Quarta-feira é o dia de abastecer a casa. A pandemia deu o empurrão de que eu precisava para aderir à CSA - Comunidade que Sustenta a Agricultura. Busquei minha primeira cesta no dia 1º de abril, na maravilhosa Feira Ecológica do Menino Deus. O distanciamento social estava começando. É possível receber a cesta em casa, mas eu queria conhecer meu coagricultor e quem sabe comprar mais algumas coisas. Sábias decisões. Primeiro, aderir à CSA. Segundo, buscar a cesta.
Hoje foi minha quarta ida à feira. Considero o ambiente seguro. Ao ar livre e espaçoso, bem mais agradável que a Feira Ecológica do Bom Fim. E mais bem frequentado que a média dos locais, já que a maioria das pessoas estava de máscara.
O que tem aqui: avocado, maracujá, couve, inhame, tomate, limão, aipo, rúcula, cebolinha, batata-doce, rabanete, coentro, jiló, caxi e rúcula dente-de-leão. E uma garrafa de caldo de cana. (No liquidificador, a massa de grãomelete que comerei no jantar.)
Hoje foi dia de novidades. Não conhecia o coentro fresco nem a rúcula dente-de-leão. Nunca comi nem preparei caxi ou jiló. Nesta semana vou experimentar.
Minha atividade culinária e minha dieta foram afetadas de modo muito positivo pela pandemia. (O que é um conforto em meio à tragédia. Tenho cultivado a prática de olhar para as pequenas coisas boas do cotidiano, em especial tudo que estou fazendo nesse período. É o antídoto para as más notícias.) Desde agosto passado eu vinha cozinhando cada vez mais. E consumindo cada vez menos produtos de origem animal e processados. Com o distanciamento social e sem restaurantes para ir, a cozinha se tornou ainda mais atraente. Com a CSA, mais colorida, variada e orgânica. E politizada. CSA é agricultura familiar. A agricultura que produz alimentos de verdade. Sem veneno e sem exploração.
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