segunda-feira, 31 de março de 2008

Refresco de gelatina

Tomei refresco de gelatina pela primeira vez na vida nesse ano, na casa de uma amiga. Fui almoçar lá, e ela fez o refresco como alternativa a um gasosão tradicional. Tornou-se minha nova mania gastronômica, hahaha.
Só não bebo quantidades ainda maiores porque as gelatinas são puro corante. Misturo um pacotinho que deve ser usado em 500ml de água em 2 litros, e a poção mesmo assim é um vermelhão absoluto - só gosto dos sabores morango e quetais... Nos dias quentes mando ver uma garrafa inteira da bebida, que fica meio gelatinosa depois de um tempo. Que gosto...

domingo, 30 de março de 2008

27km

Corri hoje. Em 2h14min. Sozinha. Numa boa.
Estreeei meu novo brinquedo, um Garmin. Adorei. Bem mais eficiente que meu Polar, que mesmo calibrado dá muita quebra na distância, pra mais e pra menos.
Me ocupei observando a velocidade em que corria, e pude comprovar nitidamente a influência do fluxo mental no desempenho. Era começar a pensar em outros assuntos - especialmente temas desestimulantes, que o rendimento caía. Hehehe, tenho que fazer a lista de assuntos a serem evitados durante os treinos. Na verdade, tenho que manter a corrida como uma prática de meditação unidirecionada, fixar a atenção mental no corpo em movimento. Já que não tenho sentado pra prática formal de meditação, pelo menos isso.
É impressionante o quanto 27km rendem. Saí da porta de casa, fui até o zero do Gasômetro e de lá até a marca dos 8km, na frente do Veleiros do Sul. E voltei até o Parcão... É muuuuito chão.
No ano passado, um amigo maratonista me disse pra dividir a prova em três etapas de 14km. Foi o que fiz. E pra mim funcionou muito bem. A primeira parte é isso aí, o começo, vai na boa. Na intermediária, a grande atração é chegar aos 21km. Quando cheguei, pensei: "Beleza, agora só falta fazer outra meia-maratona e tá encerrado." Mais 7km, fecha 28km, e vem o terço final. Só mais 14km.
Cansaço mesmo só senti aos 37km. Mas aí faltavam apenas 5km. Vi homens caminhando, e deu uma certa vontade de fazer o mesmo. Mas lembrei que aqueles caras tinham largado meia hora depois que eu e tinham me ultrapassado, ou seja, tinham ralado muito mais. E pararam por lesão, não por cansaço. E lá fui eu correndo até a linha de chegada. No ritmo possível pra mim, que é em torno de 5min/km.
Domingo que vem devo fazer 29km. Vou passar os dois terços de maratona.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Tudo muito chique

Charles - Beanfield
Nova - Amon Tobin
Otonal - Audio Lotion
You - The Dining Rooms
In the Bath - Lemon Jelly
Amor - Yonderboi
Spiritual Spy - M-Seven
Electro - Nacho Sotomayor
Niko-Jaga - The Sushi Club
Breakfast with Abductees - Sven Van Hees
Gostaria de saber quantas pessoas no mundo conhecem essas músicas e seus criadores.
Adoro electronica, é basicamente o que ouço. Pra trabalhar, pra correr, pra dançar, pra fazer amor. Pra tudo. Meu mp3 é o que me mantém (mais ou menos) na boa enquanto dirijo ou faço compras no supermercado, duas atividades nas quais estou longe de ser a pessoa sábia e compassiva que me esforço para ser.
As músicas que mais curto atualmente são na linha lounge, chill-out, downtempo, vá saber como chamar... Eu não dou a mínima pro gênero, o que me captura é a melodia e a textura, o clima.
Gosto de músicas chiques, sofisticadas. Como essas que listei. Algumas são bastante diferentes entre si, mas todas elas evocam as mesmas sensações em mim: languidez, conforto, suavidade, sensualidade, a apreciação da beleza em todas as suas formas.

