Um grupo do Facebook voltado apenas para mulheres de uma determinada categoria profissional deu o start em minha atual produção de textos sobre a experiência no manejo do TPB. Uma das participantes fez um post listando os problemas de saúde mental que enfrenta e perguntou quem mais ali vivia algo parecido. O post está bombando. Somos muitas, somos muito diferentes em vários aspectos, mas somos unas na coragem/disposição para expor um quadro de problema mental.
Logo após o diagnóstico do TPB fiz um post aqui, depois uns outros poucos. A motivação é a mesma de quando escrevi há anos sobre o problema de hérnia de disco que acabou em cirurgia: ser de benefício para outros que passem por situações semelhantes. Os altos e baixos, o que funcionou e o que não funcionou, o dia a dia.
Eu gosto de ler relatos em primeira pessoa. Li alguns de borderliners, me comovi e me identifiquei. Empatia e identificação. Entender o que o outro sente e perceber que não estou sozinha. Ser uma voz que mostre o mesmo para outras pessoas.
É preciso falar de doenças mentais, de questões de gênero, de racismo, de desigualdades sociais, de feminismo e misoginia, de política, de religião. É preciso se posicionar. É preciso fazer o que se puder para construir uma sociedade melhor. Uma humanidade melhor. Por mais impossível que isso pareça tantas vezes. Se não se falar, se não se tomar atitudes, não dá para esperar as mudanças que se deseja.
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