Hoje fui ao Cebb para a cerimônia de exposição das cinzas de minha mãe, conduzida por meu professor perfeito, Lama Padma Samten. Eu tenho muito mérito. Tenho uma vida mágica e abençoada.
A despedida final de minha mãe. Tão perto do Dia dos Mortos, data tão simbólica na cultura latina. Um fechamento de ciclo para mim. E para ela.
O lama falou sobre o Bardo Todol, mas explicou que considerava a Prajnaparamita mais adequada para a ocasião, por ser o ensinamento último.
Minha acumulação de mantras é com o mantra da Prajnaparamita. Que já recitei milhares de vezes por minha mãe.
"A grande aventura da nossa vida é ver todo o samsara como manifestação da vacuidade. Como ornamento de Samantabhadra", disse o lama. "A prática última é fazer a oferenda de Samantabhadra, todas as demais são preparações." A oferenda de Samantabhadra consiste em oferecer todo o samsara, percebendo-o como manifestação da natureza primordial. "Nossas vidas são como chamas e uma fogueira. Surgem, brilham por um momento e se consomem de volta à fogueira."
As cinzas de minha mãe juntam-se a outras já espalhadas no bosque de Amitaba. Onde também sepultei meu amado gato Teddy Boy Marino.
Minha mente-coração cada vez mais enraizada no Cebb. No Dharma.
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