E hoje finalmente teve corridinha.
12km.
Fiz um trajeto que não fazia há muitos anos. Até o Cete. Fui ver como está a pista onde comecei a treinar corrida. Nunca gostei de lá. A impressão não mudou. Mas gostei de ir.
Pouca gente. Isso achei legal.
Não entrei na pista. Fiz só ida e volta.
Mas acho que voltarei na semana que vem pra fazer uns tirinhos.
Corrida com sabor de flashback. Lembrei das muitas vezes que fui e voltei.
Na ida, lembrei do tombão que caí no canteiro central da Erico Verissimo, abrindo os dois joelhos. Cheguei pro treino toda ensaguentada. Treinei. Voltei pra casa e passei duas semanas com os joelhos estropiados.
Ao começar a volta, passei por uma esquina, acho que da Gonçalves Dias com Marcílio Dias, que tem calçada com cubinhos de granito. Ali deu um flashback poderoso. Nossa, como lembro daquela calçada. Fragmentos vívidos da memória. Pisando por ali pouco antes de entrar numa outra ruela e desembocar na Ipiranga.
Naquele tempo eu treinava de manhã.
Naquele tempo eu corria bem.
Naquele tempo eu adorava correr e treinar.
Hoje eu estava bem relutante em ir. Os recentes acontecimentos relacionados ao treino me deixaram muito chateada. Balde de gelo. E na hora que desci começou a chuviscar. Quase subi. Quase. Mas consegui exercitar a disciplina. Ainda bem.
A corrida foi basicamente agradável. Ruim mesmo o movimento de carros e pedestres. Afff. E o MP3 player bagaceiro, que tocou uma música e ficou sem bateria. Que bosta de engenhoca essa. Eu não sei como carregar a bateria dele. Em vez de carregar quando conecta ao computador, o pestinha fica tocando as músicas - e gastando a bateria! Francamente.
Sem música, alguns momentos melancólicos. Recordações tristonhas. Pensamentos sombrios.
Cheguei em casa e quase saí pra comprar um MP3 melhor. Porque esse aqui não dá.
Nos últimos anos, corri recitando mantras. Mas de momento não estou com preparo mental-físico pra isso. Tem que soltar o grave.