terça-feira, 25 de março de 2008

25

Faltam exatos dois meses para a maratona de Porto Alegre.
Desde domingo estou achando a idéia de fazer a prova menos remota.
Hoje treinei bem de novo, e comecei a sentir um certo assanhamento, a coceira do desafio. Viva!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Que nem farrista

Todo mundo sabe como é chegar em casa ao amanhecer e cair duro sem escovar os dentes ou tirar a roupa porque acabou o gás. Ou só perceber o tamanho do porre quando deita na cama e tem a impressão de que está num barco em águas revoltas. Minha mãe diz que é bem coisa de farrista: está ótimo enquanto está na gandaia, mas é chegar em casa pra passar mal ou sentir todo cansaço que não se manifestou durante a fuzarca. Também tem aquela coisa de estar jururu em casa, mas botar o pé na rua e ficar faceiro ligeirinho. Normal.
Como minha vida divide-se basicamente entre trabalho e treino, meu espírito de farrista foi transferido pros treinos. Só passo mal antes e depois. Pode ser doença, bolha, lesão. Enquanto estou malhando não sinto nada. Mas depois... a casa cai. O corpo de luxo vira um barraco.
No início de maio passado, caí feito feito uma jaca madura a três semanas da maratona. Estava saindo pra correr, não tinha andado 50 metros. Fiz como todo mundo que paga esse mico: levantei de um pulo e segui adiante. Notei que o joelho e a mão esquerdos estavam meio ardidos, mas fui embora. Quando parei... afff. Tinha um rombo em cada um. O joelho inchou da pancada, tive que tomar antiinflamatório. Passei uma semana meio manca - mas treinando. Era calçar o tênis e a dor sumia. Depois voltava, é claro. Fiz longões de 30km com a ferida do joelho grudando na calça, uma delícia na hora de tirar a roupa.
Em dezembro, outro tombo. Dessa vez abri os dois joelhos enquanto trotava a caminho do Cete. Como é que eu caio desse jeito não sei, é um mistério. Não me senti tropeçar nem pisar em falso, quando vi estava no chão. Trotei adiante, sentindo uma coisinha meio estranha, nem olhei, mas parecia ter algo escorrendo. Quando cheguei no Cete, meu treinador surtou: "Lu, mas o que foi isso?" Aí vi que os joelhos estavam mesmo escorrendo - sangrando. Limpamos, e fui treinar normalmente. Voltei pra casa de carona, isso porque o treinador mandou. Ainda bem que obedeci, porque trotar mais meia hora ia ser um suplício. Quando desci do carro na porta de casa, já estava toda dura de dor. Isso foi numa terça. Na quarta e na quinta ainda treinei, mas na sexta resolvi dar início às férias de fim de ano porque as feridas não cicatrizavam e doíam horrores, eu não conseguia dormir direito porque pulava quando elas tocavam nos lençóis.
Com bolha é a mesma coisa. Tive duas megabolhas no ano passado, uma em cada dedão do pé. Minha podóloga ficou horrorizada. Um dia ficou furiosa e me espinafrou: "Mas não dá pra tu correr menos, hein?" Hahaha, não dá!!! Especialmente porque as bolhas não doem quase nada de meia e tênis, até 20km dá pra agüentar na boa. Claro que quando ficava descalça só pisava com o calcanhar...
Fico feliz por nunca ter problemas sérios que me impeçam de treinar. É evidente que suporto esses desconfortos, às vezes bastante intensos, simplesmente porque o prazer de correr se impõe, é maior. Não poder desfrutar dele, e ainda por cima sentindo dor, estando machucada, seria uma infelicidade.

