quarta-feira, 1 de abril de 2015

E se?


O reino das possibilidades. Infinitas possibilidades.
E se eu tivesse dito sim? O que teria acontecido?
E se, e se, e se...
Existe uma qualidade de magia em pinçar qualquer instante do tempo, absolutamente qualquer um, e pensar: "E se?"
E se eu tivesse feito isso e aquilo? E se tal coisa tivesse sido de tal jeito? E se aquela pessoa tivesse feito tal coisa e não o que fez?
"E se?" pode ser um problemão. Tira do presente, joga pro passado e impulsiona pra devaneios sobre um futuro inexistente. Uma distração e tanto na vastidão do samsara. Em geral só serve pra gerar mais aflição, críticas a si mesmo e aos outros, acusações, coitadismo. Na versão mais suave, pensamentos melancólicos. Nas gradações mais intensas, tristeza, depressão, arrependimento, raiva, ódio.
"E se?" também pode gerar de alívio a grande alegria ao se perceber que, caso as coisas tivessem tomado outro rumo, o resultado poderia ser negativo. Ainda assim, especulação.
Acredito que possa haver algum valor de aprendizado em "E se?" quando se consegue fazer uma análise para tentar descobrir o que funciona e o que não funciona. Porque as experiências passadas com certeza produzem lições para o futuro. E é possível antever os resultados de certas atitudes.
Mas de modo geral "E se?" abre uma Caixa de Pandora. E se eu tivesse dito sim? Poderia ter sido maravilhoso se o resultado fosse tal e tal. Poderia ter sido horroroso se o resultado fosse tal e tal. 
Se, se, se... Não acaba nunca. Enquanto isso, o presente vai passando sem que se preste atenção.

A ideia agora é permanecer no presente. Isenta de "E se?". Refletir sobre o que me trouxe até aqui. E sobre quais as melhores atitudes para seguir pela trilha que desejo. Observar as possibilidades que estão se apresentando. Fluir com leveza. Soltar. Relaxar.
AH

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