quinta-feira, 29 de junho de 2017

Vergonha alheia

Vergonha alheia daquela que eu fui. E não sou mais, graças a mim, essa que sou hoje.
Mas a vergonha é do tipo que eu sinto depois de um porre porreta, acordando naquela ressaca retumbante e pensando: "Credo, que loucura", mas rindo da situação, de mim. Fazer o quê? Chorar? Me recriminar? Eu não. Não é pra tanto. Sem-noção, ok. Mas melhor sem-noção do que sem-vergonha e mau caráter. Aí sim não dá.
No Pride Day, orgulho dessa que sou hoje. Que só existe por causa da sem-noção do passado. As baita burradas fizeram brotar sementes de sabedoria. A mente indisciplinada é como uma criancinha. Vai crescendo e adquirindo conhecimento e habilidades.
Engatinha. Fica de pé. Caminha desajeitadamente. Tropeça. Cai. Levanta. Vai aos trambolhões. Até caminhar a passos firmes. E daí correr. E saltar.

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