domingo, 23 de março de 2008

Quem corre por gosto não cansa


Comecei a treinar pra maratona de Porto Alegre. Será no dia 25 de maio, mas ainda não é certo que eu vá correr. Vai depender de ter tempo pra treinar e de me sentir bem. Só vou encarar o tranco se estiver confiante de que possa fazer melhor do que em minha estréia no ano passado. Corri em 3:33:38, e terminei inteira, me sentindo ótima. Nada de "muro" depois dos 30km, nada de dor. E nada de medo durante a prova.
Só tive medo antes da largada, fiquei apavorada. Tudo em que pensava era: "Mas que porra de idéia foi essa? O que estou fazendo aqui? Como pude me meter num perrengue desses? E agora não posso ir embora, meus amigos estão todos aqui. E também não treinei tanto pra amarelar no último minuto. Ah, mas nem fodendo! Agora já é." E lá fui eu.
Corri de touca de lã, luva, calça, top e camiseta de manga longa – todo mundo disse que eu tinha que correr com menos roupa, mas tenho certeza de que não. Quem sabe do meu corpo sou eu. E sei que sinto frio, e quando sinto frio passo mal, fico dura. E na véspera da corrida eu havia adoecido, à noite estava com 39 graus de febre, suando de encharcar o pijama e a cama. Não acreditei no momento em que meu corpo adoeceu, mas minha mente decidiu: a doença só ia vir com tudo depois do meio-dia, quando eu certamente já teria encerrado a prova. No fim só fiquei mal mesmo a partir de segunda-feira, e aí foram 15 dias com tosse e sem voz, uma puta faringite. Mas sem febre. Not so bad...
Bem, saí a correr, e o Celso, meu amigão, foi comigo. Fez apoio de bike. Pedalou a prova inteirinha pra me acompanhar. Não ficou do meu lado o tempo todo, mas estava sempre perto. Eu sabia que ele cuidaria de mim se desse xabu. E a presença dele também era um incentivo pra não afrouxar, pra não fazer corpo mole. Não dar uma de mulherzinha ou de pilha fraca. Nada de vexame, hehehe.
Ontem encontrei o Celso, e ele já disse que pedala de novo pra mim se eu quiser. Queridão!!!

Celso, que pedalou pra mim, e Filó, minha amigona, que telefonava pro celular dele pra me dar força na finaleira

Mas o que parece ter acontecido comigo este ano foi uma crise de amarelão crônico. No segundo semestre do ano passado, meu rendimento despencou. Estava exausta e trabalhando como doida. Melhorei em novembro, mas a corrida começou a ter um fator de sofrimento que não havia antes. E isso começou a me perturbar.
Quando voltei a fazer treino de pista nesse ano, me apavorava nos dias dos tiros mais longos. Saía da cama sem vontade, já chegava na pista exausta e não conseguia fazer tudo. E detestava os treinos. Também não conseguia fazer os longões de domingo. E se fazia era um tormento. Correr deixou de ser um prazer – só era bom quando encerrava o treino. E larguei a musculação, um aburdo, porque adoro malhar ferro, mas não tinha força.
Há duas semanas, conversei com meu treinador, e consegui dar início à reversão desse quadro. Como ele disse, a corrida para mim é um meio, não um fim. É lazer, não pode virar motivo de stress – pra isso já tenho trabalho, casa, todos meus compromissos. Correr não é obrigação, é diversão. Aí comecei a desencanar. E voltei pra musculação, o que só melhora tudo.
Não sou competitiva, não dou bola pro desempenho dos outros. Não me comparo com ninguém - só comigo mesma. Tenho um nível de exigência muito alto comigo mesma. Em tudo: no desenvolvimento pessoal, no trabalho, no tricô, na corrida. Tenho que fazer sempre o melhor possível. Como na corrida não estava conseguindo render o que poderia render (e o que meus amigos acham que eu posso render), comecei a sofrer. E a ter medo. Medo de treinar mal, medo de sofrer no treino e nas competições, medo de fracassar. Virou um tormento geral.
Depois de mudar a paisagem mental, estou redescobrindo o prazer de correr. Domingo passado fiz 24km. Não foi uma maravilha, mas foi ok, senti um pouco de desânimo na hora de voltar, mas sem cair naquelas de: "Oh, meu deus... ainda falta a metade... ai, ai, ai. Que horror, que droga, não quero fazer." E encontrei muitos amigos no trajeto, o que foi bem bom.
Na terça fiz 10x400m. Não consegui fazer no tempo planejado, mas fiz na boa.
Na quinta passada, tinha que fazer 6x1000m. Cheguei na pista em pânico. Mas me dispus a fazer o que desse, como desse. Fiz tudo. Os três primeiros foram mais lentos que os três últimos, porque comecei mais leve, evitando o sofrimento. E depois fui melhor ao natural, fluiu, não houve sofrimento. Terminei inteira. E feliz comigo mesma.
Hoje fiz 25km. Sozinha. E numa boa. Consegui manter o ritmo. E curti a corrida. O tempo nublado ajudou. E fiz tudo no Gasômetro e Zona Sul, um trajeto que acho lindo e com o qual estou acostumada.
A bateria do mp3 acabou no km 11. Fiquei tranqüila, não senti falta do pancadão nos ouvidos, um prodígio.
Fiz 21km indo e voltando; ou seja, ainda tive que ir e voltar de novo mais 2km. E com um vento da porra na virada, o que há duas semanas me levaria a parar na mesma hora.
Fechei os 25km em 2h02min. Inteira. E de bom humor. E mais confiante. Estou corrigindo o rumo, acertando o passo e o foco.
O que quero agora é reestabilizar a paisagem mental da corrida como um desafio prazeroso. Algo que faço para me sentir bem, não para passar mal.

