you gonna do it
She wants to be your bride, are you gonna do it
She wants to multiply, are you gonna do it
I know you wont be satisfied until you do it
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go onv
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
Feel the heat pushing you to decide
Feel the heat burning you up, ready or not
Some like it hot and some sweat when the heat is on
Some feel the heat and decide that they cant go on
Some like it hot, but you cant tell how hot til you try
Some like it hot, so lets turn up the heat til we fry
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
Some like it hot, some like it hot
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Esmalte sempre!
Eu detestava pé com esmalte vermelho. Isso até 2007.
Revi meus conceitos em função da corrida. Uma sucessão de lesões fez com que meus dedos apresentassem unhas roxas, amareladas, roxo-amareladas, manchadas, fofas, meio soltas antes de cair... o quadro da dor. Para ocultar os roxos, eu e minha podóloga partimos pros vermelhos.
Primeiro estranhei. Depois me acostumei. E a seguir me apaixonei.
Minhas unhas estão sempre pintadas, verão e inverno. Em geral de cores escuras. Tenho loucura por esmalte. E tenho a felicidade de ter uma podóloga/manicure que gosta tanto quanto eu. Toda semana Ana Cristina tem alguma cor nova, geralmente mais de uma. Ela não pode ver esmalte que compra, hahaha. E muitos deles ela compra apenas pra mim, a única cliente que usa todos os tons de azul, roxo, lilás, rosa, cobre, alaranjados, marrons e demais cores exóticas. Tudo menos preto, que acho sem graça.
Faço as unhas das mãos toda quinta-feira. E o pé a cada duas semanas. Religiosamente. É meu único cuidado de beleza regular. (Depilação considero uma questão de higiene pessoal.)
Conheci Ana Cristina na véspera do Natal de 2006, no salão do meu cabeleireiro. Eu já estava com as unhas pintadas, mas não estava gostando, estava detestando, na verdade. Aí estava lá pintando o cabelo de preto e alisando, e pedi pra ela refazer minhas unhas. Desde então não larguei mais dela.
Fui na casa dela na praia no verão de 2007, no carnaval. Quando ela saiu do salão, passei a ir na casa dela aqui em Porto Alegre. E agora vou no salão dela, que fica longe pra caramba da minha casa. Mas vale a pena total.
Eu tenho o terrível hábito de comer os dedos, arranco pedaços deles, às vezes mais, às vezes menos, não houve terapia que desse fim nisso. Mas o alicate afiado de Ana Cristina limpa meus estragos e remove tudo que eu possa morder por alguns dias (embora eu sempre dê jeito de fazer alguma estupidez entre uma quinta-feira e outra...). Assim minhas mãos mantêm-se mais ou menos apresentáveis.
E meus pés estão sempre bem pra correr. Sem bolhas, sem calos, sem unhas machucadas. E ainda bem bonitinhos, mesmo quando faço grandes volumes de corrida.
Na semana passada voltei a pintar pé e mão de vermelho depois de meses só em outras cores, basicamente azuis, roxos e acobreados. Minha professora de dança do ventre viu e disse: "Não acredito! Tá de unha vermelha! Nunca tinha visto você de vermelho!"
Pois é, hoje fiz a mão de vermelho de novo pra combinar com o pé, mas não é o mesmo esmalte, porque jamais repito de uma semana pra outra. Aliás, raramente repito esmaltes. As novidades me fascinam.
:)
Revi meus conceitos em função da corrida. Uma sucessão de lesões fez com que meus dedos apresentassem unhas roxas, amareladas, roxo-amareladas, manchadas, fofas, meio soltas antes de cair... o quadro da dor. Para ocultar os roxos, eu e minha podóloga partimos pros vermelhos.
Primeiro estranhei. Depois me acostumei. E a seguir me apaixonei.
