I was feeling so fly like a G6, like a G6...
Sábado passado finalmente senti que dá pra correr a maratona.
Mas o começo do treino foi dos menos promissores. Os primeiros 6km foram um tormento, eu estava tão fora de embocadura que pensei em fazer só 10km e avisar pro treinador que ia desistir, que não me via correndo mais que 16km hoje em dia.
Encontrei Edu na Redenção ao fechar 10km, não falei nada, comi um gel e fui adiante, dei uma volta no parque antes de pegar a rua de novo. Cheguei na Beira-Rio com 14km. Fiquei mais 2km no tranco e quando cheguei aos 16km finalmente engrenei. E aí foi.
A segunda metade do treino foi moleza. Passou rápida e levemente. Ainda senti a leve pressão da hérnia na coluna, a irradiação pela nádega esquerda, e uma tensão nas laterais dos joelhos. Mas tudo em níveis plenamente suportáveis.
No km 20, Alcides me alcançou uma água e comi o segundo gel. A essa altura estava totalmente encaixada na corrida, o corpo todo certinho. O ritmo tornou-se orgânico, a sensação de esforço sumiu, a corrida tornou-se natural. Os quilômetros passaram tranquilamente, não senti nenhuma ansiedade, cada passada era o aqui e agora. Fiquei livre da sensação de "ter" que correr tantos quilômetros, da urgência pra acabar de uma vez. Relaxei e curti o momento. Gostei do correr em si, e não de cumprir a planilha.
Terminei inteira e faceira, sobrando. Dava pra fazer mais 10km com certeza, embora o ritmo talvez caísse um pouco.
Dessa vez a endorfina e a dopamina did the trick. Em vez de cansada, fiquei eufórica.
Creio que a última vez que corri 32km antes foi na maratona de 2009. It's been a long, long time.
Dessa vez corri sem olhar o ritmo no relógio nenhuma única vez. Olhei apenas a quilometragem. Optei por correr no ritmo do corpo. Que foi de 5'03" na média geral.
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