Das profundezas

Deixei minha irmã na rodoviária agora, voltou pra casa depois do feriadão aqui comigo. Muito bom, muito caseiro, muito família, muito saudável. Agora de tarde ela estava lendo uns blogs – curte o do Lucas Pretto e o da Loraine Luz, que linkei aqui porque acho o maior barato. E aí ela estava dizendo que não sabe de onde as pessoas tiram idéias pra escrever, mas já está pensando em criar o seu também, pra escrever apenas abobrinhas, chuchuzinhos... a feira toda. Dou a maior força, acho que todo mundo deveria ter um blog, ajuda a desopilar a mente, dar uma arejada... E é uma forma de se abrir pro mundo.
Do meu blog aqui acho que ela não gosta muito, disse que é tudo só profundidade, hahaha, que metade não dá pra entender, a outra metade é complicada, e ainda por cima é tudo cifrado, não dou nomes aos bois, não dou os detalhes explícitos de nada. Minha idéia não é fazer um relato das minhas atividades, mas das minhas percepções. De como minha mente vê as experiências. E minha mente vai fundo mesmo.
Minha taróloga e astróloga, que é também uma de minhas melhores amigas e uma das pessoas que melhor me conhece e que acompanhou meu processo de recriação pessoal, me chama de caldeirão. Marcia diz que eu não me economizo, que comigo nada nunca é superficial. Quando me separei, ela disse que eu deveria viver um tempo como borboleta, mas logo desistiu da sugestão, viu que não ia rolar.
Minha natureza é profunda, intensa, séria. Eu sempre aprendo sobre mim com qualquer coisa que me aconteça, inclusive as coisas aparentemente insignificantes. Tudo para mim tem importância. E me interesso de verdade pelas pessoas. Gosto de ouvi-las, de conhecê-las.
A profundidade não faz de mim uma pessoa retraída ou tímida. Sou muito aberta, muito franca, muito receptiva e muito esfuziante. E adoro falar bobagem e safadezas. Sou basicamente alegre e comunicativa. Falo sobre mim na boa. E mostro meu corpo também na boa. O que pode ser mal-interpretado. Volta e meia aparece gente achando que o fato de ter fotos minhas de biquíni no orkut significa que eu vá me exibir pelada na webcam, ou descrever minhas calcinhas e minhas preferências na cama no msn, ou fazer sexo virtual com estranhos, ou ainda que esteja interessada em sexo casual. Ah, dá licença... Realmente, posso fazer tudo isso, sim. Mas só com gente conhecida – e de quem eu goste, com quem tenha intimidade. Com quem me sinta à vontade.

quinta-feira, 13 de março de 2008

É fogo mesmo!

