domingo, 20 de novembro de 2016

Desejo, logo existo

Lacan parece estar entrando em minha vida por todos os lados.
Começou pela AD. Com a frase "Desejo, logo existo".
Uma amiga psicanalista segue a linha lacaniana. Me emprestou um livro sobre Lacan. E há pouco, quando dei um google atrás da frase que me instigou, topei com o livro Lacan e o budismo, de Felicíssimo Cardoso Neto. Já comprei, já baixei.
A AD tem mil conceitos que correlaciono ao budismo naturalmente. E suponho que Lacan também. A psicologia budista é inacreditavelmente profunda e abrangente. A visão budista é semelhante à da física quântica. Agora vou ver as semelhanças no discurso de Lacan.


E o meu desejo?
Meu desejo esteve inteiramente voltado para o trabalho, para os estudos, para a vida prática. Agora minha energia está voltando a fluir também para o ímpeto sexual.
Meu desejo sexual hoje é difuso. Indistinto. Vago. Nebuloso. Múltiplo.
O que eu desejo? 
Enlace. Braços e pernas justapostos, sobrepostos. Mãos, dedos, bocas, línguas experimentando, esquadrinhando.
Fusão. Calor. Cadência.
Ativação de todos os sentidos: visão, audição, tato, paladar, olfato e mente.
Presença presente no presente.


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