sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A vacuidade do quindim


É muita felicidade ter um professor que explica os conceitos de vacuidade e coemergência a partir da vacuidade do quindim. É muito mérito.
Ouvindo os ensinamentos de meu lama neste retiro - o primeiro retiro longo que faço em 16 anos desde a tomada de refúgio (e longo é modo de dizer, pois são apenas dez dias) -, lembrei das primeiras vezes que ouvi e li sobre os 12 elos do surgimento dependente e vacuidade. Foi quase como ouvir ou ler em sânscrito. Que estranhamento! Agora é tão mais fácil em termos cognitivos. E, com a vacuidade do quindim, a profundidade e a complexidade adquirem leveza, clareza e simplicidade.
Calma. Paciência. Duas palavras que o lama citou várias vezes como essenciais para seguir no estudo e na prática. No meu caso, a calma para avançar mais parece ter sido inércia, procrastinação, má vontade e preguiça. Mesmo assim, as sementes brotaram.
Lama Padma Samten tem a mente de Chenrezig. É o epíteto de mestre compassivo e pacífico. Iogue do cotidiano. Chenrezig em pé, com mil braços e onze cabeças, atento e ativo, ouvindo todos os seres, indo até eles para ajudar, falando na linguagem deles. Acessível. Circulando pelo mundo, espalhando compaixão e sabedoria.
Que todas as suas aspirações sejam rapidamente alcançadas.

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