Minha mente e meu corpo elegeram um mesmo objeto e experiência como fontes de inspiração. É o tema mais instigante desse verão que está chegando ao fim.
Ainda não sei bem como se dá esse processo, quer dizer, até sei. Brota na mente e gera uma reação dos cinco sentidos. E a reação dos sentidos estimula a mente. Uma coisa totalmente baseada na imaginação e na fantasia adquire solidez.
E hoje objeto e experiência levaram meu agregado de corpo e mente de roldão. Minhas intenções de experienciar o objeto de forma diferente derreteram, arderam, dissolveram-se na vertigem. Minha mente cedeu às idéias de outra mente. Na verdade, cedeu às suas próprias idéias baseadas nas experiências sensoriais.
O que não sei é como isso veio a acontecer lá no começo. O karma e a astrologia com certeza explicam a manifestação de tamanha improbabilidade. Basicamente trata-se do (re)encontro de duas mentes que operam de modo muito semelhante e se distraem individual e mutuamente com as idéias que elaboram. Criam paisagens semelhantes.
O que mais me alegra em tudo isso é a dissolução da realidade convencional. Na verdade, está mais para implosão.
E pra resumir a coisa toda é muito simples:
OS DISPOSTOS SE ATRAEM.

segunda-feira, 3 de março de 2008

É fogo!

Se eu tivesse que escolher um único autor pra trilha sonora do meu impulso sexual, seria Prince.
Surtei quando vi Purple Rain, nunca tinha visto um homem como ele, sexy de matar, de salto alto, mais maquiado que eu, abdominais impecáveis, cada milímetro do 1,58m de altura totalmente certinho, dançando e se movendo de forma totalmente lasciva. E que entende de mulher – pelo menos de mulher que nem eu.
E eis que agora à noite, rememorando um episódio desse verão, lembrei de Hot Thing, apropriadíssima pro roteiro.

Hot thing!
Hot thing, barely 21
Hot thing, looking 4 big fun
Hot thing, what's your fantasy?
Do U wanna play with me?

Hot thing, baby U dance so good
Hot thing, baby I knew U would
Hot thing, tell me what U see
Hot thing, When U smile, when U smile, when U smile
Are your smiles, are your smiles 4 me?

Hot thing, maybe U should give your folks a call
Hot thing, tell them you're going 2 the Crystal Ball
Hot thing, tell them you're coming home late,
if you're coming home at all
Hot thing, tell them U found a brand new baby doll
Hot thing, I can't wait 2 get U home
Hot thing, where we could be alone
Hot thing, I could read U poetry,
and then we could make a story of our own

Hot thing

Querideza

Na era degenerada da falcatrua geral, em que nada parece ter o menor valor – especialmente acordos e promessas –, é uma completa alegria encontrar uma pessoa de palavra.
Hoje tive a confirmação de que a confiança que deposito em alguém muitíssimo querido ao meu coração é bem fundamentada.
Fizemos um acordo, coisa bem simples, mas que dependia inteiramente dele.
E hoje meu querido amigo honrou o nosso compromisso, e nosso peculiar vínculo kármico, que pulveriza nossas várias distâncias.
E mais uma vez essa pessoa gentil e sincera me fez muito feliz, como tem feito desde que nos conhecemos, no início do tórrido e animado verão 2008.

sábado, 1 de março de 2008

Síndrome de abstinência

Difícil abandonar um hábito, um vício.
Há uma total clareza de que não é benéfico, de que causa todo tipo de emoção e pensamento perturbadores. Mesmo assim... a mente mantém-se apegada.
The clinging.
And the craving.
Está tudo numa boa até vir a onda de abstinência. Aí a mente agita-se em turbilhão. A vontade de ir atrás, de obter qualquer mínima dose. Muito simplesmente, o desejo de se intoxicar, de emaranhar-se nos véus de maya.
Para isso os antídotos têm sido a disciplina e a paciência, o esforço constante. O exercício de autocontrole, de foco. Não ceder ao impulso kármico, resistir à força do hábito.
Detox radical. Rehab linha dura. Nada de substituir uma droga por outra.