Minhas unhas estão sempre pintadas, verão e inverno. Em geral de cores escuras. Tenho loucura por esmalte. E tenho a felicidade de ter uma podóloga/manicure que gosta tanto quanto eu. Toda semana Ana Cristina tem alguma cor nova, geralmente mais de uma. Ela não pode ver esmalte que compra, hahaha. E muitos deles ela compra apenas pra mim, a única cliente que usa todos os tons de azul, roxo, lilás, rosa, cobre, alaranjados, marrons e demais cores exóticas. Tudo menos preto, que acho sem graça.
Faço as unhas das mãos toda quinta-feira. E o pé a cada duas semanas. Religiosamente. É meu único cuidado de beleza regular. (Depilação considero uma questão de higiene pessoal.)
Conheci Ana Cristina na véspera do Natal de 2006, no salão do meu cabeleireiro. Eu já estava com as unhas pintadas, mas não estava gostando, estava detestando, na verdade. Aí estava lá pintando o cabelo de preto e alisando, e pedi pra ela refazer minhas unhas. Desde então não larguei mais dela.
Fui na casa dela na praia no verão de 2007, no carnaval. Quando ela saiu do salão, passei a ir na casa dela aqui em Porto Alegre. E agora vou no salão dela, que fica longe pra caramba da minha casa. Mas vale a pena total.
Eu tenho o terrível hábito de comer os dedos, arranco pedaços deles, às vezes mais, às vezes menos, não houve terapia que desse fim nisso. Mas o alicate afiado de Ana Cristina limpa meus estragos e remove tudo que eu possa morder por alguns dias (embora eu sempre dê jeito de fazer alguma estupidez entre uma quinta-feira e outra...). Assim minhas mãos mantêm-se mais ou menos apresentáveis.
E meus pés estão sempre bem pra correr. Sem bolhas, sem calos, sem unhas machucadas. E ainda bem bonitinhos, mesmo quando faço grandes volumes de corrida.
Na semana passada voltei a pintar pé e mão de vermelho depois de meses só em outras cores, basicamente azuis, roxos e acobreados. Minha professora de dança do ventre viu e disse: "Não acredito! Tá de unha vermelha! Nunca tinha visto você de vermelho!"
Pois é, hoje fiz a mão de vermelho de novo pra combinar com o pé, mas não é o mesmo esmalte, porque jamais repito de uma semana pra outra. Aliás, raramente repito esmaltes. As novidades me fascinam.
:)
Ela é ele!
Meus fofos felinos: Teddy Boy Marino brasino, Lelo amarelo e Ludovico, ex-Lucrécia
A notícia abalou a família, parentes e amigos:
Lucrécia não é Lucrécia. É Ludovico!
Eu já estava desconfiada há umas duas semanas, mas ontem ficou evidente que o mais novo habitante da casa é macho. Que choque! Que pasmo!
Enfim, estamos nos acostumando com a novidade.
E Ludovico? Segue o mesmo de sempre. Um atentado.
:)
A notícia abalou a família, parentes e amigos:
Lucrécia não é Lucrécia. É Ludovico!
Eu já estava desconfiada há umas duas semanas, mas ontem ficou evidente que o mais novo habitante da casa é macho. Que choque! Que pasmo!
Enfim, estamos nos acostumando com a novidade.
E Ludovico? Segue o mesmo de sempre. Um atentado.
:)
Missing my blog - and part of myself
Por que será que parei de escrever aqui?
Não é tanto pela falta de tempo, creio que seja mais por falta de ideias. Ou melhor, falta de energia pra desenvolver ideias.
Até tem assuntos sobre os quais gostaria de escrever.
O primeiro é a dança do ventre, que flui por várias correntes: o prazer que sinto fazendo aulas, embora seja péssima; o prazer que sinto ouvindo música árabe, que é basicamente a única coisa que ouço desde março, acumulando até hoje quase 20 giga delas no computador (baixo CDs todos os dias); o prazer que sinto vendo bailarinas dançando, dando corpo à música, forma e movimento; a admiração que tenho por minha professora, Stela Turelli, que eu realmente adoro ver dançar.
