A maior frustração dessa minha vida atual é não conseguir dançar. Dançar no sentido de rebolar. Bater a bunda no chão, sarrar, mandar um quadradinho. Funk. Samba. Hula-hula.
E, acima de tudo, dança do ventre. A arte do controle do quadril. Do assoalho pélvico e de toda musculatura abdominal. A arte do isolamento dos músculos para fazer o ventre subir, descer, ondular, tremer, vibrar. Na dança do ventre, a bunda balança como efeito da articulação do quadril e do abdômen. E tem toda a técnica para tronco, seios, braços, mãos.
E o que tem aos montes neste mundo é imbecil achando que rebolado é vulgar. Ah, mas que nojo que me dá dessa gente. Eu por mim viveria rebolando a bunda por aí. Chão, chão, chão.
Acho lindo. Acho sexy. Acho divertido. Uma celebração do corpo feminino.
Fiz cinco anos de dança do ventre. Parei por concluir que não conseguiria evoluir muito mais.
Neste ano já vendi a espada e alguns lenços de dança. Hoje fiz fotos dos trajes e coloquei à venda.
Nossa, que dor. Amo dança do ventre. E a música árabe, que de momento estou ouvindo. E adoro essas roupas, que combinam perfeitamente com a minha pessoa esfuziante.
Que na próxima vida eu venha com um quadril solto. Uma dakini rebolativa. Dançarina celestial.
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