Idas e vindas.
Altos e baixos.
Começou de brincadeira - pelo menos era o que achávamos.
Achamos errado e nos perdemos, nos confundimos, nos machucamos - e mesmo assim seguimos tentando. Encontramos um amor que se mantém estável em meio às infindáveis turbulências, às dezenas de afastamentos e, até ontem, à minha incapacidade de me soltar e me entregar - não a ela, mas a mim mesma, aos meus sentimentos, à que me tornei. Ou à que sempre fui, mas nunca expressei por inteiro.
Nessa madrugada, pela primeira vez, o desejo se manifestou plenamente. O desejo de tocar, de explorar, de acariciar o objeto de amor. Pela primeira vez, fui com ela a que sempre fui. A dissolução da barreira emocional, do condicionamento de gênero, se manifestou no corpo, com o afrouxamento de uma tensão muscular que eu julgava decorrente do problema na coluna.
Sou quem eu sou. Estou onde estou.
Reconfigurada.
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