Tem outros assuntos sobre os quais eu poderia escrever, mas que não sei se realmente gostaria de abordar.
O rigor desse inverno e minha baixa imunidade, que, combinados, afetam minha saúde desde o dia 2 de maio. Nunca me senti tão fraca, tão cansada, tão desanimada. Não me reconheço nem no corpo, nem na mente. Tem sido uma experiência difícil dispor de tão pouca energia, estar sempre meio resfriada, sentir muito frio, muito sono. E correr e treinar muito mal, afff...
Essa crise de energia está na base de minha incapacidade de escrever, é lógico. Tenho me economizado em tudo. E observado essa situação com uma calma inédita.
Também pensei em escrever sobre as incríveis abordagens masculinas, algumas delas tão cretinas que nem causam irritação, servem apenas de motivo de riso, sozinha ou em conversa com as amigas. Algumas coisas são tão bizarras que eu comento pra ver o que os outros acham, pra saber se é mesmo um absurdo ou sou eu que estou muito fora desse mundo.
Ontem vi a seguinte frase num perfil do orkut: "Não trate como prioridade quem lhe trata como uma opção." Adorei. Tem tudo a ver com as coisas em que andei pensando a respeito da forma como algumas pessoas se relacionam. Pra mim, o lance de não tratar como prioridade não significa tratar mal ou com frieza. Significa simplesmente não se apegar e não levar nada pro lado pessoal. Deixar rolar sem expectativas.
Esse inverno e essa fase têm sido um exercício de paciência e autocontrole, aceitação e acolhimento. E de modo geral estou convivendo bem com as limitações.
Mas claro que penso que em breve virá a primavera, e a roda deve girar...
:)
Não é tanto pela falta de tempo, creio que seja mais por falta de ideias. Ou melhor, falta de energia pra desenvolver ideias.
Até tem assuntos sobre os quais gostaria de escrever.
O primeiro é a dança do ventre, que flui por várias correntes: o prazer que sinto fazendo aulas, embora seja péssima; o prazer que sinto ouvindo música árabe, que é basicamente a única coisa que ouço desde março, acumulando até hoje quase 20 giga delas no computador (baixo CDs todos os dias); o prazer que sinto vendo bailarinas dançando, dando corpo à música, forma e movimento; a admiração que tenho por minha professora, Stela Turelli, que eu realmente adoro ver dançar.
Tem outros assuntos sobre os quais eu poderia escrever, mas que não sei se realmente gostaria de abordar.
O rigor desse inverno e minha baixa imunidade, que, combinados, afetam minha saúde desde o dia 2 de maio. Nunca me senti tão fraca, tão cansada, tão desanimada. Não me reconheço nem no corpo, nem na mente. Tem sido uma experiência difícil dispor de tão pouca energia, estar sempre meio resfriada, sentir muito frio, muito sono. E correr e treinar muito mal, afff...
Essa crise de energia está na base de minha incapacidade de escrever, é lógico. Tenho me economizado em tudo. E observado essa situação com uma calma inédita.
Também pensei em escrever sobre as incríveis abordagens masculinas, algumas delas tão cretinas que nem causam irritação, servem apenas de motivo de riso, sozinha ou em conversa com as amigas. Algumas coisas são tão bizarras que eu comento pra ver o que os outros acham, pra saber se é mesmo um absurdo ou sou eu que estou muito fora desse mundo.
Ontem vi a seguinte frase num perfil do orkut: "Não trate como prioridade quem lhe trata como uma opção." Adorei. Tem tudo a ver com as coisas em que andei pensando a respeito da forma como algumas pessoas se relacionam. Pra mim, o lance de não tratar como prioridade não significa tratar mal ou com frieza. Significa simplesmente não se apegar e não levar nada pro lado pessoal. Deixar rolar sem expectativas.
Esse inverno e essa fase têm sido um exercício de paciência e autocontrole, aceitação e acolhimento. E de modo geral estou convivendo bem com as limitações.
Mas claro que penso que em breve virá a primavera, e a roda deve girar